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Oceano da lua Europa é salgado assim como os oceanos da Terra, diz estudo

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Um novo estudo sobre o oceano subterrâneo da lua Europa, de Júpiter, indica que essas águas ainda tão misteriosas podem ser mais parecidas com os oceanos da Terra do que imaginávamos. É que, de acordo com os pesquisadores, o oceano de Europa é salgado assim como os terrestres. O oceano subterrâneo de Europa tem bastante sais de sulfato, sendo que tal oceano abriga cerca de duas vezes mais água do que todos os mares da Terra reunidos. Agora, contando com o telescópio espacial Hubble, os cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia detectaram a provável presença de cloreto de sódio por lá — a mesma substância que compõe o sal de cozinha que usamos no dia a dia. "Se esse cloreto de sódio é realmente reflexo da composição interna [de Europa], então [seu oceano] pode ser mais parecido com a Terra do que costumávamos pensar", disse Samantha Trumbo, autora principal do estudo em questão. Para a descoberta, a equipe procurou sinais de cloreto de sódio na super

Diretamente de um planeta distante: Pistas espectrais de intrigante paradoxo

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Impressão de artista de vários planetas gigantes gasosos em órbita de uma jovem estrela que tem um disco protoplanetário remanescente. Dado que o disco remanescente de CI Tau está ligeiramente inclinado, mais ou menos idêntico ao que vemos na imagem, os astrónomos conseguiram medir diretamente a luz tanto da estrela quanto do seu íntimo planeta CI Tau b. Crédito: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle CI Tau b é um planeta paradoxal, mas uma nova investigação sobre a sua massa, brilho e monóxido de carbono na sua atmosfera está a começar a responder a perguntas sobre como um planeta tão grande pode ter-se formado em torno de uma estrela com apenas 2 milhões de anos. Num encontro da Sociedade Astronómica Americana que decorreu na passada segunda-feira em St. Louis, EUA, os astrónomos Christopher Johns-Krull da Universidade Rice e Lisa Prato do Observatório Lowell apresentaram descobertas de uma análise espectroscópica no infravermelho próximo, ao longo de quatro anos, de CI Tau b, um e

Astrônomos brasileiros descobre 3 novos aglomerados globulares que podem contar a história da Via Láctea

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Três aglomerados globulares de estrelas, velhos e pobres em metal foram registrados no bulbo galáctico. Os aglomerados recém-descobertos são designados de Camargo 1107, 1108 e 1109, e podem oferecer pistas sobre a estrutura e a natureza da região central da nossa galáxia. As descobertas foram publicadas num artigo no renomado periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society e foi escrito por um brasileiro, o grande Denilson Camargo, um especialista na detecção e estudo dos aglomerados globulares. Os aglomerados globulares são coleções de estrelas bem empacotadas e que possuem uma forma globular. Os astrônomos usam os aglomerados globulares como laboratórios naturais para estudar a evolução das estrelas e das galáxias. Dado que os aglomerados globulares são relativamente raros, para você ter uma ideia existem cerca de 200 identificados na Via Láctea, a busca para identificar novos objetos desse tipo é essencial para melhorar o nosso entendimento da galáxia. Recen

Missão espacial TESS descobre cinco estrelas raras

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Variações de brilho da estrela roAp TIC 237336864, observada pelo satélite TESS. O brilho da estrela varia com duas escalas de tempo diferentes. A variação do brilho na escala mais longa (cerca de 4,2 dias), representada no gráfico principal, permite identificar o período de rotação e resulta da passagem de manchas químicas pela linha de visão do observador, à medida que a estrela roda. No destaque vê-se a variação do brilho na escala mais curta (cerca de 7,4 minutos), resultante das sucessivas expansões e contrações da estrela que se repetem com o período característico das oscilações desta estrela.Crédito: Daniel Holdsworth (Instituto Jeremiah Horrocks, U. de Central Lancashire) Uma equipe internacional, liderada pela investigadora do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) Margarida Cunha, recorreu a técnicas asterossísmicas para procurar oscilações num subgrupo de cinco mil estrelas, entre as 32 mil observadas em cadência curta nos primeiros 2 setores (aproximad

Ventos poderosos produzidos por um buraco negro supermassivo

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Os ventos de um buraco negro "varrem" o gás das galáxias. Crédito: ESA/ATG medialab Os buracos negros supermassivos nos centros de muitas galáxias parecem ter uma influência básica nas suas evoluções. Isto acontece durante uma fase em que o buraco negro está a consumir o material da galáxia em que reside a uma grande velocidade, crescendo em massa ao fazê-lo. Durante esta fase, dizemos que a galáxia tem um núcleo ativo (AGN, "active galactic nucleus). O efeito que esta atividade tem sobre a galáxia hospedeira é conhecido como feedback AGN e uma das suas propriedades são os ventos galácticos: este é o gás do centro da galáxia que é expelido pela energia libertada pelo núcleo ativo. Estes ventos podem atingir velocidades de até milhares de quilómetros por segundo e nos AGNs mais energéticos, por exemplo, nos quasares, podem limpar os centros das galáxias impedindo a formação de novas estrelas. Mostrou-se que a evolução da formação estelar ao longo de escala

Nosso sol envelhecido ainda é capaz de liberar 'Superflares'. Devemos nos preocupar?

