As Primeiras Imagens do VLT Survey Telescope
O VST e a OmegaCAM de 268 milhões de pixels começam as operações
Um novo telescópio e uma nova câmara
O VLT Survey Telescope (VST) é o mais recente telescópio instalado no Observatório do Paranal do ESO, no deserto do Atacama, no norte do Chile. Situa-se mesmo ao lado dos quatro telescópios que compõem o VLT, no cimo do Cerro Paranal, sob os céus límpidos de um dos melhores locais de observação sobre a Terra. O VST é um telescópio de rastreio de campo largo, com um campo de visão duas vezes maior que a Lua Cheia. É o maior telescópio do mundo concebido para mapear o céu no visível de forma exclusiva. Nos próximos anos, o VST e a sua câmara OmegaCAM farão vários rastreios muito detalhados do céu austral. Todos os dados serão tornados públicos. “Estou muito contente por ver estas primeiras imagens tão impressionantes do VST e da OmegaCAM.
A combinação única do VST e do VISTA, o telescópio de rastreio no infravermelho, permitirá a identificação de muitos objetos interessantes, os quais serão posteriormente observados detalhadamente com os potentes telescópios que compõem o VLT,” diz Tim de Zeeuw, o Diretor Geral do ESO. “O projeto VST superou imensas dificuldades mas agora está sem dúvida a compensar todo esse trabalho, com a sua excelente qualidade de imagem, as expectativas da comunidade astronómica e os esforços de muitas pessoas no INAF envolvidas na sua construção. Estou muito contente por ver o VST a funcionar,” acrescenta Tommaso Maccacaro, o Presidente do Instituto Nacional de Astrofísica italiano (INAF).
O VLT Survey Telescope (VST) é o mais novo telescópio para ser adicionada ao ESO no Observatório de Paranal, no deserto de Atacama, no norte do Chile. Trata-se alojados em um compartimento imediatamente ao lado dos quatro telescópios VLT Unidade no cume do Cerro Paranal. O VST é um telescópio de 2,6 metros pesquisa de campo amplo com um campo de visão duas vezes tão larga quanto a Lua cheia. É o maior telescópio do mundo dedicado a pesquisas do céu em luz visível. O VST foi projetado e construído pelo INAF-Osservatorio Astronomico di Capodimonte, em Nápoles, na Itália, como parte de uma joint venture entre INAF e ESO.
Créditos: ESO / G. Lombardi
O projeto VST é uma colaboração entre o INAF–Osservatorio Astronomico di Capodimonte, Nápoles, Itália e o ESO. O INAF concebeu e construiu o telescópio com a colaboração da indústria italiana e o ESO é responsável pela cúpula e pelos trabalhos de engenharia civil efetuados no local. A OmegaCAM, a câmara do VST, foi concebida e construída por um consórcio que inclui institutos na Holanda, na Alemanha e na Itália com contribuições importantes do ESO. A nova infraestrutura será operada pelo ESO, que também irá arquivar e distribuir os dados obtidos pelo telescópio. O VST é um telescópio de vanguarda com uma abertura de 2,6 metros, que possui um sistema de óptica ativa que lhe permite manter os espelhos posicionados sempre de modo perfeito. No seu interior, por trás de enormes lentes que garantem a melhor qualidade de imagem possível, encontra-se a OmegaCAM de 770 kg, construída em torno de 32 detetores CCD, selada em vácuo, que cria imagens de 268 milhões de pixels.
As primeiras imagens
Tanto o telescópio como a câmara foram concebidos para tirarem o melhor partido da alta qualidade do céu no Paranal. “As esplêndidas imagens que nos estão a chegar do VST e da OmegaCAM são um tributo ao trabalho árduo de muitos grupos na Europa ao longo de muitos anos. Estamos agora na expectativa de obter uma rica colheita científica e fazer descobertas inesperadas a partir dos rastreios do VST,” acrescenta Massimo Capaccioli, investigador principal do projeto VST. A primeira imagem divulgada mostra a região de formação estelar Messier 17, também conhecida como Nebulosa Ómega ou Nebulosa do Cisne, como nunca foi vista antes. Esta região de gás, poeira e estrelas quentes jovens situa-se no coração da Via Láctea, na constelação de Sagitário. O campo de visão do VST é tão grande que toda a nebulosa, incluindo as suas zonas exteriores mais ténues, foi captada com uma incrível nitidez em toda a imagem.
