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Cometa 67P/CHURYUMOV-GERASIMENKO Tem Jatos ao amanhecer

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A sonda Rosetta, da ESA, fotografou jatos incomuns de gás e poeira emitidos pelo cometa 67P / Churyumov-Gerasimenko todas as manhãs ao nascer do sol (à esquerda).  Simulações de computador (à direita) indicam que os jatos são resultado da topografia acidentada dos cometas.  Imagem: ESA / Rosetta / MPS para a equipe OSIRIS MPS / UPD / LAM / IAA / SSO / INTA / UPM / DASP / IDA A sonda Rosetta, da Agência Espacial Europeia, a ESA ficou 2 anos orbitando o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, e usando sua câmera, a OSIRIS, ela fez mais de 70 mil imagens desse belo cometa. Além disso, a sonda pôde testemunhar toda a atividade do cometa, e juntamente com as repentinas explosões de gás e poeira, os pesquisadores notaram que toda manhã, quando a luz do Sol esquentava áreas congeladas da superfície do cometa ocorriam jatos também. “Quando o Sol nasce sobre uma parte do cometa, a superfície ao longo do terminador se torna ativa quase que instantaneamente”, disse Xian Shi do Max Planck I

A órbita da Terra tem feito uma coisa estranha (há centenas de milhões de anos)

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Os cientistas têm suspeitado por muito tempo que as interações planetárias tendem a mudar vagarosamente a órbita do nosso planeta. Agora, os astrônomos descobriram provas irrefutáveis em rochas antigas, que mostram que o ciclo existe há centenas de milhões de anos. A órbita terrestre mudou de forma, de praticamente circular para uma forma  5% elíptica .  Esse processo se deve à  interação gravitacional entre o nosso planeta , Vênus e Júpiter. Agora, os astrônomos desenterraram pedras antigas que mostram a existência deste ciclo já no período tardio do Triássico, há 215 milhões de anos. As descobertas podem ter um grande impacto na forma como modelamos o clima passado da Terra, particularmente nas  temperaturas globais , que não são fáceis de explicar. Até é possível que os efeitos deste ciclo tenham desempenhado algum papel na evolução dos primeiros dinossauros. “Há outro, mais curto, ciclo de órbita, mas quando olhamos para o passado, é muito difícil saber de qual estamos

Iluminando galáxias escuras

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Um dos novos candidatos a galáxia escura, identificado através de uma combinação de informação espectral (esquerda) e imagens refletindo a emissão de gás (meio) e estrelas (direita).  A posição do candidato da galáxia escura é marcada pelo círculo vermelho.  Crédito: RA Marino / MUSE Apesar de termos tido um grande progresso na última metade do século passado sobre o entendimento de como as galáxias se formam, importantes questões permanecem em aberto, principalmente sobre como o gás difuso do meio intergaláctico é convertido em estrelas. Uma possibilidade, sugerida em modelos teóricos recentes, é que nas fases iniciais de formação das galáxias era uma época quando as galáxias continham uma grande quantidade de gás mas ainda eram ineficientes para formar estrelas.  A prova direta dessa fase negra das galáxias, contudo, não era muito clara, ainda mais pensando que galáxias escuras emitem pouca luz. A descoberta observacional dessas galáxias preencheria um importante vazio no

Descoberto o Primeiro Imigrante Interestelar no Sistema Solar

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Imagens do asteroide 2015 BZ509 obtidas pelo LBTO (Large Binocular Telescope Observatory) que estabeleceu a sua natureza co-orbital retrógrada. As estrelas brilhantes e o asteroide (no círculo amarelo) aparecem escuros e o céu branco nesta imagem negativa. Crédito: C. Veillet/LBTO Um novo estudo descobriu o primeiro imigrante permanente conhecido no nosso Sistema Solar. O asteroide, atualmente aninhado na órbita de Júpiter, é o primeiro asteroide conhecido a ser capturado de outro sistema estelar. O trabalho foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters. O objeto conhecido como 'Oumuamua foi o último visitante interestelar a chegar às manchetes em 2017. No entanto, era apenas um turista passageiro, enquanto este ex-exoasteroide - a quem deram o nome cativante (514107) 2015 BZ509 - é um residente de longa duração.  Todos os planetas do nosso Sistema Solar, e a grande maioria dos outros objetos, viajam em redor do Sol na mesma direção