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A impressão deste artista mostra um superflare em torno de uma estrela distante.(Imagem: © NASA, ESA e D. Player) O sol maduro pode ainda ser propenso a temperar birras. Um novo estudo sugere que as estrelas mais antigas, como o sol, podem produzir superflares - enormes explosões de energia visíveis ao longo de centenas de anos-luz. Superflares costumava ser considerado um fenômeno de estrelas jovens, disseram pesquisadores em um comunicado sobre o novo estudo , mas o novo trabalho sugere que isso pode acontecer no sol em intervalos raros, talvez uma vez a cada poucos milhares de anos. (O sol tem cerca de 4,6 bilhões de anos e está no meio da sua vida.) O sol é difícil de prever em uma base diária, por isso é difícil dizer quando ocorrerá um superflare. No entanto, o principal autor do novo trabalho, Yuta Notsu - pesquisador visitante da Universidade do Colorado em Boulder - disse que essa possibilidade deve inspirar todos a reforçar a eletrônica contra a radiação.

Anomalia de massa detectada sob a maior cratera da lua

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Uma misteriosa grande massa de material foi descoberta sob a maior cratera do nosso sistema solar - a bacia do pólo sul-Aitken da Lua - e pode conter metal do asteroide que caiu na Lua e formou a cratera, de acordo com um estudo da Baylor University.   "Imagine pegar uma pilha de metal cinco vezes maior do que a Ilha Grande do Havaí e enterrá-la no subsolo. É aproximadamente a quantidade de massa inesperada que detectamos", disse o principal autor, Peter B. James. Ph.D., professor assistente de geofísica planetária na Faculdade de Artes e Ciências de Baylor. A própria cratera é oval, com 2.000 quilômetros de largura - aproximadamente a distância entre Waco, Texas e Washington, DC - e vários quilômetros de profundidade. Apesar de seu tamanho, não pode ser visto da Terra porque está do outro lado da Lua. O estudo - "Estrutura Profunda da Bacia do Pólo Sul-Aitken Lunar" - é publicado na revista Geophysical Research Letters . Para medir as mudanças

Asteroide 2006 QV89 tem uma chance de 1 em 7.000 de acertar a Terra em setembro

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Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), o asteroide 2006 QV89 vai passar pelo nosso planeta em 9 de setembro deste ano, e há uma chance de 1 em 7.000 de colidir com a Terra.   A rocha está em quarto lugar em uma lista da ESA de objetos espaciais que poderiam acertar nosso planeta.  Comparado com o asteroide de 10 quilômetros que matou os dinossauros cerca de 66 milhões de anos atrás, no entanto, o QV89 é fichinha: mede apenas 40 metros de diâmetro. Chances baixas A ESA está monitorando a rota do asteroide, mas é improvável que ele se incline para a Terra.   A agência calcula que o objeto passe a cerca de 6,7 milhões de quilômetros do planeta. Para colocar isso em perspectiva, a lua está a 384.400 quilômetros de distância de nós. Dito isto, há uma chance de 1 em 7.299 que o 2006 QV89 atinja a Terra. 2006 QV89 Como o próprio nome sugere, o asteroide foi descoberto em 29 de agosto de 2006 pela Catalina Sky Survey, uma organização baseada em um observatório espa

Anel nublado e frio em torno do buraco negro supermassivo da Via Láctea

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Impressão de artista do anel de gás interestelar frio em redor do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea. Novas observações do ALMA revelaram, pela primeira vez, esta estrutura. Crédito: NRAO/AUI/NSF; S. Dagnello Novas observações do ALMA revelam um disco nunca antes visto de gás interestelar frio envolvido em torno do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea. Este disco nublado dá aos astrónomos novas informações sobre o funcionamento da acreção: o desvio de material para a superfície de um buraco negro. Os resultados foram publicados na revista Nature. Através de décadas de estudo, os astrónomos desenvolveram uma imagem mais clara da vizinhança caótica e povoada em redor do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea. O nosso Centro Galáctico está a aproximadamente 26.000 anos-luz da Terra e o buraco negro supermassivo, conhecido como Sagitário A*, tem 4 milhões de vezes a massa do nosso Sol.  Sabemos agora que esta região está repleta de

