14 Estrelas fujonas que correm como loucas pelo cosmo

Imagens do Hubble, telescópio da NASA, mostraram 14 jovens estrelas com um comportamento incomum: elas correm pelo espaço sideral, com uma velocidade enorme, cortando gigantescas nuvens de gás.  As estrelas estão passando por uma região com denso gás interestelar, e sua interferência cria estruturas brilhantes no espaço, além de trilhas de poeira brilhante por onde passam. Esse fenômeno acontece quando a matéria que se desprende de uma estrela (vento estelar) se choca com os gases. De acordo com cientistas, o fenômeno é similar ao de um barco em alta velocidade, empurrando água para todos os lados.  Os astrônomos podem apenas estimar a massa, a velocidade e a idade dessas estrelas. A idade é determinada pela força de seu vento estelar – apenas estrelas muito novas ou muito velhas possuem vento estelar. As observações da NASA indicam que são estrelas jovens, com apenas alguns milhões de anos. Outro fato interessante é que cientistas acreditavam que apenas estrelas que tivessem massa, no mínimo, dez vezes maior do que a do Sol fossem capazes de produzir vento estelar. No entanto, de acordo com a observação da NASA, essas estrelas errantes têm, mais ou menos, oito vezes mais massa do que o Sol.  As marcas que os choques deixaram na poeira interestelar têm o tamanho equivalente a 170 sistemas solares (medidos pela órbita de Netuno). O tamanho dessas marcas indica que as estrelas viajam a mais de 180.000 km/h, velocidade cinco vezes maior do que a esperada em estrelas jovens.  “Acho que descobrimos uma nova classe de estrelas brilhantes que viajam em alta velocidade. Encontra-las foi uma grande surpresa, porque não estávamos procurando por elas. A primeira vez que vi as imagens disse ‘Nossa, são como balas disparadas no espaço! ’” diz Raghvendra Sahai, cientista da NASA que tirou as fotos usando o Hubble.  Não foi a primeira vez que estrelas com esse comportamento foram avistadas. Em 1983, pesquisas avistaram objetos semelhantes, mas com massa muito maior, provocando ventos estelares mais fortes. A descoberta de Sahai pode representar uma nova classe de estrelas. De tamanho médio, brilhantes e atravessando o espaço “como balas”.
Fonte: http://hypescience.com/
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