As Galáxias Abell 644 e SDSS J1021+131: Com Que Frequência Buracos Negros Gigantescos Tornam-se Hiperativos?
Créditos: X-ray: NASA / Univ / CXC Northwestern / D.Haggard et al, Óptica: SDSS
Esses dois painéis gráficos contém duas composições de imagens de galáxias usadas em um recente estudo sobre buracos negros supermassivos. Em cada uma das galáxias, os dados do Observatório de Raios-X Chandra da NASA estão apresentados em azul, e os dados ópticos do Sloan Digital Sky Survey são mostrados em vermelho, amarelo e branco. A galáxia à esquerda é a Abell 644 e está no centro de um aglomerado de galáxias que se localiza a aproximadamente 1.1 bilhões de anos-luz de distância da Terra. À direita está uma galáxia isolada conhecida como SDSS J1021+1312, que está localizada a aproximadamente 900 milhões de anos-luz da Terra. No centro de ambas as galáxias existe um buraco negro em crescimento chamado de núcleo ativo galáctico (AGN), pelos astrônomos e está atraindo uma grande quantidade de gás. Um estudo recentemente publicado do Chandra diz aos cientistas com que frequência os maiores buracos negros em galáxias isoladas como a SDSS J1021+1312 tem se tornado ativos nos últimos alguns bilhões de anos. Isso tem importantes implicações para se entender como o ambiente afeta o crescimento dos buracos negros. Os cientistas descobriram que somente aproximadamente um por cento das galáxias isoladas com massas similares à massa da Via Láctea possuem buracos negros supermassivos em sua fase mais ativa. Eles também descobriram que a maior parte das galáxias massivas são as que tem maior probabilidade de abrigar um AGN e que existe um declínio gradual na fração de AGN com o tempo cósmico. Finalmente, a fração de AGN para as galáxias isoladas foi descoberta como sendo indistinguível em comparação com as galáxias localizadas em densos aglomerados como a Abell 644.
Esse estudo envolve uma pesquisa chamada de Chandra Multiwavelength Project ou ChaMP, que cobre uma área do céu de 30 graus quadrados, a maior área já coberta por qualquer pesquisa do Chandra até o momento. Combinando imagens de raios-X do Chandra com imagens ópticas do Sloan Digital Sky Survey, aproximadamente 100000 galáxias foram analisadas. Entre essas, aproximadamente 1600 emitiram um brilho forte na luz raio-X sinalizando a possível presença de um AGN em seu interior.
Fonte: http://www.chandra.harvard.edu/photo/2010/2gal/
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