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Buracos negros, quasares e supernovas: o fenômeno mais surpreendente no espaço sideral

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Ao longo das últimas três décadas, o Telescópio Espacial Hubble tem nos ajudado a ter uma melhor visão do espaço sideral.  Estimativas atuais indicam que existem cerca de 100 a 200 bilhões de galáxias em nosso universo observável. Alguns astrofísicos acreditam que esse número é subestimado; pode haver na verdade 2 trilhões de galáxias no total. De qualquer maneira, o universo que conhecemos é insondável, e isso sem levar em conta a teoria das cordas e outras dimensões possíveis.  Dentro deste enorme campo de bilhões de anos-luz de distância, ocorrem alguns dos fenômenos mais fascinantes que já observamos. E o que é mais legal: eles são muitas vezes interligados e nos surpreendem todos os dias com novos aspectos que iluminam cada vez mais nossa compreensão do universo. Buracos negros, quasares e supernovas Os buracos negros são objetos que possuem uma quantidade incrível de massa e densidade, tanto que nem mesmo a luz pode escapar dos limites de sua gravidade.   Embora aind

Imagem impressionante mostra a visão mais clara do centro da Via Láctea

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Parece alguma explosão estranha, mas é na verdade a visão mais clara e impressionante que já obtivemos do centro da Via Láctea. Parece alguma explosão estranha, mas é na verdade a visão mais clara e impressionante que já obtivemos do centro da Via Láctea.  A imagem incrível foi criada a partir das observações do novo rádiotelescópio MeerKAT, na África do Sul. Seus 64 pratos coletam ondas de rádio de todo o universo, usadas neste caso para construir um retrato do buraco negro supermassivo no coração da nossa galáxia, Sagitário A*, a 25.000 anos-luz de distância. A fotografia construída pelo MeerKAT mostra muitos recursos nunca antes vistos. Essas características incluem filamentos perto do próprio buraco negro, que não aparecem em nenhum outro lugar da nossa galáxia. Descobertos pela primeira vez na década de 1980, esses filamentos são longos, estreitos e magnetizados. Sua origem é um mistério, que poderia ser resolvido em parte graças a esta pesquisa.  O centro galáctico

Um ano neste incrível planeta recém-descoberto dura apenas 19,5 dias

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Cientistas indianos descobriram que um exoplaneta sub-Saturno que orbita uma estrela parecida com a Terra a cerca de 600 anos-luz daqui. Ele foi nomeado EPIC 211945201b ou K2-236b, e é enorme – com 27 vezes o tamanho da Terra.  Essa descoberta é importantíssima para a Índia porque coloca o país em uma seleta lista de territórios que já confirmaram a existência de um planeta fora do Sistema Solar. Esse tipo de planeta está longe de ser raro – 3.786 deles já foram descobertos até agora – mas a grande maioria deles (2.600) foi descoberta pela NASA com ajuda do telescópio Kepler. Este telescópio já estava de olho na direção do planeta EPIC, mas a equipe indiana passou a perna na NASA e o confirmou como planeta antes, descartando a possibilidade que ele fosse um simples cometa ou outro objeto astronômico qualquer.  O grupo de pesquisadores é liderado por Abhijit Chakraborty, do Laboratório de Pesquisa Física (Índia), na cidade de Ahmedabad. Para bater o martelo na confirmação d

O coração da Via Láctea

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Esta imagem mostra algumas antenas do  Atacama Large Millimeter/submillimeter Array  (ALMA), uma rede de telescópios de vanguarda colocada no alto dos Andes chilenos. Podemos ver a Lua Cheia sobre o horizonte tingido de vermelho, brilhando intensamente por cima do observatório. O ALMA situa-se no planalto do Chajnantor, cerca de 5000 metros acima do nível do mar. A esta altitude, o cosmos pode ser observado com extrema nitidez quase todas as noites, como podemos comprovar nesta imagem pela enorme “lagarta” cósmica que desliza pelo céu por cima das antenas ALMA. Esta faixa brilhante é a  Via Láctea : o bojo de gás da Galáxia e as intricadas fitas de poeira encontram-se claramente iluminadas contrastando com o céu estrelado, com manchas de tom rosado marcando áreas de gás quente ionizado produzido por estrelas recém formadas. A parte mais brilhante da Via Láctea — o  coração da nossa Galáxia  — situa-se a aproximadamente 25 mil anos-luz de distância da Terra. Crédito: Y. Belets

