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Estudo examina a história das pequenas luas de Saturno

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A formação de Atlas, uma das pequenas luas interiores de Saturno. A sua forma achatada, em forma de ravioli, é o resultado de uma colisão e fusão entre dois corpos de tamanho idêntico. A imagem é uma instantâneo da colisão, antes da reorientação da lua, devido às marés, ficar completa. Crédito: A. Verdier As pequenas luas interiores de Saturno parecem-se com ravioli e com "spaetzle" (massa alemã) gigantes. A sua forma espetacular foi revelada pela sonda Cassini. Pela primeira vez, investigadores da Universidade de Berna mostram como essas luas foram formadas. As formas peculiares são um resultado natural das colisões e fusões entre pequenas luas de tamanho semelhante, como demonstram simulações em computador. Quando Martin Rubin, astrofísico da Universidade de Berna, viu as imagens das luas de Saturno, Pã e Atlas, na internet, ficou intrigado. As imagens obtidas pela sonda Cassini em abril de 2017 mostravam objetos que a NASA descreveu no seu comunicado de impren

15 curiosidades sobre asteroides que você talvez desconheça

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1 –  O primeiro asteroide a ser descoberto na História foi  Ceres  — hoje classificado como planeta-anão —, que foi identificado pelo padre e astrônomo italiano  Giuseppe Piazzi  em 1801. 2 – Quem “inventou” a denominação asteroide foi o astrônomo  William Herschel , em 1802, e a palavra deriva do vocábulo grego “aster” — que significa “estrela”. 3 – Até onde se sabe, existem mais de 600 mil asteroides “residindo” no nosso  Sistema Solar  e a maioria deles se encontra em órbita no cinturão de asteroides que existe entre  Marte  e  Júpiter . 4 – Existem quase 1,4 mil asteroides conhecidos que poderiam causar um baita estrago se colidissem contra o nosso planeta. 5 – Marte se encontra mais próximo do  cinturão de asteroides  do que nós e, por isso, tem mais chances de ser atingido por uma dessas rochas espaciais. 6 – Alguns asteroides que existem por aí são antigos cometas que perderam todo o gelo de sua composição e mantiveram apenas o material rochoso. 7 – No ano

E0102-72.3: Uma estrela de nêutrons distante e solitária

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Composição de E0101, no óptico e em raios-X. Crédito: raios-X (NASA/CXC/ESO/F. Vogt et al.); ótico (ESO/VLT/MUSE & NASA/STScI) Os astrónomos descobriram um tipo especial de estrela de neutrões pela primeira vez fora da Via Láctea, usando dados do Observatório de raios-X Chandra da NASA e do VLT (Very Large Telescope) do ESO no Chile.   As estrelas de neutrões são os núcleos ultradensos de estrelas massivas que colapsam e explodem como supernovas. Esta estrela de neutrões recém-identificada é de uma variedade rara pois tem um campo magnético fraco e não tem uma companheira estelar.  A estrela de nêutrons está localizada no remanescente de uma supernova - conhecida como 1E 0102.2-7219 (abreviada E0102) - na Pequena Nuvem de Magalhães, a 200.000 anos-luz da Terra.   A nova composição de E0102 permite que os astrônomos aprendam novos detalhes sobre este objeto que foi descoberto há mais de três décadas atrás. Nesta imagem, os raios-X do Chandra têm tons azuis e roxos, enquant

Um arco cósmico verde

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Essa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA mostra um aglomerado com centenas de galáxias localizado a aproximadamente 7.5 bilhões de anos-luz de distância da Terra. A galáxia mais brilhante do aglomerado é a SDSS J1156+1911 e é conhecida como a Galáxia Mais Brilhante do Aglomerado, em inglês BCG, e pode ser visível na parte central inferior do frame.  Ela foi descoberta pelo Sloan Giant Arc Survey, que estuda dados dos mapas que cobrem imensas partes do céu do Sloan Digital Sky Survey. E o resultado é que esse projeto encontrou mais de 70 galáxias que são fortemente afetadas pelo fenômeno cósmico conhecido como lente gravitacional. A lente gravitacional é das previsões da Teoria Geral da Relatividade de Albert Einstein. A massa contida dentro de uma galáxia é tão grande que ela pode contorcer o chamado tecido do espaço-tempo, fazendo com que a luz viaje então por trajetórias curvas. Como resultado, a imagem das galáxias mais distantes aparecem distorcidas e

Busca de vida em outros planetas não pode ser terra-cêntrica

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Seja algum tipo de vida orgânica em planetas extrassolares ou mesmo tipos exóticos de vida, muito além da vida que conhecemos, o fato é que a busca por vida espalhada pelo Universo agora é uma pesquisa levada a sério.[Imagem: ESO/M. Kornmesser] Vidas passadas a limpo  Assim que a busca por sinais de vida em outros planetas se estabeleceu como uma disciplina científica de pleno direito, ficou claro que as coisas são bem mais complicadas do que simplesmente colocar um radar no espaço para encontrar discos voadores.  Em vez disso, o caminho natural parece ser identificar  bioassinaturas , sinais de processos biológicos nas atmosferas dos exoplanetas que possam ser detectados aqui da Terra.  O problema é que descobertas feitas aqui mesmo no Sistema Solar estão colocando em dúvida as primeiras hipóteses sobre a vida em outros planetas, que se baseiam na definição de zonas habitáveis ou na presença de placas tectônicas nos exoplanetas, por exemplo.  "Vinha sendo padrão pe

