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Alma descobre protoestrela com disco deformado

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Impressão de artista de um disco deformado em torno de uma protoestrela. O ALMA observou a protoestrela IRAS04368+2557 na nuvem escura L1527 e descobriu que a protoestrela tem um disco com duas partes desalinhadas.Crédito: RIKEN Usando o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) no Chile, investigadores observaram, pela primeira vez, um disco deformado em torno de uma jovem protoestrela formada há apenas algumas dezenas de milhares de anos. Isto implica que o desalinhamento das órbitas planetárias em muitos sistemas planetários, incluindo o nosso, pode ser provocado por distorções no disco de formação planetária no início da sua existência. Os planetas do Sistema Solar orbitam o Sol em planos que estão, no máximo, desviados do equador do próprio Sol até cerca de sete graus. Sabe-se há algum tempo que muitos sistemas exoplanetários têm planetas que não estão alinhados com um único plano ou com o equador da estrela. Uma explicação para isto é que alguns dos planet

Cientistas descobrem a matéria escura 'desaparecida' desde o início do universo

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A matéria escura existe nas galáxias há muito tempo. A maioria das galáxias que já existia há 10 bilhões de anos tinha tanta matéria escura quando elas têm hoje. Isso contraria estudos que sugerem que no início do universo havia menos matéria escura. “Matéria escura era tão abundante em galáxias em formação no passado distante quanto hoje em dia”, dia Alfred Tiley, astrônomo da Universidade Durham (Inglaterra) e pesquisador principal do trabalho. A pesquisa será publicada na revista Monthly Notices, mas já está disponível no site arXiv. A matéria escura compõe 85% da massa total de nosso universo conhecido, mas ela não interage com luz, o que dificulta seu estudo. Ao invés de tentar vê-la, os astrônomos devem prestar atenção na força gravitacional que ela exerce sobre matéria comum. Eles observam como estrelas, nébulas e planetas reagem à matéria escura. A matéria escura tente a se acumular em aréolas ao redor de galáxias. Isso foi descoberto da seguinte forma: de ac

97% do Universo é inalcançável por nós

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Mais um ano vai embora e leva com ele uma parte do nosso Universo que nós jamais veremos de volta. Parece trágico, mas é só a natureza seguindo seu rumo. Nas partes mais distantes do Universo conhecido, galáxias inteiras – e todas as estrelas, planetas e tudo mais que elas podem conter – estão desaparecendo. Mas calma: estes objetos não estão simplesmente evaporando. Eles estão sendo empurrados para fora do Universo conhecido, forçados a uma expansão misteriosa para uma região conhecida como o  “Universo inobservável”. Uma matéria publicada no portal Science Alert explica porque isso está acontecendo. Para entender este desaparecimento espacial, precisamos voltar um pouco na história. Por milênios, o tamanho e a idade do Universo confundiram os pesquisadores. Dúvidas sobre a eternidade ou o início do universo sempre estiveram presentes nas mentes dos cientistas. Em 1687, Isaac Newton inspirou uma nova maneira de entender o cosmos em seu livro Principia, que propunha a lei

Via Láctea rumo a colisão catastrófica

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Imagem, pelo Telescópio Espacial Hubble, que representa uma fusão entre duas galáxias (M51a e M51b) parecidas em massa com a Via Láctea e com a Grande Nuvem de Magalhães. Crédito: NASA, ESA, S. Beckwith (STScI), e equipe Hubble Heritage (STScI/AURA) A Via Láctea está em rota de colisão com uma galáxia vizinha que poderá lançar o nosso Sistema Solar para o espaço. A Grande Nuvem de Magalhães pode atingir a nossa Galáxia daqui a 2 mil milhões de anos. Esta colisão galáctica aconteceria muito antes do impacto previsto entre a Via Láctea e outra vizinha, Andrómeda, que os cientistas dizem irá colidir com a nossa Galáxia daqui a 8 mil milhões de anos. Buraco negro ativo A união com a Grande Nuvem de Magalhães poderia despertar o buraco negro sonolento da nossa Galáxia, que começaria a devorar gás em redor e aumentaria até dez vezes de tamanho.  À medida que devora matéria, o agora ativo buraco negro ejetaria radiação altamente energética. Embora esses fogos de art

New Horizons explora ultima Thule

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Esta imagem obtida pelo instrumento LORRI (Long-Range Reconnaissance Imager) é a mais detalhada de Ultima Thule já transmitida até à data pela New Horizons. Foi obtida às 05:01 (UT) de dia 1 de janeiro de 2019, apenas 30 minutos antes da maior aproximação, a 28.000 km, com uma escala original de 140 metros por pixel. A sonda New Horizons da NASA passou por Ultima Thule nas primeiras horas do dia de Ano Novo, inaugurando a era da exploração da enigmática Cintura de Kuiper, uma região de objetos primordiais que detém a chave para entender as origens do Sistema Solar.   Os sinais que confirmaram que a nave está de boa saúde e tinha ocupado o seu armazenamento digital com dados científicos de Ultima Thule chegaram ao centro de operações da missão no Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins, às 15:29 de dia 1 (hora portuguesa), quase 10 horas depois da maior aproximação da New Horizons pelo objeto. "A New Horizons teve um desempenho como planeado, levando a cabo a