Esta montagem mostra seis recortes da imagem do novo VST da região de formação estelar Messier 17, também conhecida como Nebulosa Omega ou Nebulosa do Cisne. Embora o amplo campo abrange a nebulosa inteira e seu entorno, a VST e OmegaCAM fornecer imagens mais nítidas que mostram muitos detalhes fascinantes.Crédito:ESO / VST-INAF / OmegaCAM. Agradecimento: OmegaCen / Instituto Kapteyn Astrowise /
A segunda imagem é possivelmente a melhor fotografia do enxame globular Omega Centauri jamais conseguida. É o maior enxame globular no céu, mas o campo de visão muito grande do VST e da OmegaCAM consegue captar até as regiões exteriores mais ténues deste objeto. Esta imagem, que inclui cerca de 300 000 estrelas, demonstra bem a excelente resolução do VST.
Os rastreios
Esta montagem mostra nove pequenos recortes da imagem VST de Omega Centauri. Embora cada um deles mostra apenas cerca de 0,3% de toda a imagem que eles ainda são ricamente detalhados e mostrar a qualidade da imagem requintada do telescópio e câmera. O painel superior esquerdo mostra o núcleo do Omega Centauri, onde as estrelas estão no seu mais denso. Os cortes são então retiradas de regiões de diminuir a densidade estelar e os da parte exterior mostram muitos ténues galáxias muito além do cluster. Crédito:ESO / VST-INAF / OmegaCAM. Agradecimento: A. Grado Observatório / INAF-Capodimonte
O VST fará três rastreios públicos nos próximos cinco anos. O rastreio KIDS mapeará várias regiões do céu longe da Via Láctea. Será dedicado ao estudo da matéria escura, energia escura e evolução de galáxias e encontrará muitos enxames de galáxias e quasars a grande desvio para o vermelho. O rastreio ATLAS cobrirá uma maior área do céu e está mais direcionado para o estudo da energia escura, ao mesmo tempo que apoiará estudos mais detalhados que utilizam o VLT e outros telescópios. O terceiro rastreio, o VPHAS+, obterá imagens do plano central da Via Láctea com o intuito de mapear a estrutura do disco galáctico e a sua história de formação estelar. O VPHAS+ compilará um catálogo de cerca de 500 milhões de objetos e descobrirá muitos novos exemplos de estrelas invulgares em todos os estádios da sua evolução.
O volume de dados produzidos pela OmegaCAM será enorme. Serão produzidos cerca de 30 terabytes de dados brutos por ano, que irão ser encaminhados para diferentes centros de dados na Europa para processamento. Um novo e sofisticado sistema de software foi desenvolvido em Groningen e Nápoles para o tratamento de tão vasta quantidade de dados. O produto final do processamento serão enormes listas dos objetos encontrados, assim como imagens, que estarão disponíveis aos astrónomos de todo o mundo para análise científica. “A combinação do grande campo de visão, da excelente qualidade de imagem e do modo de operação muito eficiente do VST produzirá uma enorme riqueza de informação que fará certamente avançar muitos campos da astrofísica,” conclui Konrad Kuijken, chefe do consórcio OmegaCAM.
