Cientistas recriam a Via Láctea em simulação

Cientistas resolveram recriar a Via Láctea para entender os processos cósmicos de galáxias espirais. Os pesquisadores suíços e americanos conseguiram produzir a primeira simulação de galáxias em espiral bem sucedida, com um poderoso supercomputador e nove meses de trabalho intenso. Outros estudos já haviam tentado simular o disco massivo de galáxias como a Via Láctea, mas falharam porque as galáxias tinham muitas estrelas em seu centro, formando enormes protuberâncias centrais em relação ao tamanho do disco. 
 
A nova simulação é conhecida como galáxia Eris, a mais realista até agora. Os cientistas tiveram um grande aliado desta vez: um supercomputador da NASA que realiza 1,4 milhões de processamentos por hora, além de simulações adicionais incluídas pelo Centro Nacional Suíço de Supercomputação. Um software foi utilizado para rastrear os movimentos de 60 milhões de partículas, que representam o gás galáctico, assim como matéria escura, ao longo de mais de 13 bilhões de anos.  A simulação realista da formação estelar também foi uma das chaves para o sucesso do experimento. Isso porque a formação de estrelas nas galáxias reais ocorre em grupos, e reproduzir isso fora de uma simulação cosmológica é muito difícil.
 
Astrônomos afirmam que o universo é composto por 4,6% de matéria normal, 23,3% de matéria escura e 72,1% de energia escura. Mas como os pesquisadores acharam difícil produzir galáxias como a Via Láctea usando essa fórmula na prática, o modelo vigente está sendo questionado. A virtual galáxia Eris é altamente projetada por supercomputação, mas não a confunda com a Via Láctea real: apesar de Eris ser uma simulação com alta resolução incrível, seus 60 milhões de partículas de gás e matéria escura são insignificantes perto das centenas de bilhões de estrelas da Via Láctea.
Fonte: http://hypescience.com/
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