Quasares que misteriosamente desaparecem assombram astrônomos
O disco de acreção quente girando em um buraco negro supermassivo se estende por trilhões de quilômetros. Como poderia de repente desligar?
Astrônomos estão intrigados
com objetos aparentemente impossíveis agora chamados de “quasares que mudam de
aparência. Nos últimos anos, diversos deles foram observados no céu, e não
temos uma boa hipótese para explicá-los ainda.
A
surpresa
O primeiro destes fenômenos
foi descoberto pela astrônoma Stephanie LaMassa, que comparou duas imagens
feitas do mesmo objeto tiradas com dez anos de diferença – e elas não pareciam
nada iguais. A primeira, capturada em 2000
com o Sloan Digital Sky Survey, assemelhava-se a um quasar clássico: um objeto
extremamente brilhante e distante, alimentado por um buraco negro supermassivo
voraz no centro de uma galáxia. Era azul, com amplos picos de luz. A segunda
imagem, feita em 2010, tinha um décimo de seu brilho anterior e não exibia os
mesmos picos. Em outras palavras, o quasar parecia ter desaparecido, deixando
apenas a galáxia de fundo.
Isso deveria ser impossível.
Embora os quasares façam transições para meras galáxias, o processo deve levar
10.000 anos ou mais. Assombrados, os cientistas queriam saber se mudanças tão
dramáticas eram comuns ou não.
Descobrir isso não foi uma
tarefa simples, no entanto, dado que as pesquisas tendem a não voltar seu olhar
para os mesmos objetos que já observaram anteriormente. Ainda assim, uma equipe
conseguiu analisar dados arquivados e descobriu de 50 a 100 destes “quasares
que mudam de aparência”.
Alguns fizeram a transição
ainda mais rápido que o primeiro exemplo observado por LaMassa: no espaço de um
mês ou dois. Outros, depois de desaparecerem, reapareceram novamente.
Um quasar que muda de aparência vai de brilhante (esquerda / cima) para escuro em apenas alguns anos.
Quasares,
mesmo?
Como poderiam esses objetos
tão maciços “sumirem” ou se apagarem tão rapidamente? No início, os astrônomos
se recusaram a acreditar que poderiam. Então, consideraram outras
possibilidades. Por exemplo, que uma enorme nuvem de poeira passava em frente
ao quasar, momentaneamente bloqueando sua luz. Um modelo teórico indicou que
apenas uma situação excessivamente complexa com múltiplas nuvens poderia reproduzir
essas observações.
Parecia muito improvável. Para começar, qualquer mudança
teria demorado muito mais do que alguns anos. Outros consideraram se esses
objetos eram mesmo quasares. Talvez fossem estrelas passando muito perto de um
buraco negro e sendo dilaceradas, ou então supernovas poderosas. O problema é
que tal luz se desvaneceria com uma assinatura específica, que os astrônomos
não viram.
Assim, voltaram para os
quasares. No ano passado, várias observações mais próximas desses sistemas
sugeriram que a resposta pode estar no disco de acreção desses quasares – um
“redemoinho” de matéria quente que circunda o buraco negro e dá a esses objetos
uma luminosidade ofuscante.
Disco
de acreção
Em 2017, Zhenfeng Sheng,
astrônomo da Universidade de Ciência e Tecnologia da China e seus colegas
examinaram múltiplos quasares com aparência variável, tanto na luz visível
quanto na infravermelha.
Esses comprimentos de onda
permitiram que a equipe visualizasse não apenas o disco de acreção de cada
quasar, mas também seu “toro” – o anel de nuvens de poeira que envolve o disco. Isso é importante porque o
disco de acreção brilhante envia luz visível para o toro escuro, onde ela é
absorvida e reemitida como luz infravermelha. Devido a isso, qualquer alteração
no disco será posteriormente refletida no toro.
