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Em alguns dias, a NASA lançará uma nave para “tocar o sol”

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Depois de alguns atrasos, a NASA determinou a data de lançamento de sua próxima missão científica, a sonda Parker Solar Probe, que vai “tocar o sol”: 11 de agosto. Se tudo correr conforme o planejado, a nave decolará a bordo de um foguete Delta, da United Launch Alliance, no próximo sábado a partir da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA).    A janela de lançamento abre às 4h45 da manhã, no horário de Brasília (07h45 GMT). A sonda deve ser lançada dentro de 45 minutos. Você pode assistir ao evento ao vivo no portal da NASA TV.   Para alcançar o sol com sucesso, a sonda precisa ser lançada em alta velocidade. O Delta é o foguete com a segunda melhor potência de lançamento utilizado pela agência espacial norte-americana, atrás apenas do novo foguete Falcon Heavy da SpaceX.   Uma vez que a Parker se despedir da Terra, irá circular em torno de Vênus em uma manobra chamada “assistência gravitacional” que irá desacelerá-la para controlar cuidadosamente sua aproxi

Eta Carinae: os segredos da maior explosão estelar que não resultou em uma supernova

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Imagem colorida tirada com a câmera WFPC2 do Hubble Space Telecope, mostrando a nuvem em forma de haltere de gás e poeira ao redor da estrela. Esta nebulosa contém mais de 10 vezes a massa do nosso Sol, que foi ejetado por Eta Carinae na Grande Erupção do século XIX. Crédito: N. Smith (U. Arizona) e NASA. Imagine viajar para a lua em apenas 20 segundos. É nessa velocidade que o material de uma erupção se afastou do instável e extremamente massivo sistema estelar Eta Carinae, 170 anos atrás.  Quando gás é lançado tão rápido assim, resulta na completa aniquilação da estrela. Eta Carinae sobreviveu, no entanto, o que torna esse o gás mais rápido já medido a partir de uma explosão estelar que não levou a uma supernova na história. A explosão Eta Carinae é a estrela mais luminosa conhecida em nossa galáxia. A explosão liberou quase tanta energia quanto uma supernova típica, que teria deixado para trás um cadáver estelar. Nos últimos sete anos, uma equipe de astrônomos lider

Tem um planeta absolutamente gigantesco vagando pela nossa vizinhança galáctica

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Os astrônomos descobriram um planeta errante gigantesco com um campo magnético extremamente forte vagando pela nossa vizinhança galáctica, a apenas 20 anos-luz da Terra. A detecção foi feita com o radiotelescópio Very Large Array (VLA, no Novo México, EUA), marcando o primeiro objeto de massa planetária revelado por radiotelescopia. Planeta ou quase estrela O novo planeta é 12,7 vezes mais massivo que Júpiter, o que significa que está bem no limite do que caracteriza um planeta, beirando o território das anãs marrons. Se fosse um pouco maior, seria uma “estrela falhada”, como estas são às vezes referidas. Uma anã marrom é um objeto muito pequeno para produzir fusão de hidrogênio, o processo dominante que gera energia nas estrelas, mas grande o suficiente para a fusão de deutério, processo de baixa temperatura vital para estrelas recém-formadas. Ela está, então, na fronteira entre os maiores planetas e as menores estrelas, com massas de 13 a 80 vezes maiores que a de Júpi

Sob o Cruzeiro do Sul

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Esta fotografia obtida durante a Expedição  Ultra HD  ao  Observatório de La Silla  do ESO, no Chile, mostra o  telescópio dinamarquês de 1,54 metros  observando o céu noturno estrelado. O Cruzeiro do Sul — um dos asterismos mais característicos —  pode ser visto do lado esquerdo da cúpula aberta do telescópio, aninhado no plano da  Via Láctea . A constelação do  Cruzeiro do Sul  é bem conhecida pela sua forma em cruz, composta por quatro estrelas —  Alfa ,  Beta ,  Gama  e  Delta Crucis . A estrela mais próxima das quatro, Gama Crucis, situa-se a apenas 88 anos-luz de distância da Terra, enquanto a mais afastada se situa a 364 anos-luz. A estrela azul-esbranquiçada, Alfa Crucis, que se encontra na ponta de baixo da Cruz, é a 13ª estrela mais brilhante de todo o céu noturno. A mancha escura situada acima do Cruzeiro do Sul é a Nebulosa do Saco de Carvão, uma das mais proeminentes nebulosas escuras visíveis a olho nu. Esta nuvem opaca de poeira interestelar obscurece a luz

