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Observatórios revelam raro asteroide duplo

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Impressão de artista do aspeto do binário 2017 YE5. Os dois objetos mostram diferenças marcantes em termos de refletividade de radar, o que poderá indicar que têm diferentes propriedades de superfície. Crédito: NASA/JPL-Caltech Novas observações feitas por três dos maiores radiotelescópios do mundo revelaram que um asteroide descoberto no ano passado é na realidade dois objetos, cada com cerca de 900 metros de diâmetro, orbitando-se um ao outro. O asteroide próximo da Terra 2017 YE5 foi descoberto com observações fornecidas pelo projeto MOSS (Morocco Oukaimeden Sky Survey) no dia 21 de dezembro de 2017, mas não eram conhecidos detalhes acerca das propriedades físicas do objeto até ao final de junho. Este é apenas o quarto asteroide binário de "massa igual" próximo da Terra já detetado, constituído por dois objetos quase idênticos em tamanho, em órbita um do outro. As novas observações fornecem as imagens mais nítidas já obtidas deste tipo de asteroide binário. No

Exoplaneta Ross 128b pode ser habitável, mas não é gêmeo da Terra

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Vários sistemas planetários em torno de anãs vermelhas têm sido notícia recentemente, incluindo Proxima b, um planeta que orbita a estrela mais próxima de nosso próprio Sol, a Próxima Centauro, e os sete planetas da estrela TRAPPIST-1, um sistema que não é muito maior do que Júpiter.[Imagem: ESO/M. Kornmesser] Irmão, gêmeo não O exoplaneta Ross 128b pode realmente ter características viáveis para abrigar vida, mas também possui marcadas diferenças em relação à Terra. Esta é a conclusão de uma equipe internacional coordenada por astrônomos do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, que analisou as características físico-químicas desse exoplaneta que está vindo em nossa direção e que é o mais próximo de nós em torno de uma estrela anã vermelha.  O sistema extrassolar Ross 128 ficou famoso por apresentar estranhos sinais variáveis que chegaram a ser apontados como sinais de vida extraterrestre. Exoplaneta potencialmente habitável Diogo Souto e seus colegas realizara

O modelo cosmológico padrão acaba de ser confirmado

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O satélite Planck , da Agência Espacial Europeia ( ESA ), passou quatro anos, entre 12 de agosto de 2009 e 23 de outubro de 2013, estudando o Universo primordial e sua evolução. O satélite Planck mapeia a radiação no comprimento de onda das microondas. Antes disso, o Universo era completamente escuro e opaco. A radiação cósmica de fundo em micro - ondas ( CMB, na sigla em inglês ), como é chamada, foi originalmente causada por fótons que se estenderam até o comprimento de onda de microondas à medida que o Universo se expandia.  Ao estudar as diferenças e mudanças no CMB em diferentes regiões do céu, os astrônomos podem calcular várias características do Universo à medida que ele evoluiu ao longo do tempo. Os cientistas do Planck acharam que a qualidade de alguns dos dados de polarização naquela versão de 2015, relativa à orientação das ondas de luz, estava faltando, e talvez não fosse boa o suficiente para ser usada na cosmologia.  Nos anos seguintes, os cientistas do proj

Colisão há bilhões de anos pode explicar bizarrices de Urano

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Urano intriga os cientistas há muito tempo. O distante planeta sempre foi  diferente de seus companheiros de Sistema Solar . Agora, um novo estudo pode explicar todas as excentricidades do gigante gelado. Segundo o artigo, Urano é tão estranho por causa de uma enorme colisão de bilhões de anos atrás com um objeto enorme, com aproximadamente duas vezes o tamanho da Terra. Essa colisão pode ter levado à extrema inclinação do planeta e a outros atributos bizarros observados hoje em dia. “Todos os planetas do sistema solar estão girando mais ou menos da mesma forma, mas Urano está completamente de lado”, explica Jacob Kegerreis, principal autor do estudo e pesquisador do Instituto de Cosmologia Computacional da Universidade de Durham, no Reino Unido, em entrevista ao portal Space. Além dessa inclinação inexplicável, Urano também tem um campo magnético “muito, muito estranho” e é extremamente frio, embora devesse ser mais quente, segundo Kegerreis. Em seu estudo, Kegerreis e su

