Antigravidade: Ondas de som têm massa negativa


Os mesmos fônons envolvidos na massa das ondas sonoras podem explicar como o calor pode ser manipulado como se fosse luz.[Imagem: Martin Maldovan]

Massa das ondas sonoras

As ondas sonoras são uma forma de antigravidade porque têm massa negativa.  Esta é a conclusão impressionante de um trio de físicos teóricos dos EUA, Itália e Suíça.

"Nós demonstramos que, de fato, as ondas sonoras carregam massa - em particular, massa gravitacional. Isto implica que uma onda sonora não só é afetada pela gravidade, mas também gera um minúsculo campo gravitacional, um aspecto não apreciado até agora. Nossas descobertas são também válidas para meios não-relativísticos, e podem ter implicações experimentais intrigantes," disse Angelo Esposito, da Universidade de Colúmbia, nos EUA.

A teoria assume condições newtonianas, o que significa dizer que o efeito não está relacionado à teoria quântica ou à equivalência de energia e massa conhecidas da relatividade. Em outras palavras, mesmo ignorando a relatividade geral, que associa energia e massa, as ondas sonoras continuam transportando uma pequena quantidade de massa, de acordo com a teoria.

Isto ocorre graças aos fônons, unidades quânticas das ondas de som, que interagem com um campo gravitacional de uma forma que "exige" que elas transportem massa à medida que se movem.

Para uma onda sonora de 1 watt e duração de 1 segundo viajando na água, por exemplo, a quantidade de massa seria de cerca de 0,1 miligrama. "É simplesmente uma fração da massa total do sistema que viaja com a onda, sendo deslocada de um lugar para outro," disse Esposito.

Em termos mais gerais, os cálculos indicam que, para ondas sonoras comuns na maioria dos materiais, a massa transportada é igual à energia da onda sonora multiplicada por um fator que depende da velocidade do som e da densidade de massa do meio.

Antigravidade

O mais intrigante é que a massa transportada pelas ondas sonoras revela-se negativa. Quando as ondas sonoras entram em um material, elas fazem uma "sangria", uma depleção de massa, e não uma adição de massa. Assim, ondas sonoras em um campo gravitacional devem flutuar um pouco para cima, como um objeto flutuante na água - uma espécie de antigravidade.

Os três pesquisadores não têm ainda uma explicação física clara dos seus resultados matemáticos. "Nós temos confiança nos resultados porque a matemática que descreve sólidos e fluidos é muito semelhante. Mas tentar interpretar esses resultados no nível microscópico para sólidos é atualmente confuso," disse Alberto Nicolis.

De fato, explicar como a massa flui parece razoável nos líquidos, onde uma parte das partículas do meio pode viajar na direção contrária ao movimento da onda sonora. Mas como isso pode ocorrer nos sólidos é algo ainda aberto à imaginação.

Mas o trio afirma que sua teoria deve ser testável em experimentos com átomos ultrafrios, ou possivelmente em observações de terremotos, que geram fortes ondas sonoras através da crosta terrestre - a massa associada a elas pode chegar a 100 bilhões de quilogramas, o que poderia ser registrado em sensores sensíveis de monitoramento gravitacional.

Fonte: Inovação Tecnológica

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atena para a Lua

Capacete de Thor

Messier 87

Lápis grosso

Messier 81

Messier 4

Banhado em azul

Finalmente, vida extraterrestre detectável?

James Webb confirma que há algo profundamente errado na nossa compreensão do universo

Observações do JWST detectam disco empoeirado ao redor da estrela central da Nebulosa do Anel