China revela primeiras imagens de pouso histórico na face oculta da lua

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China é primeira nação a pousar no lado "escuro" da lua, o que demonstra crescentes ambições de Pequim de rivalizar com os EUA como uma potência espacial China divulga imagens nunca antes vistas após aterrissagem histórica. (Administração Nacional do Espaço da China / Agência de Notícias Xinhua)/Reprodução) A China divulgou nesta quinta-feira as primeiras imagens do lado “escuro” da lua. Após uma missão bem sucedida, o país tornou-se o primeiro a pousar uma espaçonave no hemisfério lunar que não pode ser visto da Terra.   A aterrisagem da sonda chinesa Chang’e-4 ocorreu na cratera de Von Karman, na bacia de Aitken, considerada uma das maiores crateras formadas por impacto em todo o sistema solar. Segundo os cientistas, a região é chave para entender várias questões sobre a história da formação da Lua. Os cientistas terão a chance de examinar, de forma inédita, materiais do outro lado da lua e realizar testes de minerais e radiação.   A sonda também conduzirá u

5 mistérios sobre Marte ainda buscam resolução

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Nós sabemos muito sobre o Planeta Vermelho após quatro décadas de exploração, mas algumas perguntas  O quarto planeta do sistema solar, Marte , há muito capturou a imaginação popular e o interesse científico. Por décadas, os robôs que exploram o planeta vermelho estão enviando imagens de um mundo estranho, repleto de uma beleza de tirar o fôlego. Com montanhas três vezes mais altas que o Everest e cânions cinco vezes mais longos que o Grand Canyon, Marte é um paraíso para viajantes aventureiros. E, com sua atmosfera empoeirada, com calotas polares que mudam com as estações do ano e com um dia de aproximadamente 24 horas, Marte   é parecido com a Terra o suficiente para atrair visitantes humanos. Enquanto a próxima missão da NASA, a sonda InSight, se prepara para pousar no final de novembro, dê uma olhada em alguns dos maiores mistérios sobre Marte ainda a serem resolvidos – incluindo algumas coisas que talvez nunca saibamos até que os humanos pisem em solo marciano. A

Retrospectiva Astronómica de 2018

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O ano de 2018 foi emocionante para as missões espaciais. À medida que uma era lançada em direção ao Sistema Solar interior numa viagem épica para tocar o Sol, outra deixou o Sistema Solar para tocar o espaço interestelar - a uns impressionantes 18 mil milhões de quilómetros de casa. Ambas vão lançar luz sobre ambientes extremos e distantes. Entretanto, outras missões estão focadas em ambientes mais parecidos com o nosso lar - trabalhando para melhor entender a Terra e planetas como o nosso. Por exemplo, em abril, foi lançada a missão TESS para estudar exoplanetas próximos, aumentando as chances de que os astrónomos possam em breve encontrar outras moradias habitáveis. E, no final de novembro, o "lander" InSight da NASA alcançou Marte na primeira missão para estudar o interior do planeta. É particularmente excitante, tendo em conta que dois achados este ano melhoraram as hipóteses de que o Planeta Vermelho já possa ter abrigado vida: o primeiro descobriu moléculas orgâ

O que o LIGO nos ensina sobre buracos negros

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A crescente contagem de eventos de ondas gravitacionais está nos dando um novo olhar para uma população de buracos negros antes invisível A concepção deste artista mostra dois buracos negros prestes a fundir, semelhantes aos detectados pelo LIGO. Nesta ilustração, os buracos negros estão orbitando um ao outro em um plano (anéis externos, para demarcação), mas são inclinados em relação a esse plano - em outras palavras, seus eixos de rotação não estão alinhados com o eixo orbital. Os dados do LIGO sugerem que pelo menos um buraco negro no sistema chamado GW170104 não estava alinhado dessa maneira antes de se fundir ao parceiro. Estado LIGO / Caltech / MIT / Sonoma (Aurore Simonnet) Duas semanas atrás, cientistas anunciaram a detecção de quatro fusões de buracos negros , descobertas graças às ondulações que criaram no tecido do espaço-tempo. Estes últimos eventos trazem o número de tal quebra para 10. (Um dia 11 é a famosa colisão de estrelas de nêutrons duplos ).   Agora q

Mais quatro objetos interestelares foram encontrados

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Oumuamua foi o primeiro objeto interestelar detectado passando pelo Sistema solar, em outubro de 2018. Sua passagem pegou os cientistas de surpresa, e eles não conseguiram se preparar para coletar dados sobre ele. Mas na época, eles explicaram que provavelmente mais objetos desse tipo passariam em breve pela Terra, e agora quatro deles foram identificados.  Usando modelos computacionais detalhados de objetos que parecem asteroides, entre o Sol e Júpiter, dois pesquisadores de Harvard descobriram pelo menos quatro objetos conhecidos que provavelmente têm origens de fora do nosso sistema solar. Os co-autores Amir Siraj e Abraham Loeb acreditam que pode haver centenas de objetos do tamanho de Oumuama identificáveis por órbitas como a de objetos Centaur. Eles são uma população de corpos de tamanhos de asteroides, mas com composição parecida com cometas e que orbitam ao redor do Sol entre as orbitas de Júpiter e Netuno.    Os quatro objetos potencialmente interestelares 20