Equipe da HAYABUSA 2 cria modelo 3D do asteroide RYUGU

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A JAXA já lançou uma imagem global do asteroide Ryugu, mas a equipe de modelagem do projeto Hayabusa 2 também criou modelos tridimensionais do asteroide. O asteroide foi medido usando imagens capturadas com a ONC-T, a Optical Navigation Camera – Telescopic, para então formar o modelo 3D do Ryugu. O modelo 3D que descreve a forma do Ryugu é uma informação fundamental quando se considera a história de formação do asteroide e é fundamental para as futuras operações que serão realizadas pela Hayabusa 2. A equipe de modelagem usou inicialmente imagens feitas durante a chegada da Hayabusa 2 no asteroide para criar o primeiro modelo tridimensional do Ryugu. Esse modelo foi usado para criar as visualizações tridimensionais mostradas nesse post. A equipe de modelagem criou os modelos a partir das mesmas imagens, mas usando duas metodologias distintas. O primeiro método mostrado na primeira figura é um tipo de técnica estereoscópica, chamada de Structure-from-Motion, ou SfM. Esse

Marte está em posição mais próxima da Terra desde 2003

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Se você nasceu e vive em uma cidade grande, provavelmente não conhece a beleza de um céu estrelado visto de uma área onde não existe iluminação artificial. Uma opção são as viagens que podem levá-lo para o meio do nada; porém, se isso também não acontece, sempre há fotos na internet mostrando como os diversos corpos celestes preenchem o céu em locais mais isolados. Mesmo no meio urbano, é possível visualizar as estrelas mais brilhantes, mas talvez nos próximos meses você consiga identificar uma em especial. No mundo da tecnologia só se fala em viagens até Marte, e até setembro o planeta vermelho estará em evidência nos céus noturnos de qualquer lugar do mundo. Por mais que ele esteja quase sempre visível, o detalhe é que nesse período seu brilho será mais intenso do que o comum. Brilho oposto O fenômeno causador dessa luminosidade a mais chama-se oposição e é caracterizado pelo alinhamento de um planeta com o Sol, enquanto a Terra está no meio do caminho. Ou seja, Mar

Astrônomos descobrem dez luas novas ao redor de Júpiter

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A equipe, liderada pelo astrônomo Scott Sheppard, observou pela primeira vez algumas das novas luas enquanto procuravam por objetos bastante distantes em nosso Sistema Solar, para lá de Plutão, usando o telescópio Blanco, de quatro metros de extensão, no Observatório Interamericano de Cerro Tololo, no Chile. Júpiter estava por acaso no campo de visão dos cientistas, e eles notaram um punhado de novos objetos perto do planeta, com diâmetro de um a quatro quilômetros. Depois de rastrear as órbitas dos objetos por cerca de um ano com outros telescópios chilenos, além de alguns no Arizona e no Havaí, os cientistas puderam confirmá-las como luas.   No ano passado, essa mesma equipe anunciou a descoberta de duas outras luas, que levaram o total da contagem de Júpiter à época para 69. Duas das luas recém-descobertas estão próximas a Júpiter — não tão perto quanto as grandes luas galileanas: Io, Europa, Ganímedes e Calisto. Essas luas são “luas prógradas”, ou seja, que orbitam J

Uma paisagem celeste colorida

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Novas observações obtidas com o Very Large Telescope do ESO mostram o aglomerado estelar RCW 38 em todo o seu esplendor. Esta imagem foi obtida durante os testes da câmera HAWK-I trabalhando com o sistema de óptica adaptativa GRAAL e mostra RCW 38 e as nuvens de gás resplandecente ao seu redor com incrível detalhe, assim como os tentáculos negros de poeira passando através do núcleo brilhante deste jovem conjunto de estrelas. Esta imagem mostra o aglomerado estelar RCW 38, obtido pela câmera infravermelha HAWK-I montada no Very Large Telescope do ESO (VLT), no Chile. Ao observar no infravermelho, o HAWK-I consegue examinar aglomerados estelares envoltos em poeira, tais como RCW 38, dando-nos uma vista sem paralelo das estrelas que estão se formando no seu interior. Este aglomerado contém centenas de estrelas massivas, quentes e jovens, e situa-se a cerca de 5500 anos-luz de distância na direção da constelação da Vela. A região central de RCW 38 aparece-nos na imagem com