Estudo mostra que buracos negros não apagam por completo

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Alguns cientistas têm defendido por décadas que os buracos negros são vazios infinitos, entidades que sugam toda informação ao redor e que então evaporam sem deixar nenhuma pista para trás do que continha neles, mas um novo estudo publicado na revista Physical Review Letters, mostra que essa hipótese pode estar incorreta. Nos anos de 1970, Stephen Hawking propôs que os buracos negros eram capazes de irradirar partículas, e que a energia perdida durante esse processo poderia fazer com que os buracos negros se encolhessem e eventualmente desaparecessem.

Ele posteriormente concluiu que as partículas emitidas por um buraco negro não forneceriam pistas sobre o que localizava-se dentro dele, significando que qualquer informação presente dentro do buraco negro iria desaparecer completamente uma vez que a entidade evapora-se. Apesar de Hawking mais tarde ter dito que ele estava errado e que a informação poderia sim escapar dos buracos negros, o tema de se e como seria possível recuperar a informação do buraco negro permanecia um tópico para debates.

“De acordo com o nosso trabalho, a informação não se perde por completo quando entra num buraco negro. Ela não desaparece simplesmente”, disse o co-autor do trabalho Dr. Dejan Stojkovic da Universidade de Buffalo. Essa é uma importante descoberta pois mesmo os físicos que acreditavam que a informação se perdia nos buracos negros tinham problemas em mostrar matematicamente como isso poderia acontecer”, disse ele. Ao invés de olhar somente as partículas emitidas pelos buracos negros, o Dr. Stojkovic e seu colega, também da Universidade de Bufalo, o estudante de doutorado Anshul Saini, também levaram em consideração as sutis interações entre as partículas.

Fazendo isso, eles encontraram que é possível para um observador localizado fora de um buraco negro recuperar a informação sobre o que está dentro dele. As interações entre as partículas podem variar desde a atração gravitacional até a troca de fótons entre as partículas. Sabe-se que essas correlações existem há muito tempo, mas muitos cientistas as descontavam como não sendo importantes, no passado”.

“Essas correlações foram ignoradas em cálculos relacionados desde que acreditava-se que elas eram muito pequenas e não eram capazes de fazer uma diferença significante”, disse o Dr. Stojkovic. “Nossos cálculos explícitos mostram que apesar dessas correlações começarem muito pequenas, elas crescem com o tempo e tornam-se grandes o suficiente para mudar a saída”.



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