Dois quasares de alto brilho descobertos

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Astrônomos detectaram dois novos quasares brilhantes com redshifts, ou seja, desvio para o vermelho de cerca de 5.0. O quasares recém-descobertos, ou QSO como são chamados, sigla para quasi-stelar objects, estão entre os mais brilhantes de alto desvio para o vermelho já detectados até o momento.  Energizados pelos buracos negros supermassivos, os quasares brilhantes nesses altos desvios para o vermelho são importantes para os astrônomos já que eles funcionam como feixes brilhantes iluminando a evolução química do universo de forma muito eficiente.  Contudo, esses objetos são muito raros e muito difíceis de serem descobertos. Por isso, até o momento somente uma dezena de quasares foram descobertos com desvios para o vermelho maiores que 4.5 e magnitude na banda i, abaixo de 18.2.  Encontrar esses quasars requer grandes pesquisas, e não é surpresa que os primeiros quasares com z>5 (z é a letra usada para designar o desvio para o vermelho), tenham sido descobertos usando o Slo

Tornados solares fazem girar a cabeça dos astrônomos

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Os tornados solares são belos espetáculos e assustadores pelo tamanho - mas não giram. [Imagem: NASA/SDO/GSFC] Tornados solares não giram Os tornados solares são estudados há décadas, mas  apareceram ante os olhos dos cientistas em toda a sua glória  graças a sondas espaciais como a SDO, da NASA.  Mas parece que muito do que se sabia - ou se acreditava que se sabia - sobre esses tornados solares está errado, a começar pelo seu nome.  O que acontece é que os tornados solares nem sequer giram, garantem Nicolas Labrosse e uma equipe das universidades de Glasgow (Escócia) e Toulouse (França), Academia Tcheca de Ciência e do Observatório de Paris. Tornados em 3D O grupo fez uma análise dessas estruturas enormes, cada uma medindo várias vezes o tamanho da Terra, e concluiu que os astrônomos vinham considerando que elas eram semelhantes a tornados porque se basearam apenas em imagens fotográficas comuns, em 2D. Quando usaram o efeito Doppler para adicionar uma terceira dimen

Entre local e Laniakea

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Numa primeira olhada essa imagem é dominada pelo vibrante brilho da galáxia espiral que pode ser observada na parte inferior esquerda do frame. Contudo, essa galáxia, está longe de ser a coisa mais interessante aqui, atrás dela está um belo aglomerado de galáxias.   As galáxias não estão aleatoriamente distribuídas no espaço, elas se aglomeram, se juntam e pela força da gravidade formam grupos e aglomerados. A Via Láctea é um membro do chamado Grupo Local, que é parte por sua vez, do Aglomerado de Virgo, e que ainda faz parte do Superaglomerado Laniakea que agrupa mais de 100 mil galáxias. O aglomerado de galáxias nessa imagem é conhecido como SDSS J033+0651. Aglomerados como esse podem ajudar os astrônomos a entender o universo distante. O SDSS J033+0651 foi imageado como parte de um estudo de formação de estrelas em galáxias distantes. As regiões de formação de estrelas não são normalmente muito grandes, elas se esticam por poucas centenas de anos-luz na sua maioria, assim é

