Astrônomos registram imenso lago de lava na região patera Loki em Io
Os cientistas, analisando as imagens de alta resolução obtidas pelo Large Binocular Telescope Observatory no Arizona, descobriram um enorme lago de lava em Io, o quinto satélite de Júpiter e o terceiro maior deles. Io é levemente maior que a nossa Lua, mas é o corpo mais geologicamente ativo do nosso Sistema Solar. Centenas de áreas vulcânicas pontuam a superfície, que é na sua maioria coberta com enxofre e dióxido de enxofre. A maior dessas feições vulcânicas, denominada de Loki, em homenagem ao deus nórdico muitas vezes associado com o fogo e com o caos, é uma depressão vulcânica chamada de patera, onde o crosta de lava mais densa solidificando no topo de um lago de lava, episodicamente afunda no lago, fazendo com que surja uma emissão térmica que regularmente é observada da Terra.
Loki, tem somente 200 km de diâmetro, e até então era muito pequena para ser observada por telescópios baseados na superfície da Terra. Agora, graças ao Large Binocular Telescope Interferoemter (LBTI), um grupo de astrônomos foi capaz de observar a região de Loki Patera em detalhes pela primeira vez, desde a Terra. Nós temos observado emissões brilhantes – sempre como uma mancha não resolvida – surgindo em diferentes locais em Loki Patera, durante anos.
Novas imagens feitas pelo LBTI têm mostrado pela primeira vez que essas emissões nascem simultaneamente de diferentes locais em Loki Patera”, disse o Prof. Imke de Pater, da Universidade da Califórnia, Berkeley. Isso sugere fortemente que a feição em forma de ferradura é muito provavelmente um lago de lava ativo como se tinha como hipótese no passado. Um dos membros da equipe, o Dr. Chick Woodward, da Universidade de Minnesota adicionou: “estudando a atividade vulcânica dinâmica em Io, que está constantemente remoldando a superfície do satélite, representa pistas para a estrutura interior desse satélite”.
“Isso ajuda a pavimentar o caminha para futuras missões da NASA como a Io Observer. A órbita altamente elíptica de Io perto de Júpiter sofre constantemente com as marés que estressam o satélite, como uma laranja exprimida, onde o suco pode escapar por meio de fraturas na pela da laranja”.
Fonte: http://www.sci-news.com
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