Misteriosas colinas flutuantes em Plutão

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As geleiras de gelo de nitrogênio em Plutão parecem carregar uma carga intrigante: numerosas e isoladas colinas que podem ser fragmentos de gelo de água das terras soerguidas da superfície de Plutão ao redor. Essas colinas individualmente medem de um a alguns quilômetros de diâmetro de acordo com as imagens e os dados enviados pela sonda New Horizons da NASA. As colinas, que estão na vasta planície de gelo, conhecida como Sputnik Planum, dentro do coração de Plutão, são provavelmente, versões em miniaturas de montanhas maiores localizadas na borda oeste da Sputnik Planum. Elas são outro exemplo da fascinante e da abundante atividade geológica de Plutão.

Devido ao fato do gelo de água ser menos denso do que o gelo dominado pelo nitrogênio, os cientistas acreditam que essas colinas de gelo de água estão flutuando num mar de nitrogênio congelado e se move com o tempo como os icebergs observados nos oceanos congelados da Terra. As colinas são provavelmente fragmentos das terras elevadas que se quebraram e estão sendo carregadas pelas geleiras de nitrogênio na Sputnik Planum. Cadeias de colinas flutuantes são formadas ao longo da passagem das geleiras.

Quando as colinas entram no terreno celular da região central da Sputnik Planum, elas se tornam sujeitas aos movimentos convectivos do gelo de nitrogênio, e são empurradas para as bordas das células, onde os aglomerados das colinas em grupos atingem cerca de 20 quilômetros de diâmetro. Na parte  terminal norte da imagem, a feição informalmente chamada de Challenger Colles – em homenagem à tripulação perdida no acidente do Ônibus Espacial Challenger – parece ser uma acumulação especialmente grande dessas colinas, medindo 60 por 35 quilômetros. Essa feição está localizada perto da borda com as terras elevadas, longe do terreno celular, e podem representar uma localização onde as colinas estão ficando espraiadas, devido ao fato do gelo de nitrogênio estar ficando especialmente raso.

A imagem acima mostra o detalhe da imagem maior que cobre boa parte do hemisfério de Plutão observado pela New Horizons. O detalhe foi obtido pelo instrumento Multispectral Visible Imaging Camera, ou MVIC da New Horizons. O norte está para cima, a iluminação vem da parte superior esquerda da imagem. A imagem tem uma resolução de cerca de 320 metros por pixel. A imagem mede quase 500 quilômetros de comprimento e cerca de 340 quilômetros de largura. Ela foi obtida a aproximadamente 16000 quilômetros de distância da superfície de Plutão, 12 minutos antes da maior aproximação da sonda New Horizons com o planeta anão.

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