Galáxia Espiral Messier 81

Créditos:NASA/JPL-Caltech/S. Willner (Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics)
 
Os impressionantes braços espirais da galáxia próxima Messier 81 são destacados nessa imagem obtida pelo Telescópio Espacial da NASA Spitzer. Localizada na constelação do norte da Ursa Major, essa galáxia é facilmente visível através de binóculos ou pequenos telescópios. A M81 é considerada próxima pois está localizada a uma distância de 12 milhões de anos-luz da Terra. Devido a sua proximidade, a M81 fornece aos astrônomos a grande oportunidade de estudar a anatomia de uma galáxia espiral em detalhe. A resolução espacial sem precedentes e a sensibilidade do Spitzer aos comprimentos de onda do infravermelho mostram na imagem acima a clara separação entre alguns dos principais elementos que formam a galáxia: as estrelas velhas, a poeira interestelar aquecida pela atividade de formação de estrelas e os locais onde ocorrem massivas formações de estrelas.

A imagem infravermelha também permite fazer medidas quantitativas do conteúdo de poeira geral da galáxia, bem como medir a taxa com a qual novas estrelas estão se formando na galáxia. A imagem infravermelha foi obtida com o conjunto de câmeras infravermelhas do Spitzer. Essa imagem é uma composição de cores da luz invisível, mostrando emissões de comprimento de onda de 3.6 mícron em azul, de 4.5 mícron em verde, de 5.8 mícron em amarelo e de 8.0 mícron em vermelho.

Soprados para fora do bulbo central branco azulado da galáxia, onde predominam as estrelas velhas e onde existe pouca poeira, os grandes braços espirais são dominados pela emissão infravermelha da poeira. A poeira na galáxia é banhada por luz ultravioleta e por radiação visível das estrelas ao redor. Uma vez que absorve um fóton de radiação ultravioleta ou visível, um grão de poeira é aquecido e e emite novamente a energia em comprimentos de onda mais longos do infravermelho. As partículas de poeira compostas de sílica (semelhante à areia da praia) e por hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, que traçam a distribuição de gás na galáxia.

 O gás bem misturado, que é melhor detectado nos comprimentos de onda de rádio e a poeira fornecem um reservatório de matéria prima para a futura formação de estrelas. Os nós granulares brilhantes ao infravermelho dentro dos braços espirais denotam regiões onde estrelas massivas estão nascendo em gigantescas regiões conhecidas como H II (hidrogênio ionizado). A emissão de 8 mícron traça as regiões de formação ativa de estrelas da galáxia.

Estudando a localização dessas regiões com relação à distribuição geral de massa e de outros constituintes da galáxia, como por exemplo, o gás, ajudará a identificar as condições e os processos necessários para formação das estrelas. Com as observações do Spitzer, essa informação nos chega sem as complicações da absorção pela poeira fria da galáxia que faz com que as observações feitas na luz visível sejam incertas. As estrelas brancas espalhadas através do campo de visão são estrelas de primeiro plano localizadas dentro da própria Via Láctea.
Fonte: http://www.spitzer.caltech.edu/images/1070-ssc2003-06c-Spiral-Galaxy-Messier-81

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Lua eclipsa Saturno

Um rejuvenescimento galáctico

Uma enorme bolha de rádio com 65.000 anos-luz rodeia esta galáxia próxima

Marte Passando

Observações exploram as propriedades da galáxia espiral gigante UGC 2885

O parceiro secreto de Betelgeuse, Betelbuddy, pode mudar as previsões de supernovas

Telescópio James Webb descobre galáxias brilhantes e antigas que desafiam teorias cósmicas:

Telescópio James Webb encontra as primeiras possíveis 'estrelas fracassadas' além da Via Láctea — e elas podem revelar novos segredos do universo primitivo

Astrônomos mapeiam o formato da coroa de um buraco negro pela primeira vez

Mu Cephei