10 coisas fascinantes que acontecem ao corpo humano no espaço
Fala-se cada vez mais nas viagens
espaciais, no sair do nosso planeta Terra para habitar outros planetas, mas o
homem, tal como existe, não está preparado para uma epopeia no espaço. Quem o
diz são os resultados obtidos nos vários anos de experiência das agências
espaciais.
Há alguns trabalhos que detalham
todos os efeitos que afetam o corpo humano quando este é sujeito a uma
temporada no espaço.
São já muitos os pensadores,
estudiosos e cientistas que não têm dúvidas de que a raça humana irá precisar
abandonar a mãe Terra. Se vamos todos ou só uma parte, teremos sempre pela
frente uma viagem espacial que é ainda uma miragem neste destino final.
Dizemos miragem porque mesmo com
determinados magnatas como Elon Musk, com o seu projeto SpaceX, ou Richard
Branson da Virgin Galactic a incentivar e a impulsionar o turismo espacial, há
ainda um grande desconhecimento e um descontrolado desejo de enfrentar cenários
que não conhecemos, poderão nunca ser umas férias dados os “condicionalismos”
que enfrentaremos. E eles são vários:
10 – Síndrome de Adaptação
Espacial
Sem a gravidade da Terra a pesar
no corpo humano, há uma grande probabilidade do viajante espacial sofrer com o
conhecido síndroma de adaptação espacial. Há sinais que são claros e todos
passam por isso. Desde enjoos, dores de cabeça, desorientação, vertigens,
desconforto intenso e, possivelmente, vómitos.
Há uma estatística que refere que
metade dos que “viveram” no espaço tiveram estes sintomas, se não foram todos
eles, pelo menos alguns.
Estes sintomas não são derivados
da falta de gravidade, são sim de uma mudança súbita na força gravitacional que
deixa o passageiro doente. Com algum tempo o corpo acaba por se adaptar e estes
sintomas irão desaparecer. De pessoa para pessoa há um tempo de resposta
diferente, mas são apenas alguns dias.
Por sugestão de quem lá foi…
tente não vomitar no ambiente de gravidade zero. O vómito do espaço é ainda pior
do que poderá imaginar. Vomitar dentro do fato espacial então é “coisa do
além”. Segundo os astronautas já “experientes” vomitar dentro do fato não será
apenas um incómodo, poderá sim é matá-lo.
9 – Que cheiro é esse?
Certamente não lhe estará a passar
pela cabeça os aromas corporais que invadem as narinas de um marinheiro
embarcadiço por vários meses. Agora imagine anos a fio dentro de uma nave a
caminho de um planeta com cheiros das mais variadas fragrâncias. Se tiver uma
imaginação fértil irá facilmente perceber o cenário e nem mesmo a mais avançada
tecnologia purificadora do ar irá ajudar.
Mas então aquele espaço “vazio”
poderá cheirar a quê?
Os astronautas falam que no
interior da Estação Espacial há um cheiro a metal, mas também a plástico. Já cá
fora o cheiro é outro. Segundo o cosmonauta russo Alexander Skvortsov (quando
há uns anos lhe foi colocada a questão quando era engenheiro na Estação
Espacial Internacional) o espaço tem um cheiro inconfundível. “Sim, o espaço
tem um cheiro próprio. Não consigo explicar, não é agradável e, de tão
peculiar, não se pode confundi-lo com nenhum outro cheiro”.
Já o astronauta norte-americano
Donald Pettit disse que: “A melhor descrição que posso encontrar é metálica”.
Além de vários desconfortos, os cheiros são desagradáveis, quer no interior dos
veículos espaciais, quer mesmo o espaço.
8 – Vai perder as suas unhas
Só de pensar já se está a
encolher? A este fenómeno dá-se o nome de delaminação das unhas. Num estudo
recente, 22 astronautas relataram que tinham perdido as unhas. Portanto, todo o
cuidado, manicure e afins colocados nas unhas… são para deitar fora, elas vão
cair só por si.