O Centro da Galáxia SEYFERT NGC 5643

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Esta  Foto da Semana do ESO   mostra o centro da galáxia NGC 5643, situada a 55 milhões de anos-luz de distância, na constelação do Lobo, também conhecida como uma   galáxia Seyfert . Estas galáxias possuem centros muito luminosos — que se pensa serem alimentados por matéria que está sendo acretada por um   buraco negro supermassivo   que se encontra no seu interior — que podem também estar envolvidos ou obscurecidos por nuvens de poeira e material intergaláctico. O resultado disto é que pode ser difícil observar o  centro ativo  de uma galáxia Seyfert. NGC 5643 apresenta um desafio suplementar: quando observada a partir da Terra apresenta-se com uma inclinação elevada, o que faz com que seja ainda mais difícil observar o seu interior. No entanto, os cientistas utilizaram o  Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) juntamente com dados de arquivo do instrumento MUSE ( Multi Unit Spectroscopic Explorer ), instalado no  Very Large Telescope  do ESO, para revelar esta

Cometa 67P/CHURYUMOV-GERASIMENKO Tem Jatos ao amanhecer

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A sonda Rosetta, da ESA, fotografou jatos incomuns de gás e poeira emitidos pelo cometa 67P / Churyumov-Gerasimenko todas as manhãs ao nascer do sol (à esquerda).  Simulações de computador (à direita) indicam que os jatos são resultado da topografia acidentada dos cometas.  Imagem: ESA / Rosetta / MPS para a equipe OSIRIS MPS / UPD / LAM / IAA / SSO / INTA / UPM / DASP / IDA A sonda Rosetta, da Agência Espacial Europeia, a ESA ficou 2 anos orbitando o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, e usando sua câmera, a OSIRIS, ela fez mais de 70 mil imagens desse belo cometa. Além disso, a sonda pôde testemunhar toda a atividade do cometa, e juntamente com as repentinas explosões de gás e poeira, os pesquisadores notaram que toda manhã, quando a luz do Sol esquentava áreas congeladas da superfície do cometa ocorriam jatos também. “Quando o Sol nasce sobre uma parte do cometa, a superfície ao longo do terminador se torna ativa quase que instantaneamente”, disse Xian Shi do Max Planck I

A órbita da Terra tem feito uma coisa estranha (há centenas de milhões de anos)

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Os cientistas têm suspeitado por muito tempo que as interações planetárias tendem a mudar vagarosamente a órbita do nosso planeta. Agora, os astrônomos descobriram provas irrefutáveis em rochas antigas, que mostram que o ciclo existe há centenas de milhões de anos. A órbita terrestre mudou de forma, de praticamente circular para uma forma  5% elíptica .  Esse processo se deve à  interação gravitacional entre o nosso planeta , Vênus e Júpiter. Agora, os astrônomos desenterraram pedras antigas que mostram a existência deste ciclo já no período tardio do Triássico, há 215 milhões de anos. As descobertas podem ter um grande impacto na forma como modelamos o clima passado da Terra, particularmente nas  temperaturas globais , que não são fáceis de explicar. Até é possível que os efeitos deste ciclo tenham desempenhado algum papel na evolução dos primeiros dinossauros. “Há outro, mais curto, ciclo de órbita, mas quando olhamos para o passado, é muito difícil saber de qual estamos

Iluminando galáxias escuras

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Um dos novos candidatos a galáxia escura, identificado através de uma combinação de informação espectral (esquerda) e imagens refletindo a emissão de gás (meio) e estrelas (direita).  A posição do candidato da galáxia escura é marcada pelo círculo vermelho.  Crédito: RA Marino / MUSE Apesar de termos tido um grande progresso na última metade do século passado sobre o entendimento de como as galáxias se formam, importantes questões permanecem em aberto, principalmente sobre como o gás difuso do meio intergaláctico é convertido em estrelas. Uma possibilidade, sugerida em modelos teóricos recentes, é que nas fases iniciais de formação das galáxias era uma época quando as galáxias continham uma grande quantidade de gás mas ainda eram ineficientes para formar estrelas.  A prova direta dessa fase negra das galáxias, contudo, não era muito clara, ainda mais pensando que galáxias escuras emitem pouca luz. A descoberta observacional dessas galáxias preencheria um importante vazio no

