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Geologia de exoplanetas sugere vida espalhada pela galáxia

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Pesquisadores encontraram indícios da existência de exoplanetas rochosos com alta probabilidade de apresentarem tectonismo, o que aumenta a chance de também serem habitáveis.[Imagem: R. Hurt / NASA] Geologia da vida Uma das condições que permitiram o surgimento e a manutenção da vida na Terra é o fato de o planeta ser geologicamente ativo, com terremotos e vulcões.  A atividade vulcânica, gerada pela movimentação das placas tectônicas sobre o manto terrestre possibilita reciclar gases, como o dióxido de carbono, através do manto, da crosta, da atmosfera e dos oceanos. Dessa forma, esse tectonismo contribui para tornar a Terra habitável ao manter a temperatura do planeta em condições ideais para a sobrevivência dos seres vivos. Com base nesse entendimento, pesquisadores do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) saíram em busca de exoplanetas rochosos na nossa galáxia com altas probabilidades de apresentarem tectonismo, o que aumentaria a chance de também serem hab

Brilho estelar no Cão Maior

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Crédito: ESO Brilhando intensamente no centro da Fotografia desta Semana do ESO vemos o sistema estelar múltiplo massivo Tau Canis Majoris, o membro mais brilhante do enxame Tau Canis Majoris (NGC 2362) situado na constelação do Cão Maior. Para além de Tau Canis Majoris, este enxame apresenta muitas outras estrelas jovens com apenas 4 ou 5 milhões de anos de idade, ou seja, mesmo no início das suas vidas cósmicas.   O Enxame Tau Canis Majoris é um enxame aberto — um grupo de estrelas nascidas da mesma nuvem molecular, que por isso mesmo partilham a mesma composição química e se encontram ligadas entre si, ainda que ligeiramente, pela gravidade. Uma vez que nasceram juntas, estas estrelas fornecem-nos um laboratório estelar ideal para testar teorias de evolução estelar, a cadeia de eventos que leva desde o nascimento de uma estrela no seio de uma nuvem de gás fria e densa até à sua morte eventual. Apesar de todas as estrelas nesta imagem se terem formado ao mesmo tem

Astrofísicos da UFMG descobrem três novos aglomerados estelares

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Aglomerados UFMG Astrofísicos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) identificaram três novos aglomerados de estrelas em movimento na Via Láctea.  Um aglomerado é formado por estrelas que nasceram simultaneamente na mesma região, têm características físicas semelhantes e se movimentam de forma muito parecida. Cada um desses sistemas, com diâmetros entre 13 e 19 anos-luz, reúne mais de 200 estrelas. Os aglomerados foram batizados em homenagem à universidade. Um deles, o UFMG 1, tem cerca de 800 milhões de anos. Já o UFMG 2 existe há aproximadamente 1,4 bilhão de anos, enquanto o UFMG 3 tem idade estimada em 100 milhões de anos. A pesquisa baseou-se na análise de dados e imagens obtidos pelo telescópio espacial Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA), cujas imagens foram tratadas e disponibilizadas para acesso ao público. Ele foi lançado em dezembro de 2013 com o objetivo de mapear mais de 1 bilhão de estrelas. "É um volume absurdo, jamais alcançado na história.

Raios-X Invisíveis

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Crédito: ESA / Hubble e NASA, J. Blakenslee, P Cote et al. Essa difusa esfera de luz é na verdade uma galáxia elíptica gigante, preenchida com incríveis 200 bilhões de estrelas. Diferente das galáxias espirais, que possuem uma estrutura bem definida e apresentam belos braços, as galáxias elípticas aparecem sem feições proeminente nenhuma e aparentemente homogênea e suave. Isso provavelmente responde porque essa galáxia, denominada de Messier 49, foi descoberta pelo astrônomo francês Charles Messier em 1771.  Localizada a uma distância de cerca de 56 milhões de anos-luz da Terra, e medindo aproximadamente 157 mil anos-luz de diâmetro, a M49 foi o primeiro membro do Aglomerado de Galáxias Virgo a ser descoberto, e é mais luminosa do que qualquer outra galáxia nessa mesma distância ou mais próxima. Galáxias elípticas tendem a conter uma porção maior de estrelas mais velhas do que as galáxias espirais e também possuem uma ausência de estrelas jovens azuis. A Messier 49 po

