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A incrível jornada de uma pedra terrestre!

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Pergunta: o que os astronautas que andaram na Lua trouxeram de lá, além de muitas fotos e poeira lunar? A resposta vai surpreender você! As missões Apollo 11 a 17 (pulando a 13) levaram astronautas que caminharam sobre a Lua. No caso da Apollo 11, a primeira, as caminhadas duravam poucas horas, mas nas últimas missões, os astronautas chegaram a passar alguns dias na sua superfície, com direito a jipe lunar! Dentre as atividades dos astronautas estava a de coletar amostras de rochas e regolito lunar. O regolito é uma camada de poeira composta por rocha triturada ao longo de milhões de anos. Mas é uma poeira tão fina quanto talco que deixava os astronautas loucos de raiva por se impregnar em qualquer superfície pela ação eletrostática. De início, as rochas eram coletadas a esmo, ou seja, os astronautas saíam andando para executar suas tarefas e iam recolhendo amostras daquilo que eles achavam interessante. Com o passar das missões, e a enxurrada de críticas que diziam q

Onde o Universo está escondendo sua matéria perdida?

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Créditos: Ilustração: Springel et al.  (2005);  Espectro: NASA / CXC / CfA / Kovács et al. Os astrónomos passaram décadas à procura de algo que pareça ser difícil de perder: cerca de um terço da matéria "normal" no Universo.  Novos resultados do Observatório de Raios-X Chandra, da Nasa, podem tê-los ajudado a localizar essa indescritível extensão de matéria perdida. A partir de observações independentes e bem estabelecidas, os cientistas calcularam com segurança quanto da matéria normal - que significa hidrogênio, hélio e outros elementos - existia logo após o Big Bang.  No tempo entre os primeiros minutos e o primeiro bilhão de anos, grande parte da matéria normal entrou na poeira cósmica, gás e objetos como estrelas e planetas que os telescópios podem ver no Universo atual. O problema é que quando os astrônomos somam a massa de toda a matéria normal no Universo atual, cerca de um terço dela não pode ser encontrado.  (Esse assunto ausente é distinto da matéria esc

Mosaico de cores da lua cheia revela 'mares' azul de titânio (foto)

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Miguel Claro    é um fotógrafo profissional, autor e comunicador de ciência baseado em Lisboa, Portugal, que cria imagens espetaculares do céu noturno.  Como   Embaixador Fotográfico do Observatório Europeu do Sul   e membro do   The World At Night   e astrofotógrafo oficial da   Reserva Dark Sky Alqueva  , ele é especialista em "Skyscapes" astronômicos que conectam a Terra e o céu noturno.  Junte-se a Miguel aqui enquanto ele nos leva através de sua fotografia "A Titanium Moon". O titânio pinta a lua azul nesta deslumbrante vista lunar.  Este mosaico de alta resolução da lua cheia combina quatro painéis, cada um composto por 30 imagens, revelando detalhes nítidos em toda a superfície lunar. Extraído do Observatório Cumeada no  Dark Sky Alqueva Reserve  em Portugal durante a  Lua do Caçador Cheio  em 25 de outubro de 2018, a imagem final mostra que a Lua tem uma superfície mais diversificada e colorida do que normalmente é percebida pelo nosso olho humano.

Nova missão da Nasa vai explorar as origens da vida e do Universo

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A SPHEREx vai monitorar centenas de milhões de estrelas e galáxias para investigar os ingredientes da vida nos sistemas planetários da Via Láctea No mesmo dia em que decretou o fim da missão Opportunity, que mudou completamente tudo aquilo sabemos sobre Marte, a Nasa anunciou uma nova missão — desta vez com os olhos voltados para o horizonte cósmico. Batizada de SPHEREx, lidará com nada menos que algumas da maiores questões existenciais da humanidade. Seu objetivo principal será desvendar os detalhes por trás da evolução do Universo e procurar os ingredientes básicos da vida como a conhecemos pelos sistemas planetários de nossa galáxia.   Obter novas descobertas científicas sobre esse tipo de questão não é nada fácil. Para armar os astrônomos com a quantidade de dados que precisam para escrutinar o cosmos, a SPHEREx irá coletar informações a respeito de 100 milhões de estrelas em nossa galáxia e de 300 milhões de galáxias no Universo, próximas e distantes de nós. Algumas

Novo estudo sugere a possibilidade de vulcanismo subterrâneo recente em Marte

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O polo sul de Marte. Um novo estudo publicado na Geophysical Research Letters argumenta que é necessária uma fonte subterrânea de calor para a água líquida existir por baixo da calote polar. Crédito: NASA Um estudo publicado o ano passado na revista Science sugere que a água líquida está presente por baixo da calote polar sul de Marte. Agora, um novo estudo publicado na revista Geophysical Research Letters, da União Geofísica Americana, argumenta que é necessário que exista uma fonte subterrânea de calor para a água líquida existir sob a calote polar. A nova investigação não toma posição no que toca à existência de água líquida.  Ao invés, os autores sugerem que atividade magmática recente - a formação de uma câmara de magma nas últimas centenas de milhares de anos - deve ter ocorrido sob a superfície de Marte para que haja calor suficiente para produzir água líquida abaixo da espessa camada gelada com quilómetro e meio.   Por outro lado, os autores do estudo argument