Descoberto o Primeiro Imigrante Interestelar no Sistema Solar

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Imagens do asteroide 2015 BZ509 obtidas pelo LBTO (Large Binocular Telescope Observatory) que estabeleceu a sua natureza co-orbital retrógrada. As estrelas brilhantes e o asteroide (no círculo amarelo) aparecem escuros e o céu branco nesta imagem negativa. Crédito: C. Veillet/LBTO Um novo estudo descobriu o primeiro imigrante permanente conhecido no nosso Sistema Solar. O asteroide, atualmente aninhado na órbita de Júpiter, é o primeiro asteroide conhecido a ser capturado de outro sistema estelar. O trabalho foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters. O objeto conhecido como 'Oumuamua foi o último visitante interestelar a chegar às manchetes em 2017. No entanto, era apenas um turista passageiro, enquanto este ex-exoasteroide - a quem deram o nome cativante (514107) 2015 BZ509 - é um residente de longa duração.  Todos os planetas do nosso Sistema Solar, e a grande maioria dos outros objetos, viajam em redor do Sol na mesma direção

Dois quasares de alto brilho descobertos

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Astrônomos detectaram dois novos quasares brilhantes com redshifts, ou seja, desvio para o vermelho de cerca de 5.0. O quasares recém-descobertos, ou QSO como são chamados, sigla para quasi-stelar objects, estão entre os mais brilhantes de alto desvio para o vermelho já detectados até o momento.  Energizados pelos buracos negros supermassivos, os quasares brilhantes nesses altos desvios para o vermelho são importantes para os astrônomos já que eles funcionam como feixes brilhantes iluminando a evolução química do universo de forma muito eficiente.  Contudo, esses objetos são muito raros e muito difíceis de serem descobertos. Por isso, até o momento somente uma dezena de quasares foram descobertos com desvios para o vermelho maiores que 4.5 e magnitude na banda i, abaixo de 18.2.  Encontrar esses quasars requer grandes pesquisas, e não é surpresa que os primeiros quasares com z>5 (z é a letra usada para designar o desvio para o vermelho), tenham sido descobertos usando o Slo

Tornados solares fazem girar a cabeça dos astrônomos

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Os tornados solares são belos espetáculos e assustadores pelo tamanho - mas não giram. [Imagem: NASA/SDO/GSFC] Tornados solares não giram Os tornados solares são estudados há décadas, mas  apareceram ante os olhos dos cientistas em toda a sua glória  graças a sondas espaciais como a SDO, da NASA.  Mas parece que muito do que se sabia - ou se acreditava que se sabia - sobre esses tornados solares está errado, a começar pelo seu nome.  O que acontece é que os tornados solares nem sequer giram, garantem Nicolas Labrosse e uma equipe das universidades de Glasgow (Escócia) e Toulouse (França), Academia Tcheca de Ciência e do Observatório de Paris. Tornados em 3D O grupo fez uma análise dessas estruturas enormes, cada uma medindo várias vezes o tamanho da Terra, e concluiu que os astrônomos vinham considerando que elas eram semelhantes a tornados porque se basearam apenas em imagens fotográficas comuns, em 2D. Quando usaram o efeito Doppler para adicionar uma terceira dimen

Entre local e Laniakea

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Numa primeira olhada essa imagem é dominada pelo vibrante brilho da galáxia espiral que pode ser observada na parte inferior esquerda do frame. Contudo, essa galáxia, está longe de ser a coisa mais interessante aqui, atrás dela está um belo aglomerado de galáxias.   As galáxias não estão aleatoriamente distribuídas no espaço, elas se aglomeram, se juntam e pela força da gravidade formam grupos e aglomerados. A Via Láctea é um membro do chamado Grupo Local, que é parte por sua vez, do Aglomerado de Virgo, e que ainda faz parte do Superaglomerado Laniakea que agrupa mais de 100 mil galáxias. O aglomerado de galáxias nessa imagem é conhecido como SDSS J033+0651. Aglomerados como esse podem ajudar os astrônomos a entender o universo distante. O SDSS J033+0651 foi imageado como parte de um estudo de formação de estrelas em galáxias distantes. As regiões de formação de estrelas não são normalmente muito grandes, elas se esticam por poucas centenas de anos-luz na sua maioria, assim é

Estação Espacial Internacional será o lugar mais frio do universo em alguns dias

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A NASA enviou hoje para o espaço uma nave cheia de equipamentos que irão auxiliar os astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) e cientistas aqui na Terra a desenvolver novas pesquisas. A mais interessante delas é um experimento que irá “congelar” átomos com lasers, criando o ponto mais frio do universo. Esta super geladeira terá menos de um bilionésimo de grau acima do zero absoluto, a temperatura mais baixa possível. O Cold Atom Laboratory (CAL) (Laboratório do Átomo Frio, em tradução livre), é um instrumento compacto, do tamanho de um cooler de cerveja, que usa lasers para gerar um ambiente super-refrigerado 10 bilhões de vezes mais frio que o vácuo do espaço. É tão frio dentro da CAL que os átomos se tornam quase imóveis. Lá dentro, o instrumento usa ímãs para segurar os átomos quase imóveis para que os cientistas possam observar seus movimentos e como eles interagem. Experimentos parecidos já foram feitos aqui na Terra, mas sempre enfrentaram um desafio prati