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Sondando o Passado Distante

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Obtida para um programa de pesquisa sobre formação de estrelas em galáxias distantes e velhas, essa imagem do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, com a sua Wide Field Camera 3 (WFC3), demonstra o imenso efeito da gravidade, mas especificamente, ela mostra os efeitos da lente gravitacional, causada por um objeto chamado de SDSS J1152+3313. As lentes gravitacionais, como esse aglomerado de galáxias   SDSS J1152+3313, possui uma imensa massa que distorce as suas redondezas e curva a luz de objetos distantes em anéis, arcos, listras, borrões, e outras formas estranhas. Essa lente, contudo, não somente distorce a aparência de uma galáxia distante, ela também amplifica a sua luz, fazendo com que ela pareça mais brilhante do apareceria sem a lente. Combinada com a grande qualidade de imagem obtida com o Hubble, isso fornece pistas valiosas como as estrelas se formaram no início do universo. A formação de estrelas é um processo fundamental na astronomia. Tudo que   emite   luz

Mares tempestuosos em Carina

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Esta Foto da Semana mostra um casulo de gás e poeira em forma de crescente: a nebulosa NGC 3199, situada a 12000 anos-luz de distância da Terra. A nebulosa parece atravessar um céu repleto de estrelas, tal como um navio atravessa mares tempestuosos. Esta analogia torna-se bastante apropriada quando pensamos que NGC 3199 se situa em Carina — a constelação austral que representa a quilha do navio Argos! NGC 3199 foi descoberta pelo astrônomo britânico John Herschel em 1834, quando este compilava o seu famoso catálogo de objetos interessantes do céu noturno. Desde a sua descoberta, a nebulosa tem sido observada por diversas vezes, incluindo com os telescópios do ESO, o Very Large Telescope de 8,2 metros (eso0310, eso1117) e o VLT Survey Telescope de 2,6 metros (VST). Foi este último que obteve a imagem que aqui apresentamos. Sabe-se agora que o crescente brilhante desta nebulosa faz parte de uma bolha muito maior mas mais tênue de gás e poeira. A nebulosa NGC 3199 contém uma

Resto de estrela revela origem de moléculas radioativas

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Observações ALMA descobrem isótopo radioativo de alumínio-26 nos restos de CK Vulpeculae Com o auxílio do ALMA e do NOEMA, astrônomos fizeram a primeira detecção confiável de uma molécula radioativa no espaço interestelar. O componente radioativo da molécula é um isótopo de alumínio. As observações revelam que o isótopo se dispersou no espaço após a colisão de duas estrelas, a qual deu origem a um resto estelar conhecido por CK Vulpeculae. Trata-se da primeira vez que foi feita uma observação direta deste elemento numa fonte conhecida. Identificações anteriores deste isótopo tiveram origem na detecção de raios gama, no entanto a sua origem precisa era desconhecida. Uma equipe, liderada por Tomasz Kamiński (Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, Cambridge, EUA), usou o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) e o NOrthern Extended Millimeter Array (NOEMA) para detectar uma fonte do isótopo radioativo de alumínio-26. A fonte, conhecida por CK Vulpeculae, fo

HD 26965b: Super-Terra localizada a apenas 16 anos-luz de distância

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Astrônomos descobriram um exoplaneta com algumas vezes a massa da Terra orbitando uma estrela próxima. Um artigo reportando a descoberta foi publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. Designado de HD 2695b, o exoplaneta recém-descoberto tem uma massa equivalente a 8.47 vezes a massa da Terra e está localizado a 16 anos-luz de distância. Esse planeta orbita uma estrela anã brilhante da Classe-K, chamada de HD 26965 a cada 42.4 dias. A estrela tem aproximadamente 6.9 bilhões de anos de vida e tem uma massa equivalente a 78% da massa do Sol, e um raio 87% maior que o Sol. “A HD 29695 é a estrela primária de um sistema triplo de estrelas bem separado. As outras duas companheiras são uma anã branca e uma anã da Classe-M4”, disse o astrônomo Bo Ma um dos coautores do trabalho da Universidade da Flórida.   Essa estrela é uma estrela pobre em metal e muito brilhante com uma magnitude absoluta de V=4.4. Isso faz dela a segunda estrela mais brilhante no