A Supernova de KEPLER não deixou sobreviventes

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Um novo estudo no qual participa o IAC (Instituto de Astrofísica das Canárias) argumenta que a explosão que Johannes Kepler observou em 1604 foi provocada pela fusão de dois resíduos estelares.  A supernova de Kepler, da qual atualmente só permanece o remanescente de supernova, teve lugar na direção da constelação de Ofiúco, no plano da Via Láctea, a 16.300 anos-luz do Sol.  Uma equipe internacional, liderada pela investigadora Pilar Ruiz Lapuente (Instituto de Ciências do Cosmos da Universidade de Barcelona), na qual participa o investigador do IAC Jonay González Hernández, tentou encontrar a possível estrela sobrevivente do sistema binário no qual a explosão teve lugar.  Nestes sistemas, quando pelo menos uma das estrelas (a que tem a massa mais elevada) chega ao fim da sua vida e se torna numa anã branca, a outra começa a transferir matéria até um certo limite de massa (equivalente a 1,44 massas solares, o chamado "limite de Chandrasekhar").  Este processo lev

Pesquisadores de meteoritos descobrem fortes evidências de que o início da atividade solar era altamente ativo

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Examinando cristais de gelo azul microscópicos do mineral hibonita presos dentro de um meteorito contrito carbonário, uma equipe internacional de cientistas foi capaz de descobrir como era o Sol antes da Terra se formar. A equipe estudou o material do meteorito Murchison, denominado assim em homenagem à cidade australiana perto de onde ele caiu. Usando um espectrômetro de massa avançado na Suíça, os pesquisadores, descobriram cristais de hibonita, muitos com menos de 100 mícron de diâmetro, presos dentro do meteorito. Esses pequenos cristais se formaram a mais de 4.5 bilhões de anos atrás e a composição deles resulta de reações químicas que só seriam possível de terem ocorridos se o Sol primordial estivesse emitindo uma grande quantidade de partículas energéticas. Esses cristais preservam um registro de alguns dos primeiros eventos que aconteceram no Sistema Solar”, disse o líder do estudo o Dr. Levke Kööp, um pesquisador de pós-doutorado na Universidade de Chicago e um afi

Investigadores descobrem propriedades ocultas da estrela Polar

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Os componentes estelares da Polar, vistos pelo Hubble. Crédito: NASA/HST Dois professores de astrofísica da Universidade de Villanova lideraram uma equipe de investigadores que descobriu as há muito ocultas propriedades físicas de Polaris, a famosa "Estrela Polar". Até agora, as amplas estimativas da distância da estrela à Terra (322-520 anos-luz) dificultavam a determinação da sua composição física. Mas, equipados com medições precisas de distância obtidas recentemente pela missão Gaia da ESA (447+/- 1,6 anos-luz), a equipa de Villanova conseguiu determinar o raio, o brilho intrínseco, a idade e a massa da Estrela Polar. A Estrela Polar é a nossa Cefeida Clássica mais próxima, uma classe rara e importante de estrelas supergigantes muito luminosas que pulsam. A relação entre o brilho intrínseco (luminosidade) e o período de pulsação permite que as cefeidas sejam usadas como "velas padrão" para medir as distâncias de galáxias próximas e distantes. &qu

Do plano galáctico, passando por Antares

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Contemple uma das regiões mais fotogénicas do céu noturno, capturada de forma impressionante. Em destaque, a banda da nossa Galáxia, a Via Láctea, corre diagonalmente ao longo da esquerda, enquanto a colorida região de Rho Ophiuchus , incluindo a brilhante estrela laranja Antares, é visível logo para a direita do centro, e a nebulosa Sharpless 1 (Sh2-1) aparece à direita. Visíveis em frente da banda da Via Láctea, várias nebulosas famosas incluindo a Nebulosa da Águia (M16) , a Nebulosa Trífida (M20) e a Nebulosa da Lagoa (M8) . Outras nebulosas notáveis incluem a do Cachimbo e a da Cabeça de Cavalo .  Em geral, o vermelho emana das nebulosas que brilham devido à luz do hidrogénio gasoso excitado, enquanto o azul marca poeira interestelar que reflete preferencialmente a luz de jovens estrelas brilhantes. A poeira espessa aparece de outro modo castanha escura. Grandes "bolas" visíveis de estrelas incluem os enxames globulares M4 , M9 , M19 , M28 e M80 , cada marcad

O que aconteceria se a Terra girasse duas vezes mais rápido

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Nosso planeta gira em torno do seu eixo e a uma velocidade constante de 1.670 km/h. Enquanto isso ocorre, a vida segue normalmente, pelo menos no que se refere aos efeitos das forças naturais que a regem. Mas o que aconteceria se, repentinamente, a velocidade de rotação da Terra duplicasse? A pergunta é meramente hipotética. De fato, para que isso realmente aconteça, a Terra teria que sofrer um cataclismo tão grande que os efeitos da aceleração da sua rotação seriam o menor dos problemas para a sobrevivência da vida tal como a conhecemos. A velocidade de rotação da Terra tem variado desde sua formação até os nossos dias. Inicialmente, isso acontecia tão rápido que o dia durava apenas 4 horas. Na era dos dinossauros, há milhões de anos, o dia tinha 22 horas. A velocidade de rotação terrestre diminui paulatinamente, dada a força gravitacional da Lua. De qualquer modo, se a Terra efetivamente acelerasse sua velocidade de rotação, o dia passaria a ter 12 horas, afetando

