Planeta misterioso: Netuno completa um ano terrestre, desde sua descoberta
Netuno está prestes a comemorar seu primeiro aniversário, que caíra em 12 de julho, completando um ano netuniano – ou 164,79 anos terrestres – desde a sua descoberta, em 24 de setembro de 1846. Conhecendo-o há tanto tempo, porque ainda sabemos tão pouco sobre o planeta distante? 4,4 bilhões de quilômetros distante da Terra, Netuno foi o primeiro planeta do sistema solar a ser descoberto deliberadamente. Após a classificação do planeta Urano, na década de 1780, os astrônomos estavam perplexos com sua órbita estranha. Eles chegaram à conclusão de que, ou as leis de Isaac Newton eram fundamentalmente falhas, ou outra coisa – um outro planeta – estava puxando Urano de sua órbita prevista. E assim a busca pelo oitavo planeta começou. Não foi até a teoria do matemático francês Urbain le Verrier ser testada no observatório de Berlim por Johann Gottfried Galle que o planeta foi visto pela primeira vez. Netuno foi observado na noite de 23 de setembro de 1846. Verificou-se que ele estava quase exatamente onde le Verrier previu que estaria. Independentemente, o cientista britânico John Couch Adams também produziu resultados semelhantes, e ambos foram creditados pela descoberta. Mas muitos afirmam que eles não foram os primeiros a documentar o planeta, mas sim o famoso astrônomo e matemático Galileu. Em sua famosa obra “O Mensageiro das Estrelas”, algumas evidências apontam para sua descoberta. Especialistas dizem que se você olhar para os desenhos de janeiro de 1613, verá um fantástico de Júpiter e suas luas. Inclui ainda um objeto rotulado como “estrela fixa”, que seria o primeiro desenho telescópico do planeta Netuno. Polêmicas à parte, comparativamente, muito pouco é conhecido sobre o planeta. Parte do problema é que não há nenhuma maneira dele ser visto a olho nu, e até o telescópio espacial Hubble tem dificuldades em observá-lo. Então como ele é? Segundo os astrônomos, como um pedaço congelado de gases também congelados. Não deve ser um lugar amigável. Uma das coisas mais interessantes sobre Netuno é o tempo. “Céu nublado com chances de chuva de metano” seria uma das descrições possíveis.
Após a desclassificação de Plutão em 2006, Netuno é agora o planeta mais externo do sistema solar
Ventos podem chegar a 1.930 quilômetros por hora, criando tempestades inimagináveis na Terra. Essas tempestades enormes são vistas como manchas escuras de uma forma semelhante à Grande Mancha Vermelha de Júpiter (e ainda existe a Grande Mancha Branca de Saturno, mais uma tempestade forte demais para nossos cabelos). A razão pela qual os astrônomos sabem tão pouco sobre o planeta é que ele só foi fotografado uma vez de perto, na missão Voyager 2 em 1989. E como suas estações duram 40 anos terrestres, só a primavera o e início do verão foram estreitamente documentados em Netuno. A partir de 1989, Netuno começou a ser observado constantemente por telescópios grandes, e cada vez apresenta uma surpresa diferente. Tempestades foram aparecendo, se formando e mudando muito mais rapidamente do que se pensava anteriormente. Hoje, estamos olhando para um planeta muito diferente da foto tirada pela Voyager 2. Entretanto, a chance de descobrir mais sobre o planeta ainda está muito longe. Missões da NASA para Netuno estão fora de questão no momento – como um lançamento até lá anteriormente previsto para 2016, que nem figura mais na lista de missões da agência – devido a restrições orçamentárias. As prioridades são outras (mesmo que nunca tenha havido uma missão para lá). Mesmo a missão New Horizons, enviada para descobrir mais sobre Plutão e os confins do sistema solar, que passará pela órbita de Netuno em 24 de agosto de 2014, não foi organizada para acompanhar de perto o planeta. Em vez disso, fotos estão sendo tiradas de Netuno e sua lua para testar equipamento de imagem e não para quaisquer fins científicos mais importantes. Ainda assim, feliz aniversário, Netuno! Embora acender 164 velas sob um vento tão forte não deva ser uma boa ideia.
Fontes: http://hypescience.com/
http://www.bbc.co.uk/news/magazine-14081162
Após a desclassificação de Plutão em 2006, Netuno é agora o planeta mais externo do sistema solar
Ventos podem chegar a 1.930 quilômetros por hora, criando tempestades inimagináveis na Terra. Essas tempestades enormes são vistas como manchas escuras de uma forma semelhante à Grande Mancha Vermelha de Júpiter (e ainda existe a Grande Mancha Branca de Saturno, mais uma tempestade forte demais para nossos cabelos). A razão pela qual os astrônomos sabem tão pouco sobre o planeta é que ele só foi fotografado uma vez de perto, na missão Voyager 2 em 1989. E como suas estações duram 40 anos terrestres, só a primavera o e início do verão foram estreitamente documentados em Netuno. A partir de 1989, Netuno começou a ser observado constantemente por telescópios grandes, e cada vez apresenta uma surpresa diferente. Tempestades foram aparecendo, se formando e mudando muito mais rapidamente do que se pensava anteriormente. Hoje, estamos olhando para um planeta muito diferente da foto tirada pela Voyager 2. Entretanto, a chance de descobrir mais sobre o planeta ainda está muito longe. Missões da NASA para Netuno estão fora de questão no momento – como um lançamento até lá anteriormente previsto para 2016, que nem figura mais na lista de missões da agência – devido a restrições orçamentárias. As prioridades são outras (mesmo que nunca tenha havido uma missão para lá). Mesmo a missão New Horizons, enviada para descobrir mais sobre Plutão e os confins do sistema solar, que passará pela órbita de Netuno em 24 de agosto de 2014, não foi organizada para acompanhar de perto o planeta. Em vez disso, fotos estão sendo tiradas de Netuno e sua lua para testar equipamento de imagem e não para quaisquer fins científicos mais importantes. Ainda assim, feliz aniversário, Netuno! Embora acender 164 velas sob um vento tão forte não deva ser uma boa ideia.
Fontes: http://hypescience.com/
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