Fonte:http://www.eso.org/public/portugal/news/eso1119/
A imagem VST lançado pela primeira vez mostra a espectacular região de formação estelar Messier 17, também conhecida como Nebulosa Omega ou da Nebulosa do Cisne, como nunca foi visto antes.Créditos: ESO/INAF-VST/OmegaCAM. Acknowledgement: OmegaCen/Astro-WISE/Kapteyn Institute
O VLT Survey Telescope (VST), recentemente instalado no Observatório do Paranal do ESO, divulgou as suas primeiras imagens do céu austral. O VST é um telescópio de 2,6 metros de última geração, que dispõe de uma enorme câmara de 268 megapixels, a OmegaCAM. Esta câmara foi concebida para mapear o céu de modo rápido e com uma excelente qualidade de imagem. É um telescópio que trabalha no visível e que complementa perfeitamente o VISTA, o telescópio de rastreio no infravermelho do ESO. As novas imagens da Nebulosa Ómega e do enxame globular Omega Centauri demonstram bem o poder deste novo instrumento. Um novo telescópio e uma nova câmara
O VLT Survey Telescope (VST) é o mais recente telescópio instalado no Observatório do Paranal do ESO, no deserto do Atacama, no norte do Chile. Situa-se mesmo ao lado dos quatro telescópios que compõem o VLT, no cimo do Cerro Paranal, sob os céus límpidos de um dos melhores locais de observação sobre a Terra. O VST é um telescópio de rastreio de campo largo, com um campo de visão duas vezes maior que a Lua Cheia. É o maior telescópio do mundo concebido para mapear o céu no visível de forma exclusiva. Nos próximos anos, o VST e a sua câmara OmegaCAM farão vários rastreios muito detalhados do céu austral. Todos os dados serão tornados públicos. “Estou muito contente por ver estas primeiras imagens tão impressionantes do VST e da OmegaCAM.
A combinação única do VST e do VISTA, o telescópio de rastreio no infravermelho, permitirá a identificação de muitos objetos interessantes, os quais serão posteriormente observados detalhadamente com os potentes telescópios que compõem o VLT,” diz Tim de Zeeuw, o Diretor Geral do ESO. “O projeto VST superou imensas dificuldades mas agora está sem dúvida a compensar todo esse trabalho, com a sua excelente qualidade de imagem, as expectativas da comunidade astronómica e os esforços de muitas pessoas no INAF envolvidas na sua construção. Estou muito contente por ver o VST a funcionar,” acrescenta Tommaso Maccacaro, o Presidente do Instituto Nacional de Astrofísica italiano (INAF).
O VLT Survey Telescope (VST) é o mais novo telescópio para ser adicionada ao ESO no Observatório de Paranal, no deserto de Atacama, no norte do Chile. Trata-se alojados em um compartimento imediatamente ao lado dos quatro telescópios VLT Unidade no cume do Cerro Paranal. O VST é um telescópio de 2,6 metros pesquisa de campo amplo com um campo de visão duas vezes tão larga quanto a Lua cheia. É o maior telescópio do mundo dedicado a pesquisas do céu em luz visível. O VST foi projetado e construído pelo INAF-Osservatorio Astronomico di Capodimonte, em Nápoles, na Itália, como parte de uma joint venture entre INAF e ESO.
Créditos: ESO / G. Lombardi
O projeto VST é uma colaboração entre o INAF–Osservatorio Astronomico di Capodimonte, Nápoles, Itália e o ESO. O INAF concebeu e construiu o telescópio com a colaboração da indústria italiana e o ESO é responsável pela cúpula e pelos trabalhos de engenharia civil efetuados no local. A OmegaCAM, a câmara do VST, foi concebida e construída por um consórcio que inclui institutos na Holanda, na Alemanha e na Itália com contribuições importantes do ESO. A nova infraestrutura será operada pelo ESO, que também irá arquivar e distribuir os dados obtidos pelo telescópio. O VST é um telescópio de vanguarda com uma abertura de 2,6 metros, que possui um sistema de óptica ativa que lhe permite manter os espelhos posicionados sempre de modo perfeito. No seu interior, por trás de enormes lentes que garantem a melhor qualidade de imagem possível, encontra-se a OmegaCAM de 770 kg, construída em torno de 32 detetores CCD, selada em vácuo, que cria imagens de 268 milhões de pixels.
