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O Enigma das Supernovas - (2a e ultima Parte)

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Em Dezembro de 2009, a revista Nature publicou um artigo de uma equipa de astrónomos liderada pelo israelita Avishay Gal-Yam (do Weizmann Institute of Science) no qual é descrita a descoberta do que parece ser o primeiro exemplo fidedigno de uma supernova despoletada pelo processo de “pair-instability” , previsto pela teoria desde os anos 60.   Um modelo no céu   A luminosidade da SN 2007bi foi dez vezes superior à de outras supernovas, Contudo, o que tornou realmente especial a “hipernova” é o facto de se ter tornado o modelo através do qual se explicam as previsões de um tipo de morte estelar exótica conhecido por “instabilidade de pares”. Esse processo extraordinário gera antimatéria no interior do astro e é fundamentalmente distinto do que outras supernovas sofrem. Segundo a descrição de Gal-Yam, as elevadíssimas pressões e temperaturas que se verificam no núcleo dessas estrelas monumentais fazem os fotões muito energéticos transformarem-se em eletrões e na sua contr

Cientistas decobrem fábrica cósmica dos blocos de construção da vida

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Os cometas contêm elementos como água, amónia, metano e dióxido de carbono que podem fornecido os materiais brutos, os quais após um poderoso impacto na Terra primitiva teriam produzido aminoácidos, os elementos base da vida. Crédito: Laboratório Nacional Lawrence Livermore De acordo com os cientistas, as colisões explosivas de cometas gelados com planetas e luas criaram os blocos de construção fundamentais da vida, espalhando estes ingredientes necessários por todo o Sistema Solar. O que isto significa é que os complexos percursores da vida são comuns, aumentando assim as hipóteses de vida noutros lugares," afirma o co-autor Mark Price, cientista espacial da Universidade de Kent, na Inglaterra. Sabe-se que os cometas possuem compostos orgânicos. Os cientistas há muito que sugeriram que os cometas ajudaram a trazer os ingredientes da vida para a Terra primitiva.   Os astrónomos detectaram amónia e outros compostos em cometas tais como o Halley, compostos estes que são

Uma janela para o Universo

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Imaginemos que esta imagem é a vista da janela do seu quarto. Qual a primeira coisa que lhe chama a atenção? Provavelmente as grandes estrelas azuis espalhadas pela fotografia.   Estas estrelas aparecem-nos tão grandes e brilhantes por se encontrarem relativamente próximas na nossa galáxia. Se ampliarmos a imagem o que vê? Centenas de galáxias distantes! Grandes galáxias em espiral, galáxias irregulares sem forma definida, jovens galáxias azuis e galáxias vermelhas mais antigas. Esta imagem contém tudo! Será que lhe passa pela cabeça, que cada um destes pontinhos azuis na foto é uma galáxia contendo milhares de milhões de estrelas, muitas das quais maiores que o nosso Sol?!   Sabia que ganhou um super-poder ao olhar para esta imagem? É um viajante no tempo até ao passado! Como? Bem, a luz demora tempo a viajar através do espaço até chegar aos nossos telescópios e aos nossos olhos. Assim, se olharmos para objetos muito distantes, como estas galáxias, estamos a ver uma luz m

O Glóbulo Cometário CG4 – Uma Criatura Cósmica Muito Estranha e Misteriosa

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A imagem acima mostra uma das mais estranhas criaturas do espaço. A criatura acima parece que quase irá devorar uma galáxia. Essa criatura é conhecida como o glóbulo cometário ou CG4. Esse objeto é na verdade uma região de formação de estrelas que poderia produzir alguns sóis como o nosso. O glóbulo Cometário CG4 está localizado a aproximadamente 1300 anos-luz de distância da Terra e tem cerca de 1.5 ano-luz de diâmetro. O tamanho total, incluindo a cauda chega a cerca de 8 anos-luz de comprimento. A cabeça do objeto é iluminada pelas estrelas que estão em formação. A cor vermelha que está brilhando na cabeça do objeto é devido ao hidrogênio super carregado. A galáxia que você vê na direita está na verdade a no mínimo 100 milhões de anos-luz do CG4. O Glóbulo Cometário nessa imagem está como se tivesse sido comido e as razões para isso ainda são desconhecidas. Mesmo apesar do CG4 parecer com um cometa ele é certamente muito diferente de um. Não existem muitas informações sobre o

Como é que sabemos que a VOYAGER alcançou o espaço interestelar

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" Você está aqui": impressão de artista que coloca as impressionantes distâncias do Sistema Solar em perspectiva. A escala é medida em Unidades Astronómicas (UA), com cada distância para lá de 1 UA representando 10 vezes a distância anterior. Cada UA é igual à distância entre a Terra e o Sol. A sonda Voyager 1 Crédito: NASA/JPL-Caltech   O se e quando a sonda Voyager 1 da NASA, o objecto mais distante feito pelo Homem, rompeu pelo espaço interestelar, o espaço entre as estrelas, tem sido um assunto aceso. Durante o último ano, surgiram alegações a cada poucos meses de que a Voyager 1 tinha "deixado o Sistema Solar." Porque é que a equipa da missão só agora veio a público dizer que a sonda alcançou o espaço interestelar?    Nós temos sido cautelosos porque estamos a lidar com um dos marcos mais importantes na história da exploração espacial e da Humanidade," afirma Ed Stone, cientista do projecto Voyager no Instituto de Tecnologia em Pasadena, no es

O Enigma das Supernovas - (1a Parte)

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Supernova Cassiopéia, foto pela NASA Goddard Space Flight Center   Algumas estrelas terminam os seus dias como supernovas, um violento fenómeno durante o qual se produz uma poderosa emissão de energia. Chegam a gerar, por vezes, um fulgor mais intenso do que o brilho de uma galáxia inteira. No extravagante universo que habitamos, talvez nenhum outro objeto cósmico seja tão excêntrico como as estrelas explosivas conhecidas por “supernovas”. Embora muito já tenha sido escrito sobre as suas variantes e propriedades, os astrónomos que as estudam continuam a deparar com todo o género de surpresas e mistérios.  De facto, foram apresentados, no ano passado, alguns estudos inovadores sobre esses fenómenos, e entrou em órbita o telescópio espacial NuSTAR (Nuclear Spectroscopic Telescope Array), através do qual a NASA espera poder mapear, através de raios X de alta energia, as explosões que constituem o canto do cisne das supernovas.   As estrelas como o Sol, de relativamente pouca

De onde vêm os meteoritos?

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Foto da NASA:Meteoriro Hoba    A maior parte provém de colisões entre asteróides. Alguns, poucos, vêm de Marte, e menos ainda da Lua. O maior meteorito recuperado até hoje é o Hoba , que caiu na Namíbia, há cerca de 80 mil anos. É de ferro, pesa 60 toneladas e mede 2,7 metros de diâmetro. Os meteoritos contêm grãos pré-solares, minerais que se formaram em estrelas milhares de milhões de anos antes do nascimento do Sistema Solar. Apenas uma pessoa ficou ferida (e de forma ligeira) pela queda de um meteorito: em 1992, um menino ugandês foi atingido pelo meteorito Mbale , que pesava cerca de três gramas. Uma pedrada que poderia tê-lo feito rico: um meteo­rito pode vender-se a entre 800 e 40 mil dólares por grama, dependendo do tipo e do tamanho. Já foram registados mais de 24 mil meteoritos, embora se saiba que a maior parte deles cai no mar ou em zonas desérticas e desabitadas. Na foto, um grupo de estudantes no Museu de História Natural de Nova Iorque, junto ao meteorito Anhighit