Relíquias cósmicas
Essa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble, parece nos
fazer mergulhar na tela, nos levando até às profundezas escuras do universo
primordial. Massivos aglomerados de galáxias, como esse mostrado na imagem, o
Abell 1300, nos ajuda a entender melhor o universo. Eles são essencialmente
gigantescos telescópios naturais, ampliando a luz de qualquer galáxia situada
além deles e nos ajudando assim a ver cada vez mais distante, e mais longe no
tempo.
Esse tipo bizarro de viagem no tempo é possível devido ao
fenômeno conhecido como lente gravitacional, onde a influência gravitacional de
um objeto massivo como o Abell 1300 age como uma lente, contorcendo o tecido do
espaço-tempo ao seu redor e fazendo com que uma luz mais distante se mova numa
trajetória curva. Para o observador, a fonte de luz, um objeto de segundo plano
como uma galáxia primordial, por exemplo, aparece distorcida e ampliada. O poder
de lente gravitacional de aglomerados massivos tem nos ajudado a descobrir
algumas das galáxias mais distantes no universo. O Hubble tem observado esse
fenômeno muitas vezes.
Essa imagem foi feita com a Advanced Camera for Surveys e a
Wide Field Camera 3, como parte de um programa de observação conhecido como
RELICS. O programa fez imagens de 41 aglomerados massivos de galáxias durante
390 órbitas do Hubble e 100 horas de observação do Telescópio Espacial Spitzer,
com o objetivo de encontrar as galáxias mais brilhantes e distantes. Estudar
essas galáxias em mais detalhes tanto com os atuais telescópios, como com o
Telescópio Espacial James Webb, poderá nos ajudar a entender cada vez mais e
melhor as nossas origens cósmicas.
Fonte: http://spacetelescope.org
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