Estrela Mira

 
Mira (Omicron Ceti) é uma estrela gigante vermelha da classe espectral M, dupla e variável, da constelação de Cetus (Baleia) visível no hemisfério sul. Uma das mais brilhantes do céu, Mira era conhecida pelos antigos como a Estrela Maravilhosa, tendo recebido esta alcunha no século XVII por sua característica de mudar de aparência de forma significativa em ciclos de 332 dias (sabe-se hoje que há variação de 304 a 353). Mira varia seu brilho cerca de 1500 vezes, indo da magnitude 2 em seu brilho extremo à magnitude 10, quando então torna-se visível apenas através de telescópios. A estrela mantém seu fulgor máximo apenas durante umas semanas, antes de baixar rapidamente. Em 1596, pouco antes da invenção do telescópio, o monge e astrônomo alemão David Faber, (também conhecido como Fabricius) observou na constelação de Cetus, uma estrela alaranjada onde anteriormente nada havia notado e registrou sua posição. Em 1603, o alemão Johannes Bayer ao compilar seu famoso atlas celeste Uranometria, atribuiu a letra grega Omicron àquela estrela, sem perceber suas variações. Aparentemente tropeçou pela estrela quando esta estava em seu máximo. Tentativas posteriores para encontrá-la falharam, até que fez a sua reaparição mais tarde. Ela só foi definitivamente constatada como variável e seu período calculado em 11 meses no ano de 1638 pelo astrônomo holandês Johann Holwarda.

Mira: uma estrela com cauda

A cauda tem 13 anos-luz, o que corresponde a cerca de 20.000 vezes a distância de Plutão ao Sol. Nunca nada de semelhante havia sido detectado junto a uma estrela. A Mira é uma estrela na fase final da sua vida (uma gigante vermelha) que está a perder grandes quantidades de material da sua superfície. Esta emissão de partículas de carbono, oxigénio e muitos outros elementos essenciais à formação de novas estrelas, planetas e até talvez de vida, deve durar à pelo menos 30.000 anos. A Mira acabará por perder a maior parte da sua massa que se irá acumular no espaço sobre a forma de uma nebulosa. Do que outrora fora uma estrela como o Sol irá apenas restar um pequeno núcleo, uma anã branca. Ainda não é totalmente possível compreender o que de facto está a ocorrer naquela estrela, mas estas observações abrem caminho a novas linhas de investigação. Resta dizer que a estrela Mira está a deslocar-se a uma velocidade de aproximadamente 130 quilómetros por segundo, possivelmente devido à atracção gravitacional de estrelas que ao longo dos tempos passaram por perto.
Fontes:Wikipédia

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Capacete de Thor

Atena para a Lua

Messier 87

Lápis grosso

Banhado em azul

Messier 81

Finalmente, vida extraterrestre detectável?

E se não encontrarmos nada na nossa busca por vida para lá da Terra?

Metade do gás hidrogênio do universo, há muito desaparecido, foi finalmente encontrado

Pesquisas sugerem que nossa galáxia vizinha mais próxima pode estar sendo dilacerada