Buracos negros obesos

Galáxias NGC 4342, à esquerda, e NGC 4291: buracos negros com massa maior que o esperado

Um estudo divulgado em junho está fazendo os astrônomos reverem o que sabiam sobre a evolução dos buracos negros, corpos com densidade tão elevada que nada escapa de sua atração gravitacional, nem a luz. Imagens feitas pelo telescópio espacial Chandra, da Nasa, mostraram que os buracos negros que ocupam o centro de duas galáxias relativamente próximas à Via Láctea estão ganhando massa mais rápido do que deveriam. A massa desses buracos negros em geral é centenas de milhões a bilhões de vezes maior que a do Sol e equivalente a 0,2% da massa total do bojo, a região mais central e luminosa da galáxia. Nas galáxias NGC 4342 e NGC 4291, porém, o Chandra detectou buracos negros com massa de 10 a 35 vezes maior do que o esperado. 

O halo de matéria escura que envolve essas galáxias também é muito maior que o normal. Esses dados sugerem que a evolução dos buracos de massa muito elevada está ligada à massa dos halos de matéria escura, e não à do bojo das galáxias. “Esse trabalho nos dá mais evidências da ligação entre dois dos mais misteriosos fenômenos da astrofísica, os buracos negros e a matéria escura”, disse Akos Bogdan, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, coordenador do estudo, apresentado na reunião anual da Sociedade Astronômica Americana. Ele acredita que esses buracos negros ganharam massa rapidamente e consumiram o gás que poderia ter originado mais estrelas.

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