Plutão pode ter se originado a partir de vários cometas
Pesquisadores analisaram dados coletados em missões
espaciais e descobriram que o planeta-anão contém tanto nitrogênio quanto um
possível congregado de cometas deveria ter
Desde o rebaixamento à “planeta
anão”, conferido pela União Astronômica Internacional (IAU) em agosto de 2006,
as facetas de Plutão vêm sendo estudadas e desvendadas pela comunidade
científica mundial. Dessa vez, a nova teoria é que Plutão foi formado a partir
da junção de vários comentas.
Isso é o que sustenta o recente estudo realizado
por pesquisadores do centro Southwesr Research Institute, no Texas (EUA),
realizado a partir da junção de dados coletados pela missão espacial New
Horizons, da NASA, e das informações colhidas pela sonda Rosetta, da Agência
Espacial Europeia (ESA).
“Desenvolvemos o que chamamos de
‘modelo cosmoquímico do cometa gigante’ da formação de Plutão”, disse o
cientista Christopher Glein, da divisão de ciência espacial e engenharia do
Southwesr Research Institute.
ein e seu grupo estudaram a
grande geleira Sputnik Planitia, na superfície de Plutão.
“Nós encontramos uma consistência
intrigante entre a quantidade estimada de nitrogênio dentro do glaciar e a
quantidade que seria esperada caso Plutão fosse formado por um aglomerado de um
bilhão de cometas ou outros objetos do Cinturão de Kuiper com composições
químicas similares”, afirmou Glein em comunicado à imprensa.
Além do modelo de cometa, os
cientistas também investigaram um possível modelo solar. Nesse caso, Plutão
teria se formado a partir de gelo que teria uma composição química mais próxima
da do Sol.
Durante o estudo, os
pesquisadores precisaram analisar a presença de nitrogênio em Plutão – em sua
atmosfera e em suas geleiras – e o quanto esse elemento volátil poderia ter
vazado para o espaço ao longo do tempo.
Para tanto, eles precisaram
combinar a proporção de monóxido de carbono com a de nitrogênio em Plutão para
obter uma visão mais completa – e foi assim que descobriram que a baixa
abundância do gás CO no planeta-anão está associada a camadas de gelo na superfície
e até à destruição de água líquida.
“Nossa pesquisa sugere que
composição química inicial de Plutão, herdada de blocos de cometas, foi
quimicamente modificada pela água líquido, talvez até mesmo em um oceano
subterrâneo”, indicou Glein.
O grupo não descarta a
necessidade de se estudar melhor os dois modelos possíveis no futuro,
especialmente o solar, que ainda está com muitas questões em aberto.
“Essa pesquisa foi construída a
partir do sucesso fantástico das missões New Horizons e Rosetta, feitas para
expandir nossa compreensão acerca da origem e evolução de Plutão”, disse Glein.
“Usando a química como uma pista,
somos capazes de traçar certas características que observamos hoje em Plutão
com processos de formação que ocorrem há tempos atrás. Isso nos leva a uma nova
apreciação da riqueza da ‘história de vida’ de Plutão que estamos começando a
entender agora”, completou.
As descobertas do grupo foram
publicadas no periódico impresso Icarus e podem ser lidas no portal arXiv.
Fonte: GALILEU
Comentários
Postar um comentário
Se você achou interessante essa postagem deixe seu comentario!