Expansão do universo traz limites para exploração humana
Luz
Desde que os astrônomos descobriram que a expansão do universo está acelerando, muitos tentaram imaginar o quanto isto iria restringir o que poderíamos sequer ver com telescópios no futuro. Ocorre que regiões distantes do universo vão acabar por se expandir tão rápido que a luz de qualquer objeto lá pode jamais nos alcançar. O mais distante que a luz emitida por nosso Sol hoje poderia alcançar estaria por volta de 13,7 bilhões de anos-luz de distância. Isso corresponde, em anos, à idade atual do nosso universo.
Superfoguete"
De acordo com cálculos anteriores feitos por Jeremy Heyl, da Universidade da Colúmbia Britânica, em Vancouver, e publicados em artigo no periódico "Physical Review", um "foguete super-avançado" poderia fazer todo este percurso em um tempo de vida humana. Uma aceleração por volta de nove metros por segundo a cada segundo poderia conseguir alcançar 99% do caminho para o "horizonte" da expansão. Apesar da vasta distância, isto iria tomar cerca de 50 anos para um astronauta, porque o tempo passaria mais lentamente na nave devido à relatividade.
Agora, em um artigo que aparece no "Publications of the Astronomical Society of Australia", Juliana Kwan e seus colegas descobriram que a viagem poderia levar ainda menos tempo. Baseados nos valores cósmicos mais recentes para a energia escura e outros parâmetros, eles mostraram que um astronauta poderia fazer a jornada em apenas 30 anos. Mas seus cálculos também sugerem que fazer a tripulação retornar para casa já seria um desafio em si. Mesmo pequenas incertezas na força da energia escura --assunto altamente discutido hoje-- ou a densidade total de matéria no universo poderia fazer com que uma espaçonave não pudesse alcançar a Terra por milhões de anos-luz.
Começar a desaceleração apenas um segundo mais tarde poderia fazê-la ultrapassar a Via Láctea, diz Kwan: "Você efetivamente ficaria perdido no espaço". Além disso, mesmo se você parasse no lugar certo, você ainda ficaria desapontado no retorno. Cerca de 70 bilhões de anos teriam passado na Terra, então o Sol já teria acabado há muito tempo, levando a Terra com ele, e a paisagem estaria praticamente toda escura. Afinal, comparado com esse gigantesco tempo de retorno, de acordo com o físico Caius Lucius Selhorst, da Universidade do Vale do Paraíba, o Sol, atualmente com 4,5 bilhões de anos, já está na metade de sua vida prevista.
Fonte: Universidade de Sydney
Agora, em um artigo que aparece no "Publications of the Astronomical Society of Australia", Juliana Kwan e seus colegas descobriram que a viagem poderia levar ainda menos tempo. Baseados nos valores cósmicos mais recentes para a energia escura e outros parâmetros, eles mostraram que um astronauta poderia fazer a jornada em apenas 30 anos. Mas seus cálculos também sugerem que fazer a tripulação retornar para casa já seria um desafio em si. Mesmo pequenas incertezas na força da energia escura --assunto altamente discutido hoje-- ou a densidade total de matéria no universo poderia fazer com que uma espaçonave não pudesse alcançar a Terra por milhões de anos-luz.
Começar a desaceleração apenas um segundo mais tarde poderia fazê-la ultrapassar a Via Láctea, diz Kwan: "Você efetivamente ficaria perdido no espaço". Além disso, mesmo se você parasse no lugar certo, você ainda ficaria desapontado no retorno. Cerca de 70 bilhões de anos teriam passado na Terra, então o Sol já teria acabado há muito tempo, levando a Terra com ele, e a paisagem estaria praticamente toda escura. Afinal, comparado com esse gigantesco tempo de retorno, de acordo com o físico Caius Lucius Selhorst, da Universidade do Vale do Paraíba, o Sol, atualmente com 4,5 bilhões de anos, já está na metade de sua vida prevista.
Fonte: Universidade de Sydney
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