A primeira imagem de uma explosão de Raios-Gama terrestre
Os raios-gama podem ser
considerados a forma de luz de mais alta energia do universo. Eles surgem de
explosões em galáxias distantes depois de alguns dos eventos mais extremos que
podem acontecer no espaço – explosões de estrelas muito massivas, colisão de
estrelas de nêutrons, ejeções de matéria através do disco de acreção de buracos
negros supermassivos, entre outros – e quando esses eventos acontecem, é
possível ver um brilho em raios-gama que é mais intenso do que em qualquer
outra frequência no céu, e que só pode ser registrado por instrumentos
específicos, ou seja, telescópios que observam o universo nessa frequência.
Algumas vezes, contudo, as
explosões de raios-gama acontecem onde os cientistas não esperavam, como na
atmosfera da Terra. Essas explosões são chamadas de flashes terrestres de
raios-gama e são produzidos por interações de elétrons viajando a velocidades
próximas à velocidade da luz dentro de gigantescas nuvens de tempestades, mas
os cientistas não têm certeza absoluta de como acontecem esses flashes. Com a
duração de cerca de 1 milissegundo, essas misteriosas explosões de energia são
difíceis de serem detectadas e estudadas em detalhe.
Agora, depois de um ano,
observando a Terra do espaço, os pesquisadores, conseguiram criar a primeira
imagem de um flash terrestre de raios-gama, que surgiu em uma tempestade sobre
a Ilha de Borneo no Sudeste da Ásia no dia 18 de Junho de 2018. Como visto na
imagem, pode-se ver uma região colorida na parte direita da imagem mostrando a
explosão energética.
Os astrônomos observaram a
tempestade a partir de um observatório especial a bordo da ISS, que foi lançado
em Abril de 2018 com a proposta de monitorar toda a face visível da Terra
procurando por atividades terrestres em raios-gama. E o experimento deu certo,
essa aí é a primeira de muitas outras imagens que já foram feitas. Depois de um
ano de operação, o observatório já registrou mais de 200 flashes terrestres de
raios-gama, e foi capaz de apontar a localização exata geográfica de cerca de
30 deles, de acordo com a ESA.
Quando os pesquisadores sabem
o local preciso onde aconteceu a explosão de raios-gama, eles podem comparar
esses dados com dados de outros satélites e até mesmo com estações
meteorológicas locais para poder conhecer bem as forças que agem para criar um
evento assim tão energético.
Fonte:
Space.com
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