Isto tem a ver com a tecnologia
ainda pouco confortável no fabrico dos fatos e, neste caso, das luvas volumosas
do traje espacial. Este modelo de equipamento corta a circulação e a pressão
sobre a ponta dos dedos e isso fará com que as pessoas “lá em cima” percam as
unhas.
Também é verdade que alguns
astronautas, para não acontecer essa perda gradual das unhas, que ao que parece
provoca uma agonia maior, antes de irem para o espaço arrancam-nas.
7 – Nem um ronco
Acredite que vai deixar de
ressonar. Devido à falta de gravidade no seu sistema respiratório, há uma
redução dramática nos problemas respiratórios relacionados com o sono, o que
torna pelo menos o sono comunitário nas salas de sono espacial menos irritante.
Além do sono, a falta de
gravidade também afeta a língua e desse modo esse músculo que ajuda no ronco
não o fará nos confins do espaço.
6 – Problemas de Visão
Após muito tempo no espaço, a sua
visão começará a desfocar. As costas dos seus globos oculares achatam-se um
pouco e suas retinas mudam também um pouco. Por norma estes problemas são
temporários, contudo, há astronautas que demoraram anos até ter a situação
devolvida ao normal.
Dos 300 astronautas que
certamente passaram pelo espaço antes do chamado turismo espacial, cerca de 23%
tiveram problemas num voo de curta duração e cerca de 49% em voos mais longos.
Se nos mudarmos para novos planetas, cerca de metade dos que lá foram viver
terão problemas de visão… para se juntar a doenças do espaço… e à radiação!
Quando o ser humano está no espaço
deixa de ter peso, os seus fluídos vão para a parte superior do corpo e o
aumento da pressão na cabeça apenas irá esmagar ligeiramente os seus nervos
óticos. Mas pouca coisa. Não se preocupe, tem sido um risco ocupacional há
anos. Os turistas espaciais também experimentarão os fenómenos visuais dos
raios cósmicos amigáveis, o que causa a sensação de flashes espontâneos de luz.
5 – Efeitos sobre os músculos
Quando um humano passa a maior
parte do tempo a flutuar no espaço pois, devido aos equipamentos pesados usados
pelos astronautas, a parte inferior do corpo costuma sofrer muita perda óssea e
os músculos ficam enfraquecidos, às vezes até mesmo atrofiados.
Além disso, o coração tem o
potencial de diminuir de tamanho porque não precisa de trabalhar tanto. Este é
mais um dos efeitos colaterais de um ambiente de microgravidade.
4 – Nós ficamos mais altos
Pode parecer um efeito positivo
mas não se alegre porque será algo apenas temporário. Após uma viagem espacial,
as vértebras “alargam-se”, fazendo com que a coluna vertebral se alongue.
Contudo, uma vez que o ser humano volte a estar sujeito à gravidade, a sua
coluna encolhe para o seu estado normal e o seu tamanho… sim será aquele que
diz no cartão de cidadão.
Segundo todas as verificações aos
astronautas ao longo destas décadas, o máximo que crescemos é cerca de 3% da
nossa altura normal, e leva apenas alguns meses para voltarmos ao estado
normal.
3 – Sem proteção contra o vácuo
O vácuo é um problema grande que
toma conta de praticamente todos os efeitos até aqui. Estes efeitos podem e
devem ser solucionados com um fato espacial desenvolvido para uma travessia de
longa duração. Mas não deixa de ser uma parte considerável do investimento.
Para ter uma ideia sobre os
custos na conceção um fato destes do zero, desenhar e produzir, o valor ronda
os 300 a 500 milhões de dólares e, para replicar esse mesmo fato, estima-se que
o valor seja entre 10 a 15 milhões de dólares.
Tal é a singularidade da
necessidade que há já um investimento para o desenvolvimento do futuro fato
espacial.