NOVOS retratos de família de SATURNO e MARTE pelo HUBBLE

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Esta imagem mostra as observações recentes dos planetas Saturno e Marte pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA. As primeiras observações de Marte, pelo Hubble, remontam a 1991 e a primeira observação de Saturno, pelo telescópio espacial, foi levada a cabo em 1990 - o ano do lançamento.Crédito: Saturno - NASA, ESA, A. Simon (GSFC) e Equipa OPAL e J. DePasquale (STScI); Marte - NASA, ESA e STScI Recentemente , os planetas Saturno e Marte estiveram, um após o outro, em oposição à Terra. Durante este tipo de evento os planetas estão relativamente próximos da Terra, permitindo com que os astrónomos os possam observar em maior detalhe. O Hubble aproveitou esta configuração e fotografou ambos os planetas, continuando a sua observação de longa data dos planetas do Sistema Solar. Desde que o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA foi lançado, que o seu objetivo tem sido sempre o de estudar não apenas objetos astronómicos distantes, mas também os planetas do nosso Sistema Solar

A Batalha de NGC 3256

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   Marcada por uma região central excecionalmente brilhante, faixas rodopiantes de poeira e longas caudas de maré, a peculiar NGC 3256 é o rescaldo de uma colisão verdadeiramente cósmica. O confronto entre duas galáxias separadas, que já dura há 500 milhões de anos, abrange cerca de 100 mil anos-luz nesta imagem nítida do Hubble. Claro, quando duas galáxias colidem, as estrelas individuais raramente o fazem. Gigantescas nuvens galácticas de gás molecular e poeira interagem e produzem explosões espetaculares de formação estelar. Neste embate galáctico, as duas galáxias espirais originais tinham massas semelhantes. Os seus discos não são mais distintos e os dois núcleos galácticos estão escondidos pela poeira obscurecida. Na escala de tempo de algumas centenas de milhões de anos os núcleos provavelmente também fundir-se-ão à medida que NGC 3256 se torna uma única grande galáxia elíptica. NGC 3256 propriamente dita está quase a 100 milhões de anos-luz de distância na direção da cons

Físicos querem encontrar quinta dimensão estudando a gravidade

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Já há algumas ideias sobre como "ver" dimensões extras do espaço - alguns físicos acreditam que a matéria escura pode ser extradimensional.[Imagem: Andrew J. Hanson/Indiana University] Dimensão perdida   "Qual é a 5ª dimensão? Eu sei que a primeira é a altura, a segunda é a largura, a terceira é a profundidade e a quarta, o tempo. Mas ninguém parece saber o que é a quinta!". Esta pergunta foi enviada por Lena Komaier-Peeters, uma menina de 12 anos, a um programa de divulgação científica da emissora britânica BBC. Os organizadores do programa foram tentar encontrar alguma pista para responder às perguntas da garota no LHC, o maior experimento científico já construído, onde físicos do mundo todo tentam desvendar os segredos da matéria. E foram para lá por uma boa razão: algumas teorias indicam que o LHC pode dar pistas sobre os grávitons, hipotéticas partículas que explicariam a força da gravidade e, ao dar essa explicação, poderiam comprovar a existência de

M31 colidiu com galáxia massiva há 2 mil milhões de anos

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Nesta imagem, a Galáxia de Andrómeda dilacera a grande galáxia M32p, que eventualmente resultou na formação de M32 e de um grande halo de estrelas.  Crédito: Richard D'Souza. Imagem de M31 cortesia de Wei-Hao Wang. Imagem do halo estelar de M31 cortesia da AAS/IOP Cientistas da Universidade de Michigan deduziram que a Galáxia de Andrómeda, a nossa grande vizinha galáctica mais próxima, destruiu e canibalizou uma enorme galáxia há dois mil milhões de anos.   Apesar de ter sido em grande parte despedaçada, esta galáxia massiva deixou para trás uma rica trilha de evidências: um halo quase invisível de estrelas maior do que a própria Galáxia de Andrómeda, um elusivo fluxo de estrelas e uma enigmática galáxia compacta, M32. A descoberta e estudo desta galáxia dizimada ajudará os astrónomos a entender como galáxias de disco como a Via Láctea evoluem e sobrevivem a grandes fusões. Esta galáxia perturbada, de nome M32p, era o terceiro maior membro do Grupo Local de galáxias, d

Tecnologia de raios-X revela matéria nunca antes vista em torno do buraco negro

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O buraco negro em Cygnus X-1 é uma das fontes mais brilhantes de raios-X no céu. A luz perto do buraco negro vem da matéria sugada pela sua companheira. Crédito: NASA, ESA, Martin Kornmesser Em um estudo de colaboração internacional, cientistas do Japão e da Suécia esclareceram como a gravidade afeta a forma da matéria em torno do buraco negro no sistema binário Cygnus X-1. Os pesquisadores criaram dois modelos que podem ajudá-los a entender melhor a física da gravidade e a evolução dos buracos negros e das galáxias.   Perto do centro da constelação de Cygnus, uma estrela orbita o primeiro buraco negro descoberto no universo. Juntos, eles formam um sistema binário conhecido como Cygnus X-1. Este buraco negro é também uma das fontes mais brilhantes de raios-X no céu. No entanto, os cientistas não tinham certeza sobre a geometria da matéria que dá origem a essa luz.  Para descobrir isso, a equipe do novo estudo precisou desenvolver uma técnica chamada de “polarimetria de rai

