Cientistas indecisos se supernova será observável da Terra

 Imagem registrada pelo telescópio Samuel Oschin, em Monte Palomar, mostra um dos frames que possibilitou a detecção da supernova PTF 11kly.
Quem se encontra no hemisfério norte do planeta terá talvez uma chance raríssima de observar uma supernova, que é gerada a partir da explosão de uma estrela. Os cientistas, porém, dividem-se sobre se ela será visível ou não da Terra por telescópios comuns. Alguns dizem que sim e outros afirmam que não. Mark Sullivan, que liderou o grupo da Universidade de Oxford responsável pela descoberta da supernova, disse à revista "Nature" que o brilho vai se intensificar nos próximos dez anos, em torno do início de setembro. Conhecida como PTF11kly, a supernova estará tão perto da Terra que possibilitará estudos adicionais, incluindo aqui a energia negra, que teria acelerado a expansão do Universo. A explosão da estrela que originou a supernova teria ocorrido entre 20 milhões a 25 milhões de anos-luz da Terra, na galáxia do Catavento, ou M101, que fica na constelação da Ursa Maior. A última vez que uma supernova dessa classe ocorreu foi em 1972.

 A Morte de uma Estrela - A morte de uma estrela é predeterminada logo no seu nascimento através do seu tamanho e das características da usina de força que a mantém brilhando durante toda sua vida. As estrelas, entre as quais o nosso Sol, são alimentadas pela fusão dos átomos de hidrogênio que se transformam em hélio sob o intenso calor e pressão encontrados do núcleo estelar. Entretanto, o hélio produzido é ligeiramente mais leve que as massas de quatro núcleos de hidrogênio necessários à sua produção. A partir de teoria da relatividade de Einstein, E = MC2, sabemos que a falta dessa massa é transformada em energia.

Supernova - Estrelas similares ao nosso Sol terminam sua vida quando consomem totalmente suas reservas de hidrogênio, ardendo em uma silenciosa e gigantesca expansão de diâmetro. No entanto, estrelas com oito ou mais vezes a massa solar, como PTF 11kly, finalizam sua vida de modo muito mais cataclísmico. A fusão nuclear continua mesmo após a exaustão do hidrogênio, produzindo elementos pesados em diferentes camadas. O processo continua até que o núcleo estelar se transforme em ferro, quando então outro fenômeno ocorre: devido à descomunal temperatura e pressão, os átomos do ferro também se rompem em seus componentes prótons e nêutrons. Quando isso acontece as camadas superiores ao núcleo desmoronam, lançando ao espaço o resto do material estelar, produzindo um poderoso clarão chamado flash da supernova. A explosão é descomunal. Em poucos dias a supernova libera mais energia que nosso Sol em toda a sua vida. A explosão é tão brilhante que mesmo ocorrendo a centenas de anos-luz de distância pode ser vista da Terra até durante o dia.

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