Telescópio solar brasileiro irá para a Estação Espacial Internacional

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O telescópio brasileiro Solar-T voou em um balão lançado pela NASA na Antártica, funcionando durante 12 dias a 40 mil metros de altitude.[Imagem: Nasa] Telescópio solar Em 2016, o  Solar-T, um telescópio brasileiro  para observação do Sol em frequências inéditas, foi lançado pela NASA em um voo de circum-navegação pela Antártica, permitindo ver em detalhes  explosões solares em frequências terahertz (THz) . Agora, uma nova versão do telescópio fotométrico, batizada de Sun-THz, está sendo construída para voos mais altos. O Sun-THz será enviado para a  Estação Espacial Internacional , onde poderá fazer medições das explosões solares de forma constante. A previsão é que o telescópio seja lançado em 2022. O telescópio fotométrico trabalhará em uma frequência de 0,2 a 15 terahertz (THz), que só pode ser captada do espaço porque é absorvida pela atmosfera. A  descoberta dos raios T vindos do Sol, feita por um telescópio solar no Chile , causou grande perplexidade e agitação

Nasa anuncia a “morte” do robô Opportunity

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Oito meses após perder contato com o rover, que estava em Marte desde 2004, agência declara sua missão oficialmente encerrada Uma das missões de exploração robótica mais longevas e bem-sucedidas da história chegou ao fim nesta quarta-feira, 13 de fevereiro. Depois de passar oito meses tentando reavivar o rover Opportunity, que está em Marte desde janeiro de 2004, a Nasa oficializou a “morte” do robô. Ele não resistiu à tempestade de areia de proporções descomunais que cobriu todo o planeta vermelho em junho do ano passado. Com os painéis solares encobertos por uma grossa crosta de poeira, ficou impossibilitado de captar energia. Desde então, a Nasa já transmitiu mais de 600 comandos ao pequeno explorador solicitando que acordasse e mandasse um sinal de vida. Nada adiantou. Mas o Opportunity viveu bem mais do que o esperado. Foram 15 anos muitíssimo bem vividos, com muitas histórias científicas para contar. Ele pousou em solo marciano ao lado do Spirit, seu irmão, que oper

Atenção, o Big Rip vem aí!

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Desde há milhares de anos que as pessoas colocam as mesmas perguntas sobre o Universo em que vivemos. Será ele infinito, ou tem um limite? Existiu desde sempre ou, em caso contrário, que idade tem? Há cerca de 100 anos, um astrónomo fez uma importante descoberta que nos ajudou a responder a estas questões: percebeu que o Universo está a crescer. Essa descoberta disse-nos que o Universo não teve sempre o mesmo tamanho, e que provavelmente nem sempre existiu. A maior parte das pessoas acredita agora que o Universo nasceu no Big Bang (uma espécie de explosão) que ocorreu há 14 mil milhões de anos. Ele tem estado em expansão desde essa altura. O Universo que vemos hoje em dia é milhares de milhões de vezes maior do que quando era muito jovem. Mas isso não é tudo. Podemos observar que as galáxias se estão a afastar umas das outras, e que as que estão mais longe se movem a maior velocidade. Por outras palavras, o Universo cresce cada vez mais depressa. Para melhor percebermos a form

Disco em redor de estrela jovem está Polvilhado com sal

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Impressão de artista de Orion Source I, uma jovem estrela massiva a cerca de 1500 anos-luz. Novas observações do ALMA detetaram um anel de sal - cloreto de sódio, o comum sal de mesa - em redor de estrela. Esta é a primeira deteção de sais de qualquer tipo associada a uma estrela jovem. A região azul (a cerca de 1/3 do percurso até ao exterior, partindo do centro do disco) representa a região onde o ALMA detetou o "brilho" no comprimento de onda milimétrico dos sais. Crédito: NRAO/AUI/NSF; S. Dagnello Uma equipe de astrónomos e químicos, com recurso ao ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), detetou as "impressões digitais" químicas de cloreto de sódio (NaCl) e outros elementos salgados semelhantes emanados do disco empoeirado que rodeia Orion Source I, uma jovem estrela massiva situada numa nuvem de poeira por trás da Nebulosa de Orionte. "É incrível termos conseguido ver estas moléculas," comenta Adam Ginsburg, membro do NRAO (Na

Físicos recriam “buracos negros” em laboratório com uma simplicidade surpreendente

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Em um laboratório da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, pesquisadores estão estudando buracos negros usando nada mais que um tanque de água colorida com tinta verde e um ralo. Em colaboração com físicos da Universidade Federal do ABC, no Brasil, essa configuração ajuda os cientistas a identificar padrões de onda na água circulando em direção ao dreno, o que poderia nos ajudar a entender os sons feitos por um buraco negro recém-nascido. Como assim?! Quando os buracos negros se fundem e formam buracos negros ainda maiores, todo o universo escuta: o espaço “murmura” uma melodia chamada de modo quasinormal.  Esse som contém pistas sobre as características do novo buraco negro, como sua massa e momento angular. Estudar esse modo tem se tornado importante na física, com avanços contínuos na astronomia das ondas gravitacionais. Os pesquisadores estão ansiosos para extrair o máximo de detalhes que podem da maneira como o espaço “treme” e “ondula” após essas colisõ