Sem estes equipamentos, o ser
humano não dura muito no espaço. Sem proteção contra o vácuo do espaço, leva
aproximadamente 15 segundos para consumirmos todo o oxigênio ao nosso sangue.
Podemos sobreviver cerca de dois minutos antes de sofrer danos permanentes.
Isso se não prendermos a respiração. Se conseguirmos conter a respiração, o ar
que permanece nos nossos pulmões faz com que eles se expandam e rompam, e o ar
chega até ao nosso sistema circulatório.
Se num caso destes o astronauta
ainda conseguir ir para um lugar onde tenha oxigénio, então a primeira coisa a
fazer é exalar. É contra-intuitivo, mas não é como ir para debaixo de água. Já
que se fala em água, após cerca de dez segundos, a água do seu corpo começa a
vaporizar-se devido à falta de pressão.
Outros efeitos secundários
incluem a fermentação da saliva na língua, queimaduras solares e graves
problemas causados pela descompressão. Apesar do espaço ser muito frio, o ser
humano não congelaria imediatamente. Além disso, se morresse no espaço, não
existiria uma decomposição no vácuo. Um cadáver no espaço, depois de algum
tempo, irá congelar ou mumificará, dependendo da temperatura.
2 – Radiação espacial
Este será o problema maior para o
ser humano quando o objetivo for fazer viagens espaciais de longa duração. Na
Estação Espacial Internacional, as pessoas estão expostas a dez vezes mais
radiação do que na Terra. A nossa atmosfera protege-nos da radiação cósmica.
Sem isso, corremos o risco de ter o nosso sistema nervoso danificado,
resultando em alterações na função cognitiva, redução na função motora e
mudanças comportamentais. A radiação espacial também pode causar uma doença com
sintomas como náuseas, vómitos, anorexia e fadiga.
Não há nenhuma forma de se
proteger completamente da radiação do espaço enquanto estamos “lá fora”. A
exposição inevitável pode levar ao cancro e outras doenças graves.
1 – Euforia Espacial
Este é um ponto de viragem na
vida das pessoas que têm o privilégio de ir ao espaço. Os astronautas
experenciam uma abertura da mente e mudança de vida depois de viagens ao
espaço.
"Fiquei impressionado com a certeza de
que o que eu presenciei era parte da universalidade de Deus. Eu engasguei-me,
vieram as lágrimas. Foi a experiência mais profunda da minha vida."
Referiu o astronauta Charlie
Duke.
Ao ver a Terra a partir da sua
nave espacial, Edgar Mitchell relatou sentir uma incrível sensação de
tranquilidade e euforia e afirma ter entrado num estado alterado de consciência
em que ele entendeu o significado do universo.
"Foi muito bonito para acontecer por
acidente. Tem que haver alguém maior do que você, e maior que eu, e quero dizer
isso num sentido espiritual, não um sentido religioso."
Afirmou Eugene Andrew Cernan, um
astronauta norte-americano que esteve no espaço por três vezes, na última delas
como comandante da Apollo 17, a última das missões do Programa Apollo a pousar
na Lua.
Rusty Schweickart sentiu como se
ele fosse “parte de todos e tudo o que o rodeia”. “Esta pequena Terra linda – o
planeta que nos mantém vivos, o que nos dá tudo o que temos, a comida que
comemos, a água que bebemos, o ar que respiramos, a beleza da natureza. E tudo
está tão perfeitamente equilibrado e organizado para que possamos viver. Este
pequeno e lindo planeta que atravessa o espaço”, disse após voltar para a
Terra.
Conclusão:
O espaço muda as pessoas, há um grande número de
danos colaterais ao corpo humano, à mente humana mas há sobretudo uma abertura
de mente que transforma o modo de pensar, de agir e de ver a vida. O espaço é a
outra fronteira que tem muito mais de desconhecido do que de familiar e isso
ainda é o ponto principal para se afirmar que, embora tenhamos pouco tempo cá
na terra, precisamos ainda muito tempo para saber estar no espa
Fonte: http://listverse.com
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