Como ocorreu em outros
estudos, os pesquisadores viram exatamente tal eco, permitindo-lhes concluir
que deve ser um sinal de uma mudança na quantidade de material que flui através
do disco de acreção. O modo como esta mudança
radical ocorre ainda é uma questão de debate – mas muitas hipóteses surgiram
recentemente.
Possibilidades
Como o quasar diminui de
brilho tão rapidamente? Uma maneira de entender isso é dividir o disco de
acreção em duas partes separadas: uma região interna clara que ilumina uma
região externa opaca. Então, se o buraco negro consumir a região interna (um
processo que poderia ocorrer em poucos meses), o disco externo ficará escuro,
pois seu farol brilhante desaparecerá – muito parecido com o escurecimento da
lua devido à morte do sol, por exemplo.
Ou pode ser que o disco de
acreção mude sua forma. Este ano, estudos em dois quasares diferentes
encontraram evidências para apoiar esta teoria. Em cada um, as cores azul e
ultravioleta caíram primeiro, seguidas pelo verde e finalmente pelo vermelho.
Essa sequência flui das cores de maior energia para as de menor energia.
Portanto, se assemelha a alterações que se propagam do disco interno para o
disco externo.
“Algo está fazendo com que o
disco de acreção diminua de dentro para fora”, disse Barry McKernan,
astrofísico do Museu Americano de História Natural.
Como as cores não desaparecem
completamente, os pesquisadores suspeitam que o disco de acreção interno não
tenha sido completamente engolido pelo buraco negro. Em vez disso, eles acham
que o culpado seria algo como uma “frente fria” vinda do buraco. As cores
vermelhas, por exemplo, caíram somente um ano após as cores verdes.
Mistérios
A velocidade da diminuição do
brilho é importante, porque pode revelar pistas sobre a estrutura do disco. Se
o disco for viscoso e turbulento, é fácil enviar informações por meio dele.
Então, McKernan argumenta que o disco deve ser viscoso e, portanto, bastante
inflado – como um donut, não um DVD -, antes de “desmoronar” em um disco fino.
Mas uma segunda hipótese
sugere exatamente o oposto: o disco de acreção começa a ficar fino antes de se
inchar. Isso é precisamente o que os astrônomos acham que ocorre quando buracos
negros com massa estelares ficam inativos. Quando estão acumulando muita massa
no buraco negro, o disco de acréscimo é bastante fino e luminoso. Mas quando
essa taxa de crescimento cai, o disco incha em uma estrutura quase esférica que
luta para emitir luz.
Hirofumi Noda, da
Universidade de Tohoku, no Japão, e Chris Done, da Universidade de Durham, na
Inglaterra, queriam ver se um inchaço desses também poderia ser responsável
pela mudança de aparência dos quasares.
Então, neste ano, aplicaram
seus modelos dos discos de acreção ao redor de buracos negros de massa estelar
para os discos em torno de buracos negros supermassivos. Eles descobriram que
essa mudança poderia acontecer em um disco de um quasar e rápido (embora não
tão rápido quanto em uma década).
Apesar de todas essas
hipóteses, os astrônomos ainda não sabem dizer com certeza qual mecanismo é
responsável pelo fenômeno. Outros fatores – campos magnéticos, por exemplo –
provavelmente desempenham um papel crucial que ainda não entendemos.
Quasares
e galáxias: entendendo o universo
Embora os detalhes permaneçam
nebulosos, uma melhor compreensão de como o gás e a poeira fluem para um buraco
negro fará mais do que responder nossa pura curiosidade por esses objetos
estranhos; também pode ajudar a explicar como as galáxias evoluem.
Há quase 20 anos, astrônomos
descobriram que a massa de um buraco negro supermassivo está fortemente
correlacionada com a massa de toda a galáxia. Na verdade, o buraco negro pode
“truncar” o crescimento de uma galáxia, fazendo com que seja 10 a 100 vezes
menor do que as simulações predizem. “A esfera gravitacional de influência de
um buraco negro é pequena em comparação a uma galáxia inteira”, disse John
Ruan, astrofísico da Universidade McGill (Canadá). “Então, por que existe uma
relação tão próxima entre os dois?”
