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Esta estrela rápida pode estar fugindo de um tipo raro e não comprovado de buraco negro

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Uma estrela jovem, semelhante à renegada PG 1610 + 062, é expulsa da Via Láctea por um buraco negro faminto. Tanto tempo!(Imagem: © A. Irrgang, FAU) Os astrônomos descobriram uma estrela jovem e brilhante que foge de casa. Por quê? O que os pais da estrela fizeram para merecer isso? De acordo com um estudo publicado em 6 de agosto na revista Astronomy & Astrophysics , não é culpa de ninguém; parece que a jovem estrela simplesmente caiu na multidão errada - a saber, um buraco negro com muita fome. A estrela, denominada PG 1610 + 062, foi observada pela primeira vez no céu em uma pesquisa de estrelas de 1986, embora pouca atenção tenha sido dada à história do renegado estelar desde então. No presente estudo, os astrônomos que trabalhavam no Observatório WM Keck, no topo do vulcão Mauna Kea, no Havaí, deram uma olhada mais próxima da fuga. Eles confirmaram que é uma das estrelas mais rápidas já vistas saindo do disco galáctico da Via Láctea. A equipe calculou a velocid

Mistério do núcleo interno da Terra pode finalmente ser explicado

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Sabemos que o núcleo interno da Terra é sólido, mas está cercado por uma camada fluida separada do manto e da crosta acima dela. Até aí, tudo bem. Ops, não está tudo bem. Esse arranjo causa alguns problemas, mistérios para os quais os cientistas ainda não têm explicações. Por exemplo, se o núcleo interno superquente de ferro sólido não está ligado ao manto devido à camada de fluido que o circunda, como isso afeta sua rotação? Alguns pesquisadores gostam de trabalhar com uma hipótese chamada de “super-rotação”. Ela sugere que o núcleo da Terra gira a uma taxa diferente da própria Terra (como você sabe, ou deveria saber, a rotação do planeta é de 24 horas em relação ao sol). Mas qual seria essa taxa? Novo estudo Diversos estudos já tentaram desvendar qual seria essa taxa de rotação do núcleo do planeta. Agora, uma nova pesquisa conduzida por John Vidale da Universidade do Sul da Califórnia (EUA) se propôs a atualizar o número usando os cálculos e processos mais avançad

VISTA revela nova imagem da Grande Nuvem de Magalhães

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O telescópio VISTA do ESO revelou uma imagem notável da Grande Nuvem de Magalhães, uma das nossas galáxias vizinhas mais próximas. O VISTA tem observado esta galáxia e a sua companheira, a Pequena Nuvem de Magalhães, assim como os seus arredores com um detalhe sem precedentes. Este rastreio permitiu aos astrônomos observar um grande número de estrelas, abrindo assim novas janelas no estudo da evolução estelar, dinâmica galáctica e estrelas variáveis. A Grande Nuvem de Magalhães é uma das nossas vizinhas galácticas mais próximas, situada a apenas 163 mil anos-luz de distância da Terra. Juntamente com a sua “irmã”, a Pequena Nuvem de Magalhães, estas são as galáxias satélites anãs mais próximas da Via Láctea. A Grande Nuvem de Magalhães é também um lugar onde se encontram aglomerados estelares diversos, sendo assim um laboratório ideal para o estudo de processos que dão forma às galáxias. O telescópio VISTA do ESO tem observado essas duas galáxias na última década. A imagem

Cientistas detectam o ecos de um buraco negro recém-nascido pela primeira vez

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Físicos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) "ouviram" pela primeira vez o zunido ecoante de um buraco negro recém formado, resultado da colisão de dois buracos negros massivos, e acabaram comprovando mais uma vez uma teoria de Albert Einstein. É que o físico alemão previu que esse evento de colisão entre dois buracos negros massivos deveria zunir, produzindo ondas gravitacionais parecidas com as geradas na reverberação de um sino. A descoberta foi publicada nesta quarta-feira (11) no Physical Review Letters. No estudo, os cientistas confirmaram a ideia de que os buracos negros não possuem nenhum “cabelo”. É que, segundo a teoria de Einstein, buracos negros devem apresentar apenas três propriedades observáveis: massa, rotação e carga elétrica. Qualquer outra coisa além disso deve ser engolida pelo próprio buraco negro. Essas outras características foram apelidadas pelo físico John Wheeler de “cabelo” no que foi chamado de "Teorema da Calvície".

Objeto detectado por astrônomo amador pode ser mais um visitante interestelar

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Em 2017 , a passagem do misterioso objeto interestelar Oumuamua intrigou a comunidade científica, sendo este o primeiro já descoberto em nossos arredores com origem fora do Sistema Solar. Pouco se pôde descobrir sobre ele, pois foi avistado quando já estava "de saída". Já era especulado que, com as tecnologias atuais, muito em breve detectaríamos novos visitantes interestelares passeando em nosso quintal espacial — o que pode ter acabado de acontecer, graças a um astrônomo amador ucraniano. Concepção artística do Oumuamua (Imagem: Getty) Gennady Borisov avistou o novo objeto no finalzinho de agosto, e para isso usou um telescópio que ele mesmo construiu. Sua observação chamou a atenção do Minor Planet Center (MPC) — organização operando no Observatório Astrofísico Smithsonian sob os cuidados da União Astronômica Internacional (IAU) —, que acaba de lançar um documento sobre o corpo chamado provisoriamente de C/2019 Q4 (Borisov). E como o objeto foi detectado ainda e