Telescópio terrestre iguala Hubble em qualidade das imagens

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A imagem do planeta Netuno da esquerda foi obtida pelo telescópio terrestre VLT. A imagem da direita é uma imagem semelhante obtida pelo Hubble. Note que as duas imagens não foram capturadas no mesmo momento e nem da mesma posição, por isso as estruturas na superfície do planeta não são iguais.[Imagem: ESO/P. Weilbacher (AIP)/NASA/ESA/M.H. Wong/J. Tollefson] Telescópio com qualidade espacial   O VLT, um dos maiores telescópios do mundo, instalado no Chile, estreou seu novo sistema de óptica adaptativa com um feito histórico: atingindo uma qualidade das imagens similar - superior em alguns detalhes - à do telescópio espacial Hubble. Os telescópios espaciais são muito mais caros e não podem ser consertados - o Hubble até que podia, enquanto existiam os ônibus espaciais - mas têm a grande vantagem de sofrerem a interferência da atmosfera terrestre, o que gera imagens tipicamente mais nítidas. Mas a tecnologia da óptica adaptativa está permitindo tirar essa diferença ao

Primeiro teste bem sucedido da relatividade geral de Einstein realizado perto de buraco negro supermassivo

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Culminação de 26 anos de observações do coração da Via Láctea obtidas com instrumentos do ESO Observações obtidas com o Very Large Telescope do ESO revelaram pela primeira vez os efeitos previstos pela relatividade geral de Einstein no movimento de uma estrela passando no campo gravitacional extremo existente próximo do buraco negro supermassivo situado no centro da Via Láctea. Este resultado, há muito procurado, representa o culminar de uma campanha de observações de 26 anos realizada com os telescópios do ESO no Chile. Obscurecido pelas espessas nuvens de poeira, o buraco negro supermassivo mais perto da Terra situa-se a cerca de 26 000 anos-luz de distância, no centro da Via Láctea. Este monstro gravitacional, com uma massa de 4 milhões de vezes a massa solar, encontra-se rodeado por um pequeno grupo de estrelas que o orbitam a alta velocidade. Este meio extremo — o campo gravitacional mais forte da nossa Galáxia — é o local ideal para explorar a física gravitacional e, p

Conheça 5 curiosidades sobre cometas e asteroides

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Podemos não conhecer cada canto do nosso planeta como deveríamos, mas considerando nosso avanço tecnológico atual, a exploração espacial é um caminho natural a se seguir. Esse é um longo trajeto, onde precisaremos desenvolver novas soluções de transporte e vida no espaço, enquanto tentamos conhecer melhor os corpos celestes que estão ao nosso redor. Uma das melhores formas de se entender as origens do Sistema Solar é observando cometas e asteroides, pois sua formação ocorreu junto dele, há aproximadamente 4,6 bilhões de anos. Quando os comparamos com planetas, são relativamente pequenos, mas sua composição pode ajudar a entender melhor como tudo se formou.  Muito se fala, mas algumas pessoas desconhecem fatos bem interessantes sobre cometas e asteroides. Veja abaixo 5 curiosidades sobre esses corpos celestes, que são parte fundamental da nossa realidade. 1. Diferença entre eles Cometas se formaram em regiões mais distantes do Sol, e isso se reflete em sua composição, que é ba

Buracos negros, quasares e supernovas: o fenômeno mais surpreendente no espaço sideral

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Ao longo das últimas três décadas, o Telescópio Espacial Hubble tem nos ajudado a ter uma melhor visão do espaço sideral.  Estimativas atuais indicam que existem cerca de 100 a 200 bilhões de galáxias em nosso universo observável. Alguns astrofísicos acreditam que esse número é subestimado; pode haver na verdade 2 trilhões de galáxias no total. De qualquer maneira, o universo que conhecemos é insondável, e isso sem levar em conta a teoria das cordas e outras dimensões possíveis.  Dentro deste enorme campo de bilhões de anos-luz de distância, ocorrem alguns dos fenômenos mais fascinantes que já observamos. E o que é mais legal: eles são muitas vezes interligados e nos surpreendem todos os dias com novos aspectos que iluminam cada vez mais nossa compreensão do universo. Buracos negros, quasares e supernovas Os buracos negros são objetos que possuem uma quantidade incrível de massa e densidade, tanto que nem mesmo a luz pode escapar dos limites de sua gravidade.   Embora aind