WISE descobre primeiro dos chamados asteróides Troianos da Terra

Conceito deste artista ilustra o asteróide Trojan primeiro conhecido da Terra, descoberto por Neowise O asteróide é mostrado em cinza ea sua órbita extrema é mostrada em verde. Órbita da Terra em torno do sol é indicado por pontos azuis. Crédito da imagem: Paul Wiegert, University of Western Ontário, Canadá
Astrônomos estudando as observações feitas com a missão Wide-field Infrared Survey Explorer da NASA, ou WISE descobriram o primeiro conhecido asteróide Troiano orbitando o Sol juntamente com a Terra. Os Troianos são asteróides que compartilham sua órbita com um planeta próximo a pontos estáveis em frente ou atrás do planeta. Pelo fato deles estarem na mesma órbita do planeta eles nunca colidem com ele. No nosso Sistema Solar, asteróides Troianos também compartilham órbitas com Netuno, Marte, e Júpiter. Duas das luas de Saturno compartilham órbita com asteróides Troianos. Os cientistas já haviam previsto que a Terra deveria ter Troianos, mas eles tiveram dificuldades em encontrá-los pois eles são relativamente pequenos e aparecem próximo do Sol do ponto de vista da Terra. 

“Esses asteróides aparecem na maior parte do tempo durante o dia, fazendo com que seja muito difícil vê-los”, disse Martin Connors da Universidade de Athabasca no Canadá, principal autor do artigo que relata a descoberta e que foi publicado na edição de 28 de Julho de 2011 da revista Nature, e que pode ser encontrado no final desse post. “Mas nós finalmente encontramos um, pois esse objeto tem uma órbita pouco comum que faz com que ele caminhe para longe do Sol, mais do que o normal para os Troianos. A missão WISE virou esse jogo a nosso favor, nos dando um ponto de vista difícil de ter a partir da Terra”. 

O telescópio WISE vasculhou todo o céu na luz infravermelha de Janeiro de 2010 até Fevereiro de 2011. Connors e sua equipe começaram a sua pesquisa por um Troiano da Terra usando dados da missão NEOWISE, um adendo à missão WISE focado em parte nos chamados near-Earth Objects, ou NEOs, como asteróides e cometas. Os NEOs são corpos que passam a uma distância de 45 milhões de quilômetros da distância entre a Terra e o Sol. O projeto NEOWISE observou mais de 155.000 asteróides no cinturão principal de asteróides entre Marte e Júpiter e mais de 500 NEOs, descobrindo 132 previamente desconhecidos.
Asteróide 2010 TK7 está circulado em verde, neste único frame tomadas pelo Explorer, da NASA, Pesquisa Wide-field Infrared, ou WISE. A maioria dos outros pontos são estrelas ou galáxias muito além do nosso sistema solar. Crédito da imagem: NASA / JPL-Caltech / UCLA
 
A caçada da equipe resultou em dois candidatos a asteróides Troianos. Um chamado de 2010 TK7 foi confirmando como um Troiano da Terra depois de seguidas observações feitas também com o Telescópio Canadá-França-Havaí em Mauna Kea no Havaí. O asteróide tem aproximadamente 300 metros de diâmetro. Ele tem uma órbita pouco comum que traça um movimento complexo próximo do ponto estável no plano de órbita da Terra, embora o asteróide também se mova acima e abaixo desse plano. O objeto está a aproximadamente 80 milhões de quilômetros da Terra. A órbita do asteróide é bem definida e pelo menos nos próximos 100 anos, ele não chegará a uma distância inferior a 24 milhões de quilômetros da Terra.

 “É como se a Terra e o asteróide estivessem brincando de siga o líder”, disse Amy Mainzer, pesquisadora principal da missão NEOWISE no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena na Califórnia. “A Terra sempre está perseguindo esse asteróide ao seu redor”. Uma pequena quantidade de outros asteróides também têm órbitas similares em relação à Terra. Esses objetos seriam excelentes candidatos para futuras explorações robóticas ou humanas. O asteróide 2010 TK7 não é um bom alvo pois ele viaja muito distante acima e abaixo do plano de órbita da Terra, o que necessitaria de uma grande quantidade de combustível para alcança-lo.

“Essa observação ilustra por que o programa de observação NEO da NASA financiou a missão trazendo melhorias para o processo de coleta de dados pelo WISE”, disse Lindley Johnson, executivo do programa NEOWISE na sede da NASA em Washington. “Nós acreditamos que existe um grande potencial para encontrar objetos próximos da Terra que não tinham sido identificados anteriormente”. Os dados da NEOWISE sobre a órbita de centenas de milhares de asteróides e cometas que foram observados estão disponíveis através do Minor Center Planet da União Astronômica Internacional, um projeto financiado pela NASA, no Smithsonian Astrophysical Observatry em Cambridge, Mass.
Fonte: http://www.jpl.nasa.gov/news/

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