Pela primeira vez, água é detectada em um planeta que fica em "zona habitável"

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Com oito vezes a massa da Terra, esse planeta é o primeiro encontrado pelos cientistas que possui indícios de água e está localizado para além do Sistema Solar Onde há água, há vida? Graças a informações obtidas pelo telescópio espacial Hubble, pesquisadores constataram a presença de água em forma de vapor na atmosfera de um planeta que está localizado para além do Sistema Solar e fica em uma região conhecida como "zona habitável" — ou seja, possui algumas características que possibilitam condições mínimas para o possível desenvolvimento de formas de vida, como uma distância adequada em relação à sua estrela.   Publicada nesta quarta-feira (11 de setembro) no periódico científico Nature Astronomy, a pesquisa é considerada um marco na história da Astronomia. "Encontrar água em um planeta potencialmente habitável é incrivelmente animador. Isso nos traz a uma questão fundamental: a Terra é única?", escreveu Angelos Tsiaras, principal autor do trabalho. Veja

Quais os critérios para se nomear corpos celestes?

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Ao se deparar com o nome de um astro, pode-se verificar que há muita diferença entre os nomes dos objetos. Até aí isso faz algum sentido. Mas porque há tanta diferença quando encontramos e comparamos, por exemplo, um planeta com um nome trivial, compreensível e de fácil memorização, com outro planeta que tem um nome mais parecido com um item de uma peça que está no estoque de uma fábrica? Astrônomos vem dando nomes a objetos celestes desde a antiguidade. Assim, já foram estabelecidos uma quantidade considerável de critérios para nomeação. Mesmo sem terem pleno conhecimento do que se tratava, povos de épocas passadas nomearam os planetas visíveis a olho nu. Cada qual da forma que era conveniente. Por exemplo, os nomes que utilizamos atualmente para nomeá-los remonta da época do Império Romano. Os Romanos homenagearam os planetas com os nomes de seus deuses: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Já os planetas gasosos mais exteriores do Sistema Solar - Netuno e Uran

Buraco negro poderá ser visto como um holograma

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A ideia é visualizar o buraco negro como um holograma 3D a partir de um experimento de mesa. [Imagem: Hashimoto et al. - 10.1103/PhysRevLett.123.031602] Buracos negros holográficos Físicos japoneses idealizaram um experimento holográfico que cabe sobre uma mesa para simular a física de um buraco negro.  Além disso, os cálculos do trio podem levar a uma teoria mais completa da gravidade quântica que harmonize a mecânica quântica e a relatividade. Recentemente, o Telescópio Horizonte de Eventos mostrou o círculo brilhante, chamado anel de Einstein, produzido pela luz que escapa do alcance da imensa gravidade do buraco negro, o chamado horizonte de eventos. Esse anel de luz, de acordo com a teoria da relatividade geral, surge porque o tecido do espaço-tempo se torna tão distorcido pela massa do buraco negro que funciona como uma enorme lente. Infelizmente, nossa compreensão dos buracos negros permanece incompleta porque a teoria da relatividade geral, usada para descr

Asteroide quase da altura do edifício mais alto do mundo passará pela Terra daqui uns dias

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O asteroide 2000 QW7, quase do tamanho do Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo, deve passar acima da Terra no próximo 14 de setembro.   O enorme objeto possui algo em torno de 290 a 650 metros de diâmetro, sendo maior que o Empire State Building de Nova York (381 metros) e apenas um pouco mais baixo que o Burj Khalifa de Dubai (828 metros). Sem perigo De acordo com o Centro de Estudos de Objetos Próximo à Terra (CNEOS, na sigla em inglês), parte do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, o 2000 QW7 irá passar a uma velocidade de 23.100 km/h a 5,3 milhões de quilômetros de distância do nosso planeta. Ou seja, estamos todos a salvo. O asteroide, assim como a Terra, orbita o sol e por isso nos visita esporadicamente. Segundo os cientistas do CNEOS, a última vez que chegou pertinho de nós (objetos espaciais são considerados “próximos” quando passam a 1,3 unidades astronômicas da Terra, o que representa a distância do nosso planeta ao sol ou 149,6 milhões de qu

Hubble vê as etapas finais da vida de uma estrela

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Uma estrela como o nosso Sol, no final de sua vida, se transformará em um gigante vermelho. As estrelas são sustentadas pela fusão nuclear que ocorre em seu núcleo, o que cria energia. Os processos de fusão nuclear constantemente tentam separar a estrela. Somente a gravidade da estrela impede que isso aconteça. No final da fase gigante vermelha de uma estrela, essas forças se desequilibram. Sem energia suficiente criada pela fusão, o núcleo da estrela entra em colapso, enquanto as camadas da superfície são ejetadas para fora. Depois disso, tudo o que resta da estrela é o que vemos aqui: brilhantes camadas externas em torno de uma estrela anã branca, os restos do núcleo da estrela gigante vermelha. Este não é o fim da evolução desta estrela - essas camadas externas ainda estão se movendo e esfriando. Em apenas alguns milhares de anos, eles terão se dissipado, e tudo o que restará para ver é a anã branca e pouco brilhante. Crédito do texto: Agência Espacial Europeia (ESA