Cientistas encontram água líquida em Marte, descoberta que pode transformar busca por vida

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© Science Photo Library  Descoberta de lago subterrâneo, após anos de análise de dados de sonda espacial lançada em 2003, aumenta chances de se encontrar vida no planeta. Cientistas da Agência Espacial Italiana anunciaram nesta quarta-feira que existe água líquida em Marte, de forma constante.   Para especialistas, essa descoberta, de um reservatório subterrâneo permanente de água líquida, aumenta consideravelmente as chances de haver vida no planeta. "Foram anos de debate e investigações, ficamos anos discutindo se isso era mesmo possível. Mas agora podemos dizer: descobrimos água em Marte", disse o astrônomo Roberto Orosei, pesquisador da Universidade de Bolonha e principal autor da descoberta.   A água líquida e perene foi encontrada 1,5 km abaixo de uma camada de gelo, próxima ao Polo Sul de Marte. "Trata-se de um lago com 20 quilômetros de diâmetro", contou Orosei. A descoberta será publicada na revista Science desta semana. "Sem água, n

A irmã mais velha da Via Láctea

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A imagem acima foi feita pela Wide Field Camera 3 do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA e mostra uma bela galáxia espiral chamada de NGC 6744 . Numa primeira olhada, ela lembra a nossa galáxia, a Via Láctea, embora seja maior, medindo mais de 200 mil anos-luz de diâmetro, comparada com os 100 mil anos-luz de diâmetro da nossa galáxia. A NGC 6744 é parecida com a nossa galáxia em mais de uma coisa. Como a Via Láctea, a NGC 6744 tem uma região central proeminente repleta de estrelas amarelas. Movendo para longe do centro galáctico, é possível ver partes dos braços espirais empoeirados, pontuados de rosa e azul, com os locais em azul cheios de jovens aglomerados de estrelas, e as regiões em rosa, são regiões de ativa formação de estrelas, indicando que a galáxia ainda é muito ativa. Em 2005, uma supernova, chamada de 2005at, foi descoberta dentro da NGC 6744, adicionando mais um argumento para a atividade da galáxia. A SN 2005at é uma supernova do Tipo Ic, formada quando

Plutão e Caronte, como um astronauta, os veria

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Para marcar o terceiro aniversário da passagem da sonda New Horizons em Plutão, que aconteceu em 14 de Julho de 2015, os cientistas da missão produziram a imagem colorida mais precisa do planeta anão e de seu grande satélite Caronte, mostrando os dois mundos como eles pareceriam se fossem observados pelos olhos de um astronauta na sua proximidade. As imagens em cor natural são baseadas numa melhora na calibração dos dados coletados pela Multispectral Visible Imaging Camera, ou MVIC, à medida que a New Horizons se aproximava de Plutão, antes do dia da maior aproximação. “Esse processamento cria imagens que se aproximam das cores que os olhos humanos enxergam, fazendo assim com que os objetos apareçam com a sua cor mais natural do que as imagens lançadas”, disse Alex Parker, um pesquisador do Suthwest Research Institute e um dos cientistas da New Horizons. Um processamento especial foi necessário pois os filtros coloridos do instrumento MVIC não se ajustam precisamente c

Será que uma estrela mudou a forma do nosso sistema solar?

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Uma equipe de pesquisadores do Max-Planck Institute e da Universidade de Queen, usaram novas informações para testar uma teoria que sugere que uma estrela passou perto o suficiente do nosso Sistema Solar, há milhões de anos atrás para mudar a sua configuração.   Em anos recentes, os cientistas espaciais começaram a suspeitar que algo fora do comum tinha acontecido com o nosso Sistema Solar durante o início da sua formação.  Muitos começaram então a imaginar por que não temos muito material nosso sistema solar externo como sugeriria a lógica. Outra questão que sempre foi levantada também, é por que Netuno é muito mais massivo que Urano, que está mais perto do Sol?  E Por que muitos dos pequenos objetos no nosso sistema solar externo possuem órbitas estranhas? Para tentar resolver essas questões, muitos cientistas espaciais começaram a imaginar a situação de uma estrela ter passado próximo do nosso sistema nos primeiros anos de sua formação, passando perto o suficiente pa