Estação Espacial Internacional será o lugar mais frio do universo em alguns dias

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A NASA enviou hoje para o espaço uma nave cheia de equipamentos que irão auxiliar os astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) e cientistas aqui na Terra a desenvolver novas pesquisas. A mais interessante delas é um experimento que irá “congelar” átomos com lasers, criando o ponto mais frio do universo. Esta super geladeira terá menos de um bilionésimo de grau acima do zero absoluto, a temperatura mais baixa possível. O Cold Atom Laboratory (CAL) (Laboratório do Átomo Frio, em tradução livre), é um instrumento compacto, do tamanho de um cooler de cerveja, que usa lasers para gerar um ambiente super-refrigerado 10 bilhões de vezes mais frio que o vácuo do espaço. É tão frio dentro da CAL que os átomos se tornam quase imóveis. Lá dentro, o instrumento usa ímãs para segurar os átomos quase imóveis para que os cientistas possam observar seus movimentos e como eles interagem. Experimentos parecidos já foram feitos aqui na Terra, mas sempre enfrentaram um desafio prati

O “último abraço” do VIMOS

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Nesta imagem , obtida pelo instrumento  VIMOS  montado no  Very Large Telescope  do ESO, podemos ver duas galáxias em espiral presas numa dança rodopiante. As duas galáxias em interação — NGC 5426 e NGC 5427 — formam em conjunto um intrigante objeto astronômico chamado Arp 271, o qual foi capturado pelo VIMOS antes deste ser desativado a 24 de Março de 2018.   O VIMOS, VIsible Multi-Object Spectrograph, esteve em operação no VLT durante impressionantes 16 anos. Durante este tempo, o instrumento ajudou os cientistas a estudar as  fases iniciais rebeldes da vida de galáxias massivas , observar  interações de galáxias triplas  e explorar questões cósmicas profundas, como por exemplo, como é que as galáxias mais massivas do Universo  cresceram tanto . Em vez de se focar apenas num único objeto, o VIMOS podia captar informação detalhada sobre centenas de galáxias de uma só vez.  Este instrumento muito sensível colectou espectros de dezenas de milhares de galáxias em todo o Universo

Uma formiga espacial dispara os seus lasers

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A Nebulosa da Formiga, fotografada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, assemelha-se à cabeça e corpo de uma formiga. Na realidade, é o resultado da morte de uma estrela parecida com o Sol e de complexas interações de material no seu coração. Crédito: NASA, ESA e Equipa de Arquivo do Hubble (STScI/AURA) Um fenómeno raro, relacionado com a morte de uma estrela, foi descoberto em observações feitas pelo observatório espacial Herschel da ESA: uma emissão de laser incomum da espetacular Nebulosa da Formiga, que sugere a presença de um sistema duplo de estrelas escondido no seu coração.  Quando as estrelas de baixo a médio peso, como o nosso Sol, se aproximam do fim das suas vidas, tornam-se, eventualmente, estrelas anãs brancas e densas. No processo, expelem as suas camadas externas de gás e poeira para o espaço, criando um caleidoscópio de padrões intricados, conhecidos como uma nebulosa planetária. As observações do Herschel, no infravermelho, mostraram que a morte dr

Telescópio caçador de planetas faz sua primeira foto

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São cerca de 200.000 estrelas em apenas uma imagem - o TESS irá observar o céu inteiro.[Imagem: NASA/MIT/TESS] 200.000 estrelas O  telescópio caçador de exoplanetas TESS , da NASA, enviou sua primeira imagem de testes.  Lançado há cerca de um mês, ele estava próximo da Lua quando fez a foto - para estabilizar sua órbita final de 13,7 dias ao redor da Terra, o telescópio espacial está usando uma assistência gravitacional da Lua.  A imagem está distante dos primores apresentados pela equipe do telescópio Hubble, por exemplo, mas a qualidade do telescópio fica patente no fato de ela conter mais de 200.000 estrelas. O trabalho do telescópio será catalogar as estrelas - ele irá observar o céu inteiro - e depois monitorá-las em busca de variações no seu brilho, que podem indicar a presença de planetas - a luz da estrela sofre uma pequena variação quando um planeta passa à sua frente, uma técnica conhecida como trânsito planetário.  A imagem foi feita por uma das quatro câmeras d

