Apenas quatro por cento das galáxias são como a nossa Via Láctea

Esta imagem, tirada de uma visualização criada pelo Laboratório de Visualização Avançada do Centro Nacional de Aplicações de Supercomputação (NCSA, sigla em inglês), EUA, mostra a formação da Via Láctea entre 13,7 e 16 milhões de anos atrás. Brian O'Shea da Universidade do Estado de Michigan e Michael Norman da niversidade da Califórnia em San Diego colaboraram na pesquisa. Crédito: National Center for Supercomputing Applications.
 
A National Science Foundation, EUA, divulgou hoje a notícia de que astrofísicos compararam galáxias com a Via Láctea e descobriram que apenas quatro por cento delas são similares a nossa. A descoberta indica que nossa galáxia pertence a um raro subconjunto no amontoado de bilhões de galáxias que povoam o cosmos. A equipe de pesquisadores, liderada pela astrofísica Risa Wechsler da Universidade de Stanford, comparou a Via Láctea às galáxias similares em termos de luminosidade – uma medida de quanta luz é emitida – e distância até outras galáxias brilhantes. Descobriu que as galáxias que possuem dois satélites, tão brilhantes e próximos como as Nuvens de Magalhães Pequena e Grande de nossa galáxia, são raras. Com base em análises de dados coletados da pesquisa “Sloan Digital Sky Survey” (SDSS), o estudo é o primeiro dos três estudos sobre as propriedades dos dois satélites mais massivos da Via Láctea.

O artigo foi publicado na revista Astrophysical Journal hoje. Primeiramente, os pesquisadores fizeram simulações em computador para recriar o universo primordial a partir de conjuntos específicos em condições iniciais. As simulações foram então comparadas aos dados do SDSS. O grupo foi capaz de testar diferentes teorias de formação de galáxia para determinar se, ou não, cada uma resultaria em um universo que coincide com o que vemos hoje. Os resultados das simulações mostraram que apenas quatro por cento das galáxias simuladas tinham dois satélites como as Nuvens de Magalhães, em termos de suas localizações e velocidades. Wechsler acredita que pesquisas futuras permitirão estender este estudo aos satélites de galáxias com o mesmo nível de luminosidade, de forma a construir uma imagem completa da formação de nossa galáxia.

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