Um Pássaro Zangado no Céu
Esta nova imagem da Wide Field Imager no MPG / ESO telescópio de 2.2 metros mostra a Nebulosa Lambda Centauri.Créditos: ESO
A nova imagem do instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2.2 metros revela a Nebulosa Lambda Centauri, uma nuvem de hidrogénio brilhante e estrelas recém-nascidas na constelação de Centauro. À nebulosa, também conhecida como IC 2944, dá-se muitas vezes o nome popular de nebulosa da Galinha Fugitiva, devido à forma de pássaro que algumas pessoas identificam na região mais brilhante. Na nebulosa, situada a cerca de 6500 anos-luz de distância, as estrelas quentes recém-nascidas que se formaram a partir de nuvens de hidrogénio gasoso brilham intensamente no ultravioleta. Esta radiação intensa excita, por sua vez, a nuvem de hidrogénio à sua volta, fazendo com que esta nuvem brilhe em tons de vermelho. Esta cor é típica de regiões de formação estelar, sendo outro exemplo famoso a Nebulosa da Lagoa. Algumas pessoas pensam ver a forma de uma galinha nas imagens desta região de formação estelar avermelhada, o que dá à nebulosa o seu nome popular - embora exista algum desacordo sobre que parte da nebulosa é que tem efetivamente a forma de galinha, distinguindo-se aparentemente diferentes formas de pássaro por toda a imagem. Este gráfico mostra a localização da nebulosa Chicken Running (IC2944), na constelação Centaurus.Este mapa mostra a maioria das estrelas visíveis a olho nu sob boas condições ea localização da nebulosa em si é marcado com um círculo vermelho. Apesar de a estrela do aglomerado IC 2948, associado a esta nebulosa, é facilmente visto em um pequeno telescópio, a nebulosa é muito ténue e só foi descoberto fotograficamente no início do século 20.crédito:ESO, IAU e Sky & Telescope
Para além do gás brilhante, outro sinal de formação estelar na IC 2944 consiste numa série de glóbulos negros opacos que aparecem em silhueta sob o fundo vermelho, em algumas partes da imagem. São exemplos de um tipo de objetos chamados glóbulos de Bok. Aparecem escuros porque absorvem radiação do fundo luminoso. No entanto, observações destes glóbulos escuros com telescópios infravermelhos, que observam através da poeira que normalmente bloqueia a radiação visível, revelaram estrelas a formarem-se no interior de muitos deles. A coleção mais proeminente de glóbulos de Bok nesta imagem é conhecida por Glóbulos de Thackeray, devido ao astrónomo sul americano que os descobriu nos anos 1950. Visíveis no seio de um grupo de estrelas brilhantes, em cima e à direita na imagem, estes glóbulos aparecem numa imagem famosa obtida com o Telescópio Espacial Hubble, da NASA/ESA. Enquanto o Hubble obtém uma imagem de uma pequena região do céu em grande detalhe, o Wide Field Imager, montado no telescópio MPG/ESO de 2.2 metros no Observatório de La Silla do ESO, captura imagens muito maiores, cobrindo uma área do céu aproximadamente do tamanho da Lua Cheia. Tal como uma lente zoom que permite ao fotógrafo escolher o enquadramento mais apropriado a uma fotografia, também os diferentes campos oferecidos por diferentes telescópios permitem aos cientistas obter dados complementares no estudo de objetos astronómicos que cobrem uma extensa região do céu. Se as estrelas que fizeram casulo nos glóbulos de Thackeray estão ainda em gestação, as estrelas do enxame IC 2948 embutidas no interior da nebulosa, são as suas irmãs mais velhas. Ainda jovens em termos estelares, com apenas alguns milhões de anos de idade, estas estrelas brilham intensamente e a sua radiação ultravioleta fornece muita da energia que ilumina a nebulosa. Estas nebulosas brilhantes têm uma vida relativamente curta em termos astronómicos (tipicamente alguns milhões de anos), o que significa que a Nebulosa Lambda Centauri irá eventualmente desvanecer à medida que perde gás e combustível de radiação ultravioleta.
Fonte: http://www.eso.org/public/portugal/news/eso1135/
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