Uma nova visão dos exoplanetas com o futuro telescópio Webb

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Esta ilustração mostra um exoplaneta em órbita da sua estrela muito mais brilhante. O Webb vai permitir com que os cientistas observem exoploanetas em comprimentos de onda infravermelhos nunca antes estudados. Crédito: NASA, ESA e G. Bacon (STScI)   Embora conheçamos atualmente milhares de exoplanetas - planetas em torno de outras estrelas -, a grande maioria do nosso conhecimento é indireto. Ou seja, os cientistas não tiraram ainda muitas fotos dos exoplanetas e, devido aos limites da tecnologia atual, só podemos ver esses mundos como pontos de luz. No entanto, o número de exoplanetas observados indiretamente está a crescer com o tempo. Quando o Telescópio Espacial James Webb da NASA for lançado em 2021, abrirá uma nova janela para esses exoplanetas, vendo-os em comprimentos de onda nunca antes observados e obtendo novas informações sobre a sua natureza. Os exoplanetas estão próximos de estrelas comparativamente muito mais brilhantes, de modo que a sua luz é geralmente

As Nuvens da Grande Nuvem de Magalhães

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A Grande Nuvem de Magalhães (GNM) é uma paisagem fascinante nos céus do hemisfério sul. Mas esta vista telescópica, profunda e detalhada, que levou mais de 10 meses a ser construída, vai além do que é visível para a maioria dos circum-navegadores do planeta Terra. Abrangendo mais de 5 graus ou 10 Luas Cheias, o mosaico 4x4 foi construído a partir de 3900 imagens com um total de 1060 horas de tempo de exposição, tanto através de filtros de banda larga como de banda estreita. Os filtros de banda estreita estão projetados para transmitir apenas a luz emitida pelos átomos de enxofre, hidrogénio e oxigénio. Ionizados por luz estelar energética, os átomos emitem a sua luz característica à medida que os eletrões são recapturados e os átomos passam para um estado de energia mais baixo. Como resultado, nesta imagem a GNM parece estar coberta pelas suas próprias nuvens de gás ionizado que rodeiam as suas enormes e jovens estrelas. Esculpidas por ventos estelares fortes e radiação

Astrônomos localizam planetas gêmeos entalhando buracos em um novo sistema solar

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Para capturar essa imagem, os pesquisadores do Very Large Telescope filtraram cuidadosamente a luz da estrela central. O PDS 70b é visível no canto inferior esquerdo e o PDS 70 c é visível no canto superior direito. Crédito: ESO e S. Haffert (Observatório de Leiden) Quando as estrelas são jovens, elas são envoltas em círculos largos e achatados de matéria. Os astrônomos chamam esses recursos de "discos protoplanetários", porque é a poeira e o gás que se acumulam nas bolas que acabam se tornando planetas. Pesquisadores há muito suspeitam que "protoplanetas" - mundos meio cozidos dentro desses discos - podem esculpir grandes lacunas nos mares de material solto que os telescópios podem ser capazes de detectar. Agora, essa teoria parece confirmada, com dois planetas descobertos nas lacunas de um disco em torno do PDS 70, uma pequena estrela na constelação Centaurus, localizada a 370 anos-luz da Terra. O PDS 70 é uma estrela relativamente nova na nossa

Pulsações de raios gama detectadas a partir do pulsar J0952-0607

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Perfis integrados de raios gama e rádio integrados do PSR J0952-0607 em duas rotações idênticas. Crédito: Nieder et al., 2019. Uma equipe internacional de astrônomos relata a detecção de pulsações de raios gama do pulsar de milissegundos (MSP) conhecido como PSR J0952-0607. A descoberta, disponível em um artigo publicado em 27 de maio na arXiv.org, esclarece mais sobre as propriedades deste pulsar e pode ser útil para melhorar nossa compreensão dos MSPs em geral.   Os pulsares são estrelas de nêutrons rotativas altamente magnetizadas emitindo feixes de radiação eletromagnética. Os pulsares de rotação mais rápida, com períodos de rotação abaixo de 30 milissegundos, são conhecidos como pulsares de milissegundo. Supõe-se que os MSPs são formados em sistemas binários quando o componente inicialmente mais massivo se transforma em uma estrela de nêutrons que é então girada devido à acreção da matéria da estrela secundária. Uma classe de pulsares binários extremos com estrelas