Nebuloso, mas sem nebulosa

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Creditos:ESA/Hubble & NASA, J. E. Grindlay et al. Essa imagem mostra o objeto Messier 28, um aglomerado globular de estrelas, localizado na constelação de Sagitário. O objeto está localizado a aproximadamente 18 mil anos-luz de distância da Terra, e a imagem mostra o aglomerado com detalhes impressionantes.  Como o próprio nome sugere, esse aglomerado pertence ao catálogo de objetos Messier, contudo, quando o astrônomo Charles Messier o adicionou pela primeira vez no catálogo, em 1764, o Messier 28 foi catalogado incorretamente, sendo referido como sendo uma nebulosa arredondada, sem conter estrela alguma.  Enquanto que hoje nós já sabemos que o que nós conhecemos como nebulosas sejam vastas, as vezes brilhantes, nuvens de gás ionizado e poeira interestelar, até o início do século 20, uma nebulosa representava qualquer objeto astronômico que não era claramente localizada e isolado.  Qualquer fonte luminosa meio difusa, era chamada de nebulosa. De fato, todos os 110 o

Veneno pitoresco

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Crédito:  ALMA (ESO/NAOJ/NRAO); M. Cordiner, NASA/CUA Em dezembro de 2018, o cometa 46P/Wirtanen passou a uma distância de 11,6 milhões de km da Terra — cerca de 30 vezes a distância entre a Terra e a Lua. Esta passagem próxima deu aos astrônomos a oportunidade de observarem o cometa com todo o pormenor, tendo o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) aproveitado ao máximo esse fato. A especialidade do ALMA é observar as componentes mais frias do Universo, tais como gás e poeira, e por isso a rede foca-se frequentemente em moléculas específicas. Esta imagem não é uma exceção, já que destaca uma componente chave: cianeto de hidrogênio gasoso presente na coma que envolve o núcleo do cometa. Mas por que é que os astrônomos procuram tão infame veneno? Na realidade, parece que o cianeto de hidrogênio é tão comum como os romances policiais nos fazem acreditar — pelo menos no cosmos! Como se trata de uma molécula orgânica simples que se forma de modo relativamente fác

W5 - "As Montanhas da Criação"

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Crédito:  NASA/JPL-Caltech/Harvard-Smithsonian CfA/ESA/STScI. Telescópio:  Spitzer Space Telescope (NASA). O Telescópio Espacial Hubble já nos tinha mostrado os "Pilares da Criação". O Spitzer, um telescópio espacial de infravermelho mostra-nos, agora, as "Montanhas da Criação". Estas massas de gás frio e de poeira cósmica ficam situadas numa região de formação de estrelas designada por W5, na constelação da Cassiopeia. Situam-se a cerca de 7000 anos-luz de distância e têm cerca de 10 vezes o tamanho da região da nebulosa da Águia tornada famosa pelo Hubble. O Spitzer, ao estar equipado com câmaras de infravermelho, consegue penetrar nestas nuvens escuras e detectar imensas estrelas jovens em formação desconhecidas até agora. Isto porque a luz infravermelha consegue viajar através da poeira, enquanto que a luz visível é bloqueada por ela. Além disso, a própria poeira é aquecida pela luz das estrelas circundantes e emite no infravermelho. Fonte: NASA

Investigadores confirmam que estrelas de hipervelocidade foi expulsa do disco da Via Láctea

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Usando um dos Telescópios Magalhães no Chile, bem como dados da missão espacial Gaia da ESA, os cientistas recriaram a trajetória de uma estrela massiva de hipervelocidade. A trajetória mostra que a estrela foi expelida do disco da Via Láctea, não do Centro Galáctico como se pensava anteriormente. Crédito: Kohei Hattori De acordo com investigadores da Universidade de Michigan, uma estrela veloz pode ter sido ejetada do disco estelar da Via Láctea por um enxame de estrelas jovens. Os cientistas dizem que a estrela não teve origem no meio da Galáxia, como pensavam anteriormente. "Esta descoberta muda drasticamente a nossa visão da origem das estrelas em movimento rápido," disse Monica Valluri, professora no Departamento de Astronomia da Faculdade de Literatura, Ciência e Artes da Universidade de Michigan. "O facto de que a trajetória desta estrela massiva e veloz tem origem no disco, e não no Centro Galáctico, indica que os ambientes muito extremos necessári