Maneiras terríveis de morrer se um asteróide acaba atingindo a Terra

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Vamos nos colocar no caso hipotético de um enorme asteróide indo para a Terra e não ter Bruce asWillis à mão para nos salvar. Se o asteróide atinge o planeta, que tipo de efeitos brutais resultariam da colisão? É exatamente isso que um grupo de pesquisadores estudou.   Obviamente, nada de bom e isso é precisamente o que eles dedicaram neste estudo publicado na Geophysical Research Letters , a prestigiada revista americana de geofísica. A ideia era explorar os sete principais efeitos associados aos impactos de asteróides, a saber, calor, ondas de choque, detritos, tsunamis, rajadas de vento, formação de crateras e agitação sísmica. Todos eles brutais, embora alguns mais do que outros, e por isso foram classificados de acordo com sua taxa de mortalidade. Em termos gerais, as explosões de vento e ondas de choque foram as mais devastadoras em termos de número de vítimas. Em cenários experimentais, esses dois efeitos representaram mais de 60% das vidas perdidas. No caso das on

O sol muda de tamanho a cada 11 anos e nós não sabemos por quê

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De acordo com um novo estudo do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey (EUA) e da Universidade de Côte d’Azur (França), o sol se expande e encolhe em um a dois quilômetros a cada 11 anos.  Esses movimentos são como “inalações” e “exalações” muito fracas, com esses quilômetros extras aumentando o raio do sol em apenas 0,00029%, no máximo. A mudança A mudança é tão pequena que é incrível que a equipe tenha sequer conseguido detectá-la. Para isso, os pesquisadores se concentraram nos fluxos de plasma que escapam e retornam à superfície solar – fios de gás ionizado altamente energéticos. Essas ondas de plasma são semelhantes às ondas sonoras emitidas por um instrumento musical. O sol é um pouco como um saxofone: do mesmo jeito que você pode fazer sons diferentes dependendo das chaves que pressiona e do quando expande a tubulação do instrumento, as frequências das ondas de plasma mudam dependendo de quão grande é o sol.  Embora seja uma tarefa complicada, essa alteração pod

Conheça 5 estranhas alternativas para explicar Buracos Negros

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O conceito de buraco negro ainda é algo muito discutido entre especialistas da área. É até difícil imaginar a magnitude de um ponto onde a densidade é infinita, tanto que distorce o espaço-tempo ao seu redor, em um nível em que nem a luz escapa. Ainda mais se levarmos em conta o destino de tudo que é “sugado” por ele.  O fato é que eles existem, mas talvez não da forma como imaginamos atualmente. Aqui estão cinco possíveis alternativas para o que chamamos de buraco negro: 1. Buraco de minhoca A singularidade, ponto infinitesimal que existe dentro de um buraco negro, ainda é um mistério para os cientistas. Albert Einstein e Nathan Rosen indicaram, em 1925, que você poderia evitar o conceito de singularidade se pudesse estender um buraco negro para outro ponto, criando o chamado buraco de minhoca. Essas estruturas não possuiriam um horizonte de eventos, ponto onde nada mais consegue escapar da intensa força gravitacional, gerando um paradoxo onde as leis da física, como as

Estrelas tão estranhas que fazem buracos negros parecerem chatos

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Quando uma estrela gigante morre, ela entra em colapso e ou se transforma em buraco negro ou então em uma estrela de nêutrons supermassiva. Mas há outras possibilidades que ainda não foram comprovadas. Uma delas é um tipo teórico de estrelas tão interessante que fariam buracos negros parecerem chatos. Estrelas de nêutron Para entender este tipo de estrela especial, é necessário falar algumas coisinhas sobre as estrelas de nêutron. Como o próprio nome sugere, elas são compostas em sua maioria por nêutrons, apesar de ter outros tipos de partículas também. Nossos modelos atuais sugerem que há uma camada externa de átomos comuns cercados por elétrons soltos, e mais para dentro há um núcleo de prótons e nêutrons. Ainda mais ao centro há uma mistura de nêutrons soltos, núcleo e elétrons livres. A composição do centro do centro, porém, ainda não foi determinada. O ponto-chave é que a estrela de nêutron é formada quando a força da gravidade é grande o suficiente para esmagar o c