O mistério por trás do extinto campo magnético da Lua

A Lua é o único satélite natural da Terra, e gerava um campo magnético surpreendentemente intenso.
Esse campo permaneceu por, pelo menos, 3,5 bilhões de anos, de acordo com novo estudo, o que representa 160 milhões de anos a mais do que se imaginava. A ilustração mostra um mecanismo sugerido para a criação de um campo magnético antigo na Lua. Neste cenário, o campo magnético afetaria as rochas espaciais lunares criando instabilidade no núcleo da Lua, o que resultaria em um dínamo que criaria e manteria esse campo magnético. Com os resultados que se obteve através desta nova pesquisa, seria possível compreender melhor não apenas o campo magnético da Lua, que hoje é extremamente fraco, mas também os de asteroides e outros planetas distantes, segundo afirmam os pesquisadores.
 
O campo magnético da Terra, por exemplo, é criado por seu dínamo interno, que por sua vez, é gerado pelos movimentos do núcleo de metal derretido da Terra. Em 2012, os cientistas revelaram que o dínamo lunar esteve presente em seu núcleo por mais tempo do que se imaginava. Além disso, há uma teoria que dá conta de explicar porque o dínamo permaneceu no interior da Lua durante tanto tempo. De acordo com os pesquisadores, não existe uma só explicação. Pode-se considerar pelo menos duas: a primeira seria que com os impactos cósmicos gigantes a Lua balançou o suficiente para conduzir e manter o seu dínamo.
 
 O que sustenta essa teoria é o fato de que o satélite já tenha experimentado diversas colisões maciças até cerca de 3,7 bilhões de anos atrás, o que ocasionou as mais distintas crateras existentes em sua superfície. A segunda explicação seria o fato de que a Lua produz oscilações por conta da forma como o seu núcleo gira em torno de um eixo diferente do seu entorno. Esse processo poderia interferir drasticamente em seu núcleo. A Lua é como um laboratório gigante onde podemos testar nossas teorias sobre como os planetas se formam e evoluem”, disse Clément Suavet, geocientista ao LiveScience. As descobertas da pesquisa foram detalhadas na revista online Proceedings of National Academy of Sciences.
Fonte: Jornal Ciência

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Capacete de Thor

Atena para a Lua

Messier 87

Finalmente, vida extraterrestre detectável?

Banhado em azul

Messier 81

Lápis grosso

E se não encontrarmos nada na nossa busca por vida para lá da Terra?

Metade do gás hidrogênio do universo, há muito desaparecido, foi finalmente encontrado

Pesquisas sugerem que nossa galáxia vizinha mais próxima pode estar sendo dilacerada