Pesquisadores de meteoritos descobrem fortes evidências de que o início da atividade solar era altamente ativo
Examinando cristais de gelo azul
microscópicos do mineral hibonita presos dentro de um meteorito contrito
carbonário, uma equipe internacional de cientistas foi capaz de descobrir como
era o Sol antes da Terra se formar. A equipe estudou o material do
meteorito Murchison, denominado assim em homenagem à cidade australiana perto
de onde ele caiu. Usando um espectrômetro de massa
avançado na Suíça, os pesquisadores, descobriram cristais de hibonita, muitos
com menos de 100 mícron de diâmetro, presos dentro do meteorito.
Esses pequenos cristais se
formaram a mais de 4.5 bilhões de anos atrás e a composição deles resulta de
reações químicas que só seriam possível de terem ocorridos se o Sol primordial
estivesse emitindo uma grande quantidade de partículas energéticas. Esses cristais preservam um
registro de alguns dos primeiros eventos que aconteceram no Sistema Solar”,
disse o líder do estudo o Dr. Levke Kööp, um pesquisador de pós-doutorado na
Universidade de Chicago e um afiliado do Field Museum.
“E os cristais mesmo sendo muito
pequenos eles ainda assim são capazes de reter gases nobres altamente voláteis
que foram produzidos através da irradiação de um Sol novo a muito tempo atrás”.
Nos seus primeiros dias, antes
dos planetas se formarem, o Sistema Solar era feito do Sol com um massivo disco
de poeira e gás ao seu redor. A região do Sol era quente, com temperaturas
acima dos 1500 graus Celsius. À medida que o disco se esfriou,
os primeiros minerais começaram a se formar, como os cristais azuis de hibonita. Quando os cristais estavam
recém-formados, o jovem Sol continuou a expelir flores, enviando prótons e
outras partículas subatômicas para o espaço. Algumas dessas partículas
atingiram os cristais de hibonita.
Quando os prótons atingiram os
átomos de cálcio e alumínio nos cristais, os átomos se separaram em átomos
menores de neônio e hélio. E o neônio e hélio permaneceram presos dentro dos
cristais por bilhões de anos.
“O Sol era muito ativo no início
da sua vida, ele tinha mais erupções e expelia uma corrente mais intensa de
partículas carregadas. Eu penso como se fosse uma criança de três anos, que é
super ativa”, disse o coautor Professor Philipp Heck da Universidade de Chicago
e do Field Museum. Quase nada no Sistema Solar é
velho o suficiente para confirmar realmente a atividade primordial do Sol, mas
esses minerais são velhos o suficiente para isso. Eles provavelmente são os
primeiros minerais que se formaram no Sistema Solar”.
Fonte: http://www.sci-news.com/
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