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Orion em gás, poeira e estrelas

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A constelação de Orion abriga muito mais do três estrelas alinhadas. Uma exposição profunda mostra tudo desde nebulosas escuras até aglomerados de estrelas, tudo isso mergulhado numa extensa porção de filamentos gasosos no Complexo de Nuvem Molecular de Orion. As três estrelas mais brilhantes mais a esquerda são na verdade as famosas três estrelas que fazem parte do Cinturão de Orion. Logo abaixo da estrela Alnitak, a mais inferior das três estrelas do cinturão está a Nebulosa da Chama, brilhando intensamente com o gás hidrogênio excitado e imersa nos filamentos de poeira marrom escura. Abaixo e a esquerda da parte central do frame e logo a direita de Alnitak, localiza-se a Nebulosa da Cabeça do Cavalo, uma identação escura de poeira densa que talvez seja a nebulosa mais reconhecida do céu, graças a sua forma. Na parte superior direita está a M42, a Nebulosa de Orion, um caldearão energético de gás, visível a olho nu, que está dando vida a um novo aglomerado aberto de estrelas.

ADEUS "J", OLÁ AGILKIA

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O local onde o módulo Philae da Rosetta tem aterragem prevista no Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, no próximo dia 12 de Novembro, agora tem um nome: Agilkia. O local de pouso, conhecido anteriormente como "Local J", tem o nome da Ilha de Agilkia, uma ilha no Rio Nilo no sul do Egipto. Muitos edifícios egípcios antigos, incluindo o famoso Templo de Isis, foram transferidos para Agilkia desde a ilha de Philae, quando esta última foi inundada durante a construção das barragens Aswan no século passado. O nome foi seleccionado por um júri composto por membros do Comité de Navegação do Lander Philae como parte de um concurso público que decorreu entre os dias 16 e 22 de Outubro pela ESA e pelas agências espaciais alemã, francesa e italiana. Agilkia foi uma das escolhas mais populares - foi proposta por mais de 150 participantes. O comité seleccionou Alexandre Brouste da França como o grande vencedor. Como prémio, o sr. Brouste será convidado a visitar o Centro de Controle

O MUSE revela a verdadeira história por trás de uma colisão galáctica

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O instrumento MUSE montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO deu aos astrônomos a melhor imagem até hoje de uma colisão cósmica espetacular. As observações revelam, pela primeira vez, o movimento do gás à medida que é arrancado da galáxia ESO 137-001, quando esta entra a alta velocidade num enorme aglomerado de galáxias. Os resultados contêm a chave para a solução de um mistério de longa data - porque é que a formação estelar se interrompe em aglomerados de galáxias. Nesta imagem as cores mostram os movimentos dos filamentos de gás - o vermelho assinala o material que se afasta de nós relativamente à galáxia e o azul mostra o que se aproxima. Note que nas regiões superior esquerda e a inferior direita da imagem foram inseridas imagens deste objeto obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble.Crédito:ESO/M. Fumagalli O novo instrumento MUSE montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO deu aos astrônomos a melhor imagem até hoje de uma colisão cósmica espetacular. As novas obser

Metade das estrelas pode estar fora das galáxias

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Este gráfico ilustra como a equipe mediu um brilho difuso de infravermelho preenchendo de luz os espaços entre as galáxias. Em primeiro lugar, imagens do céu foram coletadas em vários voos de foguetes - uma pequena parte da imagem é mostrada à esquerda. O próximo passo foi remover todas as estrelas e galáxias conhecidas. Os dados restantes revelam padrões de grande escala de luz com aglomerados que são maiores do que as próprias galáxias (centro). Suavizando os dados, é possível ver os padrões de grande escala (à direita).[Imagem: NASA/JPL-Caltech] LUZ DE FUNDO EXTRAGALÁCTICA Astrônomos acreditam ter encontrado indícios de que metade das estrelas do Universo não faz parte de galáxias, vagando isoladas pelo enorme espaço intergaláctico. Há muito se debate a origem da "Luz de Fundo Extragaláctica" (LFE) - as galáxias conhecidas não emitem luz suficiente para explicar todo o brilho que é captado quando observamos o céu - essa radiação fica na faixa infravermelha do

Cometa alterou química da atmosfera de Marte

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Um cometa surgido do espaço profundo passou muito próximo de Marte, no mês passado, provocando uma inesperada chuva de meteoritos que modificou brevemente a química da atmosfera do Planeta Vermelho, revelou a Nasa nesta sexta-feira. O cometa Siding Spring chegou de uma região distante do Sistema Solar conhecida como Nuvem de Oort e sua passagem próxima a Marte, no dia 19 de outubro, a uma velocidade de 56 Km por segundo, foi acompanhada de muito perto pelas sondas que orbitam o planeta ou exploram seu solo. Acreditamos que este tipo de acontecimento ocorre uma vez a cada milhões de anos", disse Jim Green, diretor da Divisão de Ciências Planetárias da Nasa. Quando passou a 140.000 Km de Marte, o cometa desprendeu milhares de quilômetros de poeira, muito mais do que previa a agência espacial americana. "A poeira do cometa caiu na atmosfera superior, criando uma enorme e densa camada ionosférica que literalmente mudou a química da atmosfera superior", disse Green a

Imagem ALMA revolucionária revela génesis planetária

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Segundo pesquisadores, imagens podem revolucionar teorias de formação planetária e ajudar a entender como a Terra surgiu no Sistema Solar. Esta é a imagem mais nítida alguma vez obtida pelo ALMA - mais nítida ainda que as imagens no visível obtidas de forma rotineira pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA. A imagem mostra o disco protoplanetário que rodeia a estrela jovem HL Tauri. Estas novas observações ALMA revelam subestruturas no seio do disco que nunca tinham sido observadas até hoje, mostrando as possíveis posições de planetas a formarem-se nas regiões escuras do sistema.Créditos:ALMA (ESO/NAOJ/NRAO) Esta nova imagem obtida com o ALMA, o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array, revela um detalhe extraordinário, nunca observado até hoje, de um disco de formação planetária em torno de uma estrela jovem. Estas são as primeiras observações do ALMA feitas com a sua configuração quase final e as imagens mais nítidas obtidas até à data no submilimétrico. Os novos

Vermelho escarlate e fumaça negra

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A silhueta preta esfumaçada visível nesta imagem faz parte de uma nuvem maior mas pouco densa de hidrogênio parcialmente ionizado - uma região H II - conhecida por Gum 15. Em imagens de grande angular esta nebulosa aparece como uma agrupamento violeta avermelhado pontuada de estrelas e cortado por opacas camadas de poeira. Esta imagem foca-se numa destas camadas de poeira, mostrando a região central da nebulosa. Estes pedaços escuros de céu parecem ter poucas estrelas devido às camadas de material empoeirado que obscurecem as regiões brilhantes de gás que se encontram por trás. As estrelas ocasionais que podem ser vistas encontram-se na realidade entre nós e Gum 15, no entanto criam a ilusão de que estamos a espreitar por uma janela para um céu mais distante. Gum 15 é esculpida pelos ventos agressivos que fluem das estrelas que se encontram no seu interior e à sua volta. A nuvem localiza-se perto de diversas associações enormes de estrelas incluindo o aglomerado estelar E