Aumenta mistério sobre origem dos raios cósmicos
O IceCube é um incrível laboratório de um quilômetro cúbico construído do meio do gelo da Antártica. [Imagem: IceCube]
Neutrinos não encontrados
Não bastasse os astrônomos não terem encontrado matéria escura ao redor do Sol, os físicos também não encontraram neutrinos nas colossais explosões conhecidas como erupções de raios gama (ou GRB: gamma-ray bursts). E é justamente lá onde as teorias afirmavam ser mais provável que os neutrinos fossem encontrados. A constatação é da equipe do Observatório IceCube, um incrível laboratório de um quilômetro cúbico construído do meio do gelo da Antártica. O IceCube possui 5.160 módulo ópticos digitais capazes de rastrear múons com muita precisão. Múons são equivalentes mais pesados dos elétrons, que são criados quanto os neutrinos colidem com átomos no gelo. "Segundo o modelo mais aceito, nós deveríamos observar 8,4 eventos correspondentes à produção de neutrinos de uma explosão de raios gama nos dados do IceCube usados para esta busca," explica Spencer Klein, membro da equipe. "Nós não encontramos nenhum, o que indica que as erupções de raios gama não são a fonte dos raios cósmicos de ultra alta energia," conclui ele.
Astronomia de neutrinos
Em 2010, mesmo antes de estar pronto, o IceCube já havia descoberto um padrão inusitado nos raios cósmicos, que também desafia as teorias. "Embora seja desapontador não ter encontrado um sinal de neutrino originando-se das GRBs, este é o primeiro resultado da astronomia de neutrinos que é capaz de impor fortes limites aos modelos astrofísicos extragalácticos. E isso marca o início de uma nova era na área da astronomia de neutrinos," disse Peter Redl, outro membro da equipe. De fato, segundo esses modelos, agora resta uma única fonte possível dos neutrinos de alta energia: os núcleos ativos de galáxias e seus buracos negros supermaciços. Em 2007, o Observatório Pierre Auger conseguiu uma associação entre os neutrinos de alta energia e os núcleos ativos de galáxias. Mas o IceCube, ainda no início de suas operações, não possui dados nem para confirmar e nem para descartar essa possibilidade. O laboratório IceCube congrega 260 cientistas de 42 instituições de 11 países.
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br
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