Segredos do Espaço: Como o Telescópio James Webb Revelou o Maior Aglomerado Estelar!
Um incrível feito do
telescópio James Webb revelou recentemente um dos maiores aglomerados estelares
jovens da Via Láctea, conhecido como Westerlund 1. Inicialmente oculto, esse
aglomerado agora brilha intensamente no céu, oferecendo aos astrônomos uma nova
visão do nosso universo.
A imagem do JWST revela Westerlund 1, um dos aglomerados de 'super estrelas' mais próximos da Terra. (Crédito da imagem: ESA/Webb, NASA & CSA, M. Zamani (ESA/Webb), M. G. Guarcello (INAF-OAPA) e equipe EWOCS)
Onde Está e Quão Especial
é
Localizado a aproximadamente
12.000 anos-luz de distância na constelação Ara, Westerlund 1 se destaca como
uma verdadeira usina galáctica. Essa estrutura colossal, visível do Hemisfério
Sul, está situada perto do núcleo da Via Láctea. Mais impressionante ainda,
Westerlund 1 é considerado o maior aglomerado estelar conhecido em nossa
galáxia.
Este superaglomerado é um exemplo
impressionante do que significa ser uma “super estrela”. Enquanto a maioria dos
aglomerados desse tipo possui cerca de 10.000 vezes a massa do sol, Westerlund
1 é cerca de 50.000 a 100.000 vezes mais massivo. Isso significa que algumas de
suas estrelas podem ser até 2.000 vezes maiores que o sol, o que é como se você
colocasse uma estrela do tamanho de um elefante em uma sala de aula cheia de
formigas – só que essas formigas estão brilhando intensamente!
O Que o Telescópio Webb
Mostrou
A imagem mais recente do
telescópio JWST revela um emaranhado de estrelas radiantes, cada uma
acompanhada de um espetáculo de difração impressionante. Com seis grandes e
dois pequenos picos, as estrelas criam um efeito visual de flocos de neve,
resultado da forma como a luz interage com os 18 espelhos hexagonais do
telescópio. A beleza desta formação é aumentada por nuvens de gás vermelho que
se agitam ao redor, criando um cenário digno de uma obra-prima cósmica.
Como o JWST consegue ver o que
outros telescópios não podem? A resposta está na sua capacidade de observar em
comprimentos de onda infravermelhos, permitindo-lhe penetrar nuvens de poeira e
gás que escondem os segredos do universo. O telescópio Hubble, por exemplo, tem
dificuldade em ver através desses obstáculos, mas o JWST pode “desfocar” a
sujeira espacial com a sua visão avançada.
O Futuro Brilhante de
Westerlund 1
Os astrônomos estimam que, dentro
dos próximos 40 milhões de anos – um tempo que é praticamente um piscar de
olhos no escopo cósmico – Westerlund 1 pode testemunhar mais de 1.500
supernovas, explosões estelares cataclísmicas que iluminam o espaço. Atualmente,
o aglomerado tem entre 3,5 milhões e 5 milhões de anos. Isso significa que ele
ainda é um “jovem” no vasto universo, pronto para revelar mais segredos.
Esses supernovas podem ser tão
brilhantes que, se a Terra estivesse orbitando uma estrela dentro de Westerlund
1, nossas noites seriam um espetáculo de luz, com centenas de estrelas
brilhando como se fossem luas cheias. A astronomia, assim como a culinária,
exige paciência – algumas receitas galácticas simplesmente levam tempo para
serem “cozidas”.
Westerlund 1 também nos dá pistas
valiosas sobre a história da Via Láctea. Este aglomerado é um vestígio de uma
época em que nossa galáxia produzia estrelas em um ritmo muito mais acelerado,
e o estudo dele pode ajudar os cientistas a entenderem como as estrelas mais
massivas nascem, vivem e morrem.
Com cada nova imagem do
telescópio, somos lembrados de que o universo está repleto de mistérios
esperando para serem desvendados, e Westerlund 1 é uma das mais brilhantes
janelas para esses segredos.
Fonte: hypescience.com
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