Segredos por trás de uma linda galáxia espiral

A galáxia NGC 5728 aparece nesta foto do Hubble com um belo formato espiral, mas a câmera WFC3 do telescópio espacial não é capaz de mostrar toda a complexidade do que ocorre lá

Galáxia NGC 5728: a bela aparência espiral captada pela WFC3 do Hubble não consegue mostrar a intensa radiação emitida a partir do núcleo. Crédito: ESA/Hubble, A. Riess et al., J. Greene

A foto acima mostra a NGC 5728, uma galáxia espiral a cerca de 130 milhões de anos-luz da Terra. Esta imagem foi capturada usando a Wide Field Camera 3 (WFC3) do telescópio espacial Hubble, da Nasa/ESA, que é extremamente sensível à luz visível e infravermelha. Portanto, a imagem captura lindamente as regiões da NGC 5728 que estão emitindo luz visível e infravermelha. No entanto, existem muitos outros tipos de luz que galáxias como a NGC 5728 podem emitir e que a WFC3 não consegue ver. 

Nesta imagem, a NCG 5728 parece ser uma galáxia espiral elegante, luminosa e barrada. O que a imagem não mostra, no entanto, é que a NGC 5728 também é um tipo de galáxia monumentalmente energética, conhecida como galáxia Seyfert. Essa classe extremamente energética de galáxias é alimentada por seus núcleos ativos, que são conhecidos como núcleos galácticos ativos (AGNs, na sigla em inglês). Existem muitos tipos diferentes de AGNs, e apenas alguns deles fornecem energia às galáxias Seyfert.

Luz bloqueada

A NGC 5728, como todas as galáxias Seyfert, é diferente de outras galáxias com AGNs porque a própria galáxia pode ser vista claramente. Outros tipos de AGNs, como quasares, emitem tanta radiação que é quase impossível observar a galáxia que os abriga. 

Como mostra esta imagem, a NGC 5728 é claramente observável e em comprimentos de onda ópticos e infravermelhos parece bastante normal. É fascinante saber que o centro da galáxia está emitindo grandes quantidades de luz em partes do espectro eletromagnético às quais a WFC3 simplesmente não é sensível. Tornando as coisas um tanto mais complicadas, o AGN no núcleo da NGC 5728 pode realmente estar emitindo alguma luz visível e infravermelha – mas ela pode ser bloqueada pela poeira ao redor do núcleo da galáxia.

Fonte: Revista Planeta

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