Estrelas primitivas fora da Via Láctea são descobertas
Nova técnica descobre estrelas primitivas
Depois de anos de disfarce, as estrelas mais "velhas" fora da Via Láctea foram descobertas. Novas observações feitas do telescópio do ESO (Observatório do Sul Europeu) foram utilizadas para resolver um importante quebra-cabeça astrofísico sobre essas estrelas primitivas em nossa vizinhança galáctica - o que é crucial para nosso entendimento referente a história das estrelas no Universo.
"Temos, de fato, encontrado falhas nos métodos usados até agora", disse Else Starkenburg, autor do estudo. "Nossa abordagem nos permite desvendar as estrelas primitivas escondidas entre as outras". Acredita-se que as estrelas primitivas foram formadas a partir de um material forjado logo após o Big Bang, 13.7 bilhões de anos atrás. Elas normalmente têm menos de um milésimo da quantidade de elementos químicos mais pesados que o hidrogênio e hélio encontrado no Sol e são chamadas de "estrelas de metal extremamente pobre". Elas pertencem a uma das primeiras gerações de estrelas do Universo. Essas estrelas são muito raras e principalmente observadas na Via Láctea.
A equipe de astrônomos descobriu que existem diferenças sutis para distinguir a impressão digital química de uma estrela de metal pobre normal e de uma estrela de metal extremamente pobre, explicando o motivo pelo qual os métodos anteriores não conseguiam fazer a identificação. Eles confirmaram o status de diversas estrelas de metal extremamente pobre graças a um espectro muito mais detalhado obtido com o instrumento UVES no Telescópio da ESO. "Em comparação com as impressões digitais que tínhamos antes, isso seria como se nós olhássemos a impressão digital atráves de um microscópio", explicou Vanessa Hill, membro da equipe. Infezmente apenas um pequeno número de estrelas pode ser abservado dessa maneira, pois é muito demorado", completou. "Nosso trabalho não só revelou as primeiras estrelas da galáxia, mas também forneceu uma nova e poderosa técnica para descobrir mais estrelas", concluiu Starkenburg. "Agora não há mais onde se esconder".
As informações são do Observatório do Sul Europeu (ESO).
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