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Nascimento de buraco negro é testemunhado e marca divisor de águas para a astronomia

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A quase impossibilidade da astronomia observacional nunca foi tão clara. Com astrônomos tendo registrado tantos eventos em tantos instrumentos diferentes, simplesmente apontar telescópios para as estrelas tem proporcionado retornos decrescentes. Para que continuemos avançando, precisamos nos voltar a eventos mais incomuns e até violentos do universo, a fim de conquistar dados verdadeiramente novos. Não é apenas uma questão de paciência, uma vez que a indústria do espaço não pode configurar telescópios suficientes para olhar para todos os lugares ao mesmo tempo. Com tanta coisa esperando pelo zoom certo, poderia parecer uma causa perdida tentar capturar eventos inesperados de curta duração.   E, no entanto, esta semana, um evento importante aconteceu em algum lugar do universo, agora denominado GRB 130427A, e uma “armada de instrumentos” em todo mundo o viu produzir uma explosão de raios gama mais poderosa do que o que muitos pesquisadores acreditavam ser teoricamente possível.

Cometa ISON volta a vida

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Animação com 88 imagens, da passagem periélica do ISON, entre as 00:22 de 28 de Novembro e as 00:13 de dia 29. Crédito: NASA/ESA/SOHO/Emily Lakdawalla Aparentemente , o Cometa ISON sobreviveu à passagem pelo Sol! Os cientistas diziam que as imagens obtidas ontem pelos observatórios espaciais apenas mostravam um rasto de poeira que saía do outro lado do Sol. "Parece que o Cometa ISON não sobreviveu a esta jornada," realçava Karl Battams, cientista solar da Marinha dos EUA, num Hangout do Google+. À medida que o ISON mergulhou na direcção do Sol, provavelmente começou a despedaçar-se, não soltando fragmentos gigantes, mas pelo menos bocados razoavelmente grandes. Acabou por perder por completo a sua cabeleira e cauda, tal como o Lovejoy em 2011.   Ontem à noite, a sonda SOHO mostrava apenas uma corrente fina e longa de poeira. Era suposto o cometa ter aparecido em imagens do SDO (Solar Dynamics Observatory) pelas 22:00 (hora portuguesa), mas quatro horas depois ai

Cientistas afirmam que cometa Ison não sobreviveu à proximidade com o Sol

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Cometa ofereceu oportunidade rara, embora tenha finalmente se partido Astrônomos acreditam que o "cometa do século" se desintegrou ao passar perto do Sol Foto: Reuters   O cometa Ison, ansiado objeto de desejo dos cientistas, parece ter se desintegrado nesta quinta-feira em sua viagem ao redor do Sol, segundo os especialistas da Agência Espacial Americana (Nasa), que não encontraram seu rastro após atravessar a coroa solar em suas primeiras observações. Entre a comunidade científica havia uma grande expectativa e também uma grande divisão entre os que se afirmavam convencidos que o cometa superaria as altas temperaturas solares e conseguiria sobreviver, e os que, como indicam as primeiras observações, acreditavam que se desintegraria ao se aproximar tanto do Sol. Depois que os telescópios da Nasa seguiram o cometa até submergir na coroa do Sol, não houve provas que tenha aparecido no outro lado, embora tenham assegurado que continuariam analisando as imagens na bu

Cometa Ison atinge ponto máximo de aproximação do Sol

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Cientistas estão na expectativa se ele resistirá ao calor solar. Depois de chegar perto do Sol, cometa poderá ser o mais claro desde o Hale-Bopp O cometa Ison poderá brilhar tão intensamente quanto a Lua Cheia quando passar no ponto mais próximo ao Sol de sua trajetória Foto: NASA, ESA, Hubble Heritage Team / Divulgação Os astrônomos esperam ansiosos pelo acontecimento celeste do ano: nesta quinta-feira, às 16h40 (horário de Brasília), o cometa Ison atinge o periélio, o ponto de sua trajetória mais próximo do Sol, a apenas 1,2 milhão de quilômetros. Essa distância é 125 vezes menor do que a entre a Terra e o astro. O cometa terá que resistir a uma temperatura de quase 3 mil graus centígrados. Embora ele se desloque a uma velocidade de mais de 1 milhão de quilômetros por hora, no espaço reina o vácuo, portanto não haverá nenhum vento para refrescá-lo.   Nas horas antes e depois dessa passagem próxima, o Ison reluzirá tão forte que, mesmo no azul do céu diurno, ele poder

Coincidências em Mercúrio

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O planeta Mercúrio, à direita, e um registro de sua passagem diante do Sol   Um grupo internacional de astrônomos, incluindo o francês Julien Frouard, que acaba de concluir o pós-doutorado na Unesp em Rio Claro, acredita ter encontrado a explicação para uma das coincidências mais misteriosas do sistema solar: o movimento celeste de Mercúrio, o menor dos planetas, com apenas um terço do tamanho da Terra, e o mais próximo do Sol. Os pesquisadores tentaram entender a relação entre seu período de rotação, o tempo que Mercúrio leva para completar uma volta girando em torno de si, e seu período de translação, o tempo que o planeta demora para dar uma volta em torno do Sol. Seu período de rotação, de 58 dias terrestres, é exatamente igual a dois terços de seu período de translação, de 88 dias. Em outras palavras, a cada três dias mercurianos se completam dois de seus anos.   O problema é que, por estar tão perto do Sol, era esperado que a intensa força gravitacional da estrela de

Constelações antigas sobre o ALMA

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Créditos:ESO/B. Tafreshi   Babak Tafreshi , um dos Embaixadores Fotográficos do ESO , capturou as antenas do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) numa imagem que combina a beleza do céu austral com as prodigiosas dimensões do maior projeto astronómico do mundo. Milhares de estrelas podem ser vistas a olho nu nos céus límpidos do planalto do Chajnantor. O ar seco e transparente é uma das razões pelas quais o ALMA foi aqui construído. Surpreendentemente brilhante, no canto esquerdo da fotografia, podemos ver um grupo compacto de estrelas jovens, o enxame das Pleiades, que era já conhecido da maioria das civilizações antigas. A constelação de Orion vê-se claramente por cima da mais próxima das antenas - o cinturão do caçador é formado pelas três estrelas que se encontram mesmo à esquerda da luz vermelha.    De acordo com a mitologia clássica, Orion era um caçador que perseguia as Pleiades, as belas filhas de Atlas. Quando vistas através da fina atmo

O flamejante fenómeno do nascimento e morte das estrelas

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A Grande Nuvem de Magalhães é uma das galáxias mais próximas da nossa. Os astrónomos usaram o poder do Very Large Telescope do ESO para explorar com grande detalhe a NGC 2035, umas das suas regiões menos bem conhecidas. Esta nova imagem mostra nuvens de gás e poeira onde estrelas quentes se estão a formar, ao mesmo tempo que esculpem formas estranhas no seu meio circundante. Mas a imagem mostra também os efeitos da morte das estrelas - filamentos criados por uma explosão de supernova (à esquerda da imagem).   A Grande Nuvem de Magalhães é uma das galáxias mais próximas da nossa. Os astrónomos usaram o poder do Very Large Telescope do ESO para explorar umas das suas regiões menos bem conhecidas. Esta nova imagem mostra nuvens de gás e poeira onde estrelas quentes se estão a formar, ao mesmo tempo que esculpem formas estranhas no seu meio circundante. Mas a imagem mostra também os efeitos da morte das estrelas - filamentos criados por uma explosão de supernova.