Hubble cria mapa da matéria escura

 Este é um dos mapas mais detalhado da matéria escura no universo já criado. A localização da matéria escura (cor azul) foi inferida através de observações da exagerada e distorcidas galáxias distantes visto nesta imagem. Crédito da imagem: NASA / JPL-Caltech / ESA / Instituto de Astrofísica da Andaluzia, Universidade do País Basco / JHU    
Através do Telescópio Espacial Hubble foi criado um dos mapas mais nítidos e mais detalhados já feitos da matéria escura no Universo. A matéria escura é representada na imagem pelas manchas claras. Ela é uma substância invisível e desconhecida, nunca detectada diretamente, que se acredita compor 22% da massa do Universo, enquanto a matéria comum, das estrelas e planetas, seres humanos inclusive, representa apenas 4%. A equipe do Dr. Dan Coe, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, direcionou uma das câmeras do Hubble para o gigantesco aglomerado de galáxias Abell 1689, situado a 2,2 bilhões de anos-luz de distância. A gravidade do aglomerado é grande demais, não podendo ser explicada pela matéria comum, então deve ser gerada pela matéria escura. Essa enorme gravidade age como uma lente de aumento cósmica, dobrando e amplificando a luz de galáxias mais distantes, por trás do aglomerado. O efeito, chamado de lente gravitacional, produz imagens múltiplas, distorcidas, e grandemente ampliadas dessas galáxias. Ao estudar as imagens distorcidas é possível calcular a quantidade de matéria que seria necessária para gerar a gravidade que provocou tais distorções. Deduzindo a massa das galáxias visíveis, é obtida a quantidade de matéria escura que deve existir no local. Utilizando este método, o mapa de massa pode ser concebido diretamente a partir dos dados coletados. Os astrônomos estão planejando agora estudar mais aglomerados de galáxias para confirmar a possível influência da energia escura.

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