10 incríveis fatos sobre o Planeta Nove

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No começo de janeiro de 2016, a notícia da descoberta de um possível novo planeta no sistema solar, o Planeta Nove, deixou a comunidade cientifica em polvorosa. Ainda temos muito a aprender sobre esse novo integrante da nossa família de planetas, mas sabemos que ele é gigante – com massa pelo menos 10 vezes maior que a Terra. Tão grande que seu apelido é “Gorducho” entre os astrônomos que o encontraram. Confira abaixo 10 fatos curiosos sobre o nosso caçula: 10. Ele foi descoberto pelo mesmo cara que rebaixou Plutão Você pode até não reconhecer o nome Mike Brown de cara, mas com certeza já ouviu falar nele. Em 2005, ele descobriu um objeto espacial chamado Eris, que foi brevemente um candidato à planeta. A descoberta causou uma discussão sobre o que de fato caracteriza um planeta, que resultou no rebaixamento de Plutão da posição de planeta para planeta anão. Ele até escreveu o livro “How I killed Pluto (and why it had it coming)”, ou “Como matei Plutão e porque ele mereceu”,

Novo objeto descoberto no sistema solar sugere que existe um Planeta 9

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Os astrônomos especulam há alguns anos que um nono planeta pode orbitar nosso astro-rei a uma grande distância, na fronteira do sistema solar. Embora não tenhamos encontrado evidências diretas de tal planeta ainda, mais uma descoberta fornece provas indiretas de sua existência. Recentemente, os cientistas analisaram um objeto planetário com uma órbita incomum, chamado 2015 BP519, que apoia o caso de um nono planeta não descoberto. 2015 BP519 pode ser tão grande quando um planeta-anão e orbita o sol em um ângulo de 54 graus em comparação com quase tudo no sistema solar interior. Uma das principais teorias para explicar isso é que o Planeta Nove é responsável por tal desvio. Influência gravitacional A caçada pelo “Planeta Nove” começou em 2016. Enquanto os pesquisadores observavam um punhado de objetos distantes no sistema solar, perceberam algo estranho: todos eles, mais longes do sol que Plutão, orbitavam a estrela em um ângulo distinto diferente dos planetas internos. As obse

DADOS antigos revelam evidências novas sobre as plumas de EUROPA

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Impressão de artista de Júpiter e de Europa (no plano da frente) com a sonda Galileo depois de passar pela pluma expelida da superfície da lua. Uma nova simulação de computador dá-nos uma ideia de como o campo magnético interagiu com a pluma. As linhas do campo magnético (em azul) mostram como a pluma interage com o fluxo ambiente de plasma joviano. As cores vermelhas das linhas mostram áreas mais densas de plasma. Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade de Michigan Cientistas que reexaminavam dados de uma antiga missão desenterraram novas informações acerca da tentadora questão da habitabilidade da lua de Júpiter, Europa. Os dados fornecem evidências independentes de que o reservatório de água líquida à subsuperfície da lua pode estar a libertar plumas de vapor de água acima da sua camada de gelo. Dados recolhidos pela sonda Galileo da NASA em 1997 foram submetidos a modelos computacionais novos e avançados para desvendar um mistério - uma breve curva localizada no campo ma

O que são planetas órfãos?

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Com temperaturas próximas do zero absoluto, esses planetas não são muito atrativos para morar São corpos celestes com massa planetária que não orbitam uma estrela e se encontram soltos na galáxia.  Também chamados de errantes, interestelares e nômades, estes planetas se formam como os demais: dentro de discos protoplanetários de poeira e gás que se aglutinam e resultam, posteriormente, em planetas estáveis. Porém, como os discos – que sempre se formam em torno de uma estrela – apresentam colisões constantes entre os planetoides recém-formados, estes podem ser arrancados da órbita estelar e ganhar o status de órfãos.  É importante frisar, contudo, que esses planetas ainda orbitam o centro da galáxia, como os demais astros.   A localização desse tipo de corpo ainda é difícil, portanto sua incidência na galáxia é incerta: até o momento, os pesquisadores encontraram apenas 16 astros confirmados como planetas órfãos ou candidatos à posição. Os cinco maiores (em termos de massa) são