Maior eclipse lunar do século, 'lua de sangue' acontece na próxima sexta e poderá ser visto do Brasil

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Na próxima sexta-feira, dia 27 de julho, poderemos ver o que espera-se que seja o mais longo eclipse lunar total deste século 21 Na próxima sexta-feira, dia 27 de julho, o Brasil verá aquele que deve ser o mais longo eclipse lunar total deste século 21. No país, o início da fase total do eclipse será às 16h30min e o final será às 18h13min, em hora de Brasília. O eclipse lunar vai durar cerca de uma hora e 40 minutos.   De acordo com o Observatório Nacional, a parte leste do Brasil verá o eclipse total - na parte oeste, o eclipse será visto somente como parcial. O Observatório diz que, para ver a Lua ainda no eclipse total, as pessoas devem buscar um local onde seja possível ver o ceú perto do horizonte a leste. A partir das 18h13min, a Lua vai começar a sair da sombra mais escura. Nesse momento começará o eclipse parcial, que vai até as 19h19min. Nesse instante a Lua começará a entrar na sombra mais clara, o que marca a fase penumbral do eclipse, que vai terminar às 20h29

Dois planetas idênticos descobertos em dois sistemas estelares diferentes

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Dos poucos milhares de exoplanetas já detectados, os astrônomos conseguiram fazer imagem direta de uma quantidade que talvez caiba numa mão. Cada um é um mundo único portanto, descobrir dois exoplanetas praticamente idênticos em dois diferentes sistemas estelares, é algo realmente extraordinário.    Como relatado numa edição do The Astronomical Journal, os pesquisadores descobriram que o exoplaneta chamado de 2MASS 0249 c é como se fosse um gêmeo do exoplaneta Beta Pictoris b. Eles possuem o mesmo brilho, e o mesmo espectro de luz. Eles também têm a mesma massa, aproximadamente 13 vezes a massa de Júpiter.   Existe outro fato peculiar sobre esses dois exoplanetas. Os pesquisadores acreditam que as estrelas que eles orbitam são provenientes do mesmo berçário estelar. As estrelas se formam em grupos de nuvens gigantes de gás e poeira que se espalham por muitos anos-luz. As estrelas formadas dessa maneira não têm que ser similares e isso, de fato é o caso para esses dois planet

Pela primeira vez, os cientistas podem ter observado uma estrela devorando um planeta

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Pela primeira vez, os pesquisadores observaram o que eles acham que pode ser uma estrela devorando os detritos de uma colisão próxima entre dois planetas. Mistério muito antigo Esse é um mistério que tem intrigado os astrônomos por quase um século. Localizada a cerca de 430 anos-luz de distância em uma rica região formadora de estrelas entre as constelações de Touro e Auriga, a chamada RW Aur A foi descoberta em 1937.  A cada poucas décadas, ela faz algo curioso: fica mais fraca por cerca de um mês, antes de clarear novamente.  Nos últimos anos, porém, essa diminuição de luz tem ocorrido com mais frequência e por períodos mais longos.  Agora, dados adquiridos pelo Observatório de raios-X Chandra fornecem evidências do que pode ter causado o mais recente evento de escurecimento da estrela. Papando restos de planetas Parece que dois protoplanetas (planetas que ainda estavam em formação) podem ter colidido enquanto orbitavam a estrela. Os destroços dessa colisão se tornaram p

Teste galáctico pode dizer se matéria escura realmente existe

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Simulação: Esta imagem mostra a distribuição de matéria escura (acima) e estrelas (abaixo).[Imagem: Romano-Díaz/University of Bonn] Matéria escura e MOND Apesar de numerosos esforços experimentais e bilhões gastos em pesquisas, ainda não há qualquer prova direta de que a matéria escura de fato exista. Isso levou os astrônomos a levantarem a hipótese de que a força gravitacional em si pode se comportar de maneira diferente do que as atuais teorias estabelecem. De acordo com uma teoria conhecida como MOND (sigla em inglês para Dinâmica Newtoniana Modificada), a atração entre duas massas obedeceria às leis de Newton apenas até certo ponto. Em acelerações muito pequenas, como as que prevalecem nas galáxias, a gravidade tornar-se-ia consideravelmente mais forte. Portanto, as galáxias não se esfacelariam devido à sua velocidade de rotação, o que foi justamente a noção que deu origem à hipótese da matéria escura - se as galáxias giram tão rápido e não se esfacelam, deve haver

