Espaçonave parte em direção à Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol
Espaçonave BepiColombo deve chegar ao seu
destino em 2025: Mercúrio é um dos planetas menos explorados do Sistema Solar
Espaçonave BepiColombo
decolou no último sábado, 20 de outubro, a bordo do foguete Ariane 5 do
espaçoporto Kourou, na Guiana Francesa, em direção a um dos menores e
inexplorados planetas do nosso Sistema Solar: Mercúrio. Construído graças à uma
parceria entre a Agência Espacial (ESA) Europeia e a Agência de Exploração
Aeroespacial do Japão (JAXA), a BepiColombo é formado por dois orbitadores
científicos, que serão transportados até Mercúrio usando propulsão elétrica
solar, além de contar com uma ajuda da gravidade. No caminho, o equipamento
dará uma volta pela Terra, duas em Vênus e seis no próprio planeta antes de
entrar em sua órbita em 2025.
"Há um longo e excitante
caminho à nossa frente antes de o BepiColombo começar a coletar dados para a
comunidade científica", disse Günther Hasinger, diretor de Ciência da ESA.
Juntos, os orbitadores farão medições que revelará a estrutura interna do
planeta, a natureza da superfície e a evolução das características geológicas —
incluindo o gelo nas crateras sombreadas do planeta — e a interação entre o
planeta e o vento solar.
"Um aspecto único desta
missão é ter duas espaçonaves monitorando o planeta de dois locais diferentes
ao mesmo tempo: isso é realmente fundamental para entender os processos ligados
ao impacto do vento solar na superfície de Mercúrio e seu ambiente
magnético", contou Johannes Benkhoff, cientista do projeto.
Os dois orbitadores
científicos também poderão operar alguns de seus instrumentos no caminho,
proporcionando oportunidades únicas para coletar dados valiosos em Vênus.
Alguns dos instrumentos projetados para estudar Mercúrio de uma maneira
particular podem ser usados de maneira completamente
diferente em Vênus,
que tem uma atmosfera espessa em comparação
com a superfície exposta de Mercúrio.
"O BepiColombo é uma das
missões interplanetárias mais complexas que já voamos", afirma Andrea
Accomazzo, diretor de voo do BepiColombo. "Um dos maiores desafios é a
enorme gravidade do Sol, que torna difícil colocar uma espaçonave em uma órbita
estável ao redor de Mercúrio. Temos que frear constantemente para garantir uma
queda controlada em direção ao Sol. Outro desafio é o ambiente de
temperatura extrema que a espaçonave irá suportar, que vai de -180 ° C a mais
de 450 ° C - mais quente que um forno de pizza.
Fonte: GALILEU
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