As primeiras imagens
Tanto o telescópio como a câmara foram concebidos para tirarem o melhor partido da alta qualidade do céu no Paranal. “As esplêndidas imagens que nos estão a chegar do VST e da OmegaCAM são um tributo ao trabalho árduo de muitos grupos na Europa ao longo de muitos anos. Estamos agora na expectativa de obter uma rica colheita científica e fazer descobertas inesperadas a partir dos rastreios do VST,” acrescenta Massimo Capaccioli, investigador principal do projeto VST. A primeira imagem divulgada mostra a região de formação estelar Messier 17, também conhecida como Nebulosa Ómega ou Nebulosa do Cisne, como nunca foi vista antes. Esta região de gás, poeira e estrelas quentes jovens situa-se no coração da Via Láctea, na constelação de Sagitário. O campo de visão do VST é tão grande que toda a nebulosa, incluindo as suas zonas exteriores mais ténues, foi captada com uma incrível nitidez em toda a imagem.
Esta montagem mostra seis recortes da imagem do novo VST da região de formação estelar Messier 17, também conhecida como Nebulosa Omega ou Nebulosa do Cisne. Embora o amplo campo abrange a nebulosa inteira e seu entorno, a VST e OmegaCAM fornecer imagens mais nítidas que mostram muitos detalhes fascinantes.Crédito:ESO / VST-INAF / OmegaCAM. Agradecimento: OmegaCen / Instituto Kapteyn Astrowise /
A segunda imagem é possivelmente a melhor fotografia do enxame globular Omega Centauri jamais conseguida. É o maior enxame globular no céu, mas o campo de visão muito grande do VST e da OmegaCAM consegue captar até as regiões exteriores mais ténues deste objeto. Esta imagem, que inclui cerca de 300 000 estrelas, demonstra bem a excelente resolução do VST.
Os rastreios
Esta montagem mostra nove pequenos recortes da imagem VST de Omega Centauri. Embora cada um deles mostra apenas cerca de 0,3% de toda a imagem que eles ainda são ricamente detalhados e mostrar a qualidade da imagem requintada do telescópio e câmera. O painel superior esquerdo mostra o núcleo do Omega Centauri, onde as estrelas estão no seu mais denso. Os cortes são então retiradas de regiões de diminuir a densidade estelar e os da parte exterior mostram muitos ténues galáxias muito além do cluster. Crédito:ESO / VST-INAF / OmegaCAM. Agradecimento: A. Grado Observatório / INAF-Capodimonte
O VST fará três rastreios públicos nos próximos cinco anos. O rastreio KIDS mapeará várias regiões do céu longe da Via Láctea. Será dedicado ao estudo da matéria escura, energia escura e evolução de galáxias e encontrará muitos enxames de galáxias e quasars a grande desvio para o vermelho. O rastreio ATLAS cobrirá uma maior área do céu e está mais direcionado para o estudo da energia escura, ao mesmo tempo que apoiará estudos mais detalhados que utilizam o VLT e outros telescópios. O terceiro rastreio, o VPHAS+, obterá imagens do plano central da Via Láctea com o intuito de mapear a estrutura do disco galáctico e a sua história de formação estelar. O VPHAS+ compilará um catálogo de cerca de 500 milhões de objetos e descobrirá muitos novos exemplos de estrelas invulgares em todos os estádios da sua evolução.
O volume de dados produzidos pela OmegaCAM será enorme. Serão produzidos cerca de 30 terabytes de dados brutos por ano, que irão ser encaminhados para diferentes centros de dados na Europa para processamento. Um novo e sofisticado sistema de software foi desenvolvido em Groningen e Nápoles para o tratamento de tão vasta quantidade de dados. O produto final do processamento serão enormes listas dos objetos encontrados, assim como imagens, que estarão disponíveis aos astrónomos de todo o mundo para análise científica. “A combinação do grande campo de visão, da excelente qualidade de imagem e do modo de operação muito eficiente do VST produzirá uma enorme riqueza de informação que fará certamente avançar muitos campos da astrofísica,” conclui Konrad Kuijken, chefe do consórcio OmegaCAM.
Fonte:http://www.eso.org/public/portugal/news/eso1119/
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