Grandes fusões

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Quem olha a imagem acima numa primeira vez, pensa que a imagem foi feita através de uma lente com problema, mas as distorções mostradas na imagem feita pela Wide Field Camera 3 do Hubble, foi na verdade feita utilizando um fenômeno cósmico natural.  O brilhante objeto no centro da imagem é o aglomerado de galáxias conhecido como SDSS J1336-0331. A enorme influência gravitacional do aglomerado distorce o seu ambiente ao redor, a fábrica do espaço-tempo ao redor, criando um efeito conhecido como lente gravitacional forte. Através dessa lente gravitacional, a luz das galáxias de fundo que estão alinhadas com a visão do observador é distorcida, criando arcos fantásticos. Esse efeito é muito útil para estudar objetos distantes como as galáxias. Além disso o SDSS J1336-0331 é interessante por si só: o aglomerado foi parte de um estudo de formação de estrelas que usou 42 das chamadas Galáxias Mais Brilhantes do Aglomerado, as BCGs, como são chamadas. Normalmente localizadas no c

Neutrino detectado no Pólo Sul veio de acelerador cósmico

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Ilustração artística de um blazar, uma galáxia ativa com um buraco negro gigantesco no centro. [Imagem: DESY] Acelerador cósmico À primeira vista parece mais um golpe de sorte, e dos grandes: Astrônomos capturaram um único neutrino e conseguiram identificar de onde ele veio. Só para lembrar, o neutrino é uma partícula que virtualmente não interage com nada conhecido, podendo passar incólume por um cubo de chumbo - um metal de altíssima densidade - com uma aresta de um ano-luz, se tal coisa existisse. Assim, pescar um desses caras e ainda descobrir sua origem é um feito notável. O neutrino veio de um acelerador cósmico localizado a 3,7 bilhões de anos-luz da Terra, um objeto celeste conhecido como blazar, um buraco negro supermassivo localizado bem no centro de uma galáxia ativa, o que compõe uma fonte de energia muito compacta e altamente variável - o objeto é conhecido como TXS 0506+056.   Ele foi detectado pelo observatório de neutrinos IceCube, instalado nas profund

Observatórios revelam raro asteroide duplo

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Impressão de artista do aspeto do binário 2017 YE5. Os dois objetos mostram diferenças marcantes em termos de refletividade de radar, o que poderá indicar que têm diferentes propriedades de superfície. Crédito: NASA/JPL-Caltech Novas observações feitas por três dos maiores radiotelescópios do mundo revelaram que um asteroide descoberto no ano passado é na realidade dois objetos, cada com cerca de 900 metros de diâmetro, orbitando-se um ao outro. O asteroide próximo da Terra 2017 YE5 foi descoberto com observações fornecidas pelo projeto MOSS (Morocco Oukaimeden Sky Survey) no dia 21 de dezembro de 2017, mas não eram conhecidos detalhes acerca das propriedades físicas do objeto até ao final de junho. Este é apenas o quarto asteroide binário de "massa igual" próximo da Terra já detetado, constituído por dois objetos quase idênticos em tamanho, em órbita um do outro. As novas observações fornecem as imagens mais nítidas já obtidas deste tipo de asteroide binário. No

Exoplaneta Ross 128b pode ser habitável, mas não é gêmeo da Terra

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Vários sistemas planetários em torno de anãs vermelhas têm sido notícia recentemente, incluindo Proxima b, um planeta que orbita a estrela mais próxima de nosso próprio Sol, a Próxima Centauro, e os sete planetas da estrela TRAPPIST-1, um sistema que não é muito maior do que Júpiter.[Imagem: ESO/M. Kornmesser] Irmão, gêmeo não O exoplaneta Ross 128b pode realmente ter características viáveis para abrigar vida, mas também possui marcadas diferenças em relação à Terra. Esta é a conclusão de uma equipe internacional coordenada por astrônomos do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, que analisou as características físico-químicas desse exoplaneta que está vindo em nossa direção e que é o mais próximo de nós em torno de uma estrela anã vermelha.  O sistema extrassolar Ross 128 ficou famoso por apresentar estranhos sinais variáveis que chegaram a ser apontados como sinais de vida extraterrestre. Exoplaneta potencialmente habitável Diogo Souto e seus colegas realizara