Quando a correlação foi
descoberta pela primeira vez, a resposta a essa pergunta era um mistério, mas
os astrônomos agora suspeitam que os quasares podem causar grandes estragos em
sua galáxia hospedeira – e os efeitos são surpreendentemente de longo alcance.
O vento extremo de um quasar
leva poeira e gás para fora da galáxia. Sua enorme luminosidade aquece qualquer
gás residual a temperaturas tão altas que novas estrelas não podem se formar.
Com isso, ele efetivamente “morre de fome” levando sua galáxia junto, em “um
pacto de suicídio e assassinato”, conforme teoriza Gordon Richards, físico da
Universidade Drexel (EUA).
Verificar essa hipótese é
complicado, porque observar um quasar distante e sua galáxia simultaneamente é
um desafio. O quasar é simplesmente muito brilhante. Os quasares que mudam de
aparência são uma boa notícia, então, porque oferecem uma oportunidade sem
precedentes de entender melhor os efeitos de longo alcance desses objetos.
No
futuro
Para realmente compreender
esse relacionamento, os astrônomos precisarão de uma grande amostra de quasares
que mudam de aparência. Para encontrá-los, terão que
observar várias vezes as mesmas galáxias para detectar quaisquer mudanças.
O Zwicky Transient Facility
na Califórnia (EUA) já mapeia o céu desde 2017, retornando aos mesmos objetos
quase 300 vezes por ano. Além disso, outras instalações semelhantes devem
começar a funcionar em breve, como o Large Synoptic Survey Telescope, planejado
para 2022, que mapeará todo o céu em cinco cores todas as noites.
Fonte: hypescience.com
[QuantaMagazine]
SOBRE O QUE CHAMAM INDEVIDAMENTE DE DEUS MARTE.
ResponderExcluirPela mais nova e imprescindível ciência MACRO ALQUIMIA ELEMENTAR CÓSMICA AVANÇADA, a ORDEM COMPLETA das 5 UNIDADES ELEMENTARES CÓSMICAS, assim se formam:
1° UNIDADE ELEMENTAR CÓSMICA FOGO.
2° UNIDADE ELEMENTAR CÓSMICA TERRA.
3° UNIDADE ELEMENTAR CÓSMICA ÁGUA.
4° UNIDADE ELEMENTAR CÓSMICA AR.
5° UNIDADE ELEMENTAR CÓSMICA EC:
Sendo assim, diferentemente do nosso 3° MACRO ELEMENTO ORBITAL = PLANETA-H3 indevidamente TERRA já que TERRA sempre foi e será apenas uma das 5 UNIDADES ELEMENTARES CÓSMICAS descritas acima e não PLANETA… Que além de ter a maior parte de sua superfície coberta pelo 3° ELEMENTO ÁGUA… E também os corpos dos que habitam o mesmo, serem PREDOMINANTES no 3° ELEMENTO ÁGUA:
O 4° MACRO ELEMENTO ORBITAL = PLANETA-H4 (INDEVIDAMENTE DEUS MARTE), tem a maior parte de sua superfície coberta pelo 4° ELEMENTO AR… E também os corpos dos que habitam o mesmo, PREDOMINANTES são não no 3° ELEMENTO ÁGUA, e sim no 4° ELEMENTO AR.
Por isso nunca vistos fotografados ou filmados por sondas da NASA… Imunes são a DESCOMUNAL RADIAÇÃO TERMONUCLEAR que incide diretamente por lá… Imunes a todos os tipos de cânceres bactérias e vírus que nos matam… E ao invés de viverem em média, só ridículos 70 anos como nós: vivem milênios!
Se a NASA que incontestavelmente já domina consideráveis tecnologias de sondagens, soubesse localizar os SERES ELEMENTARES H4 que por lá habitam, superiores a nós SERES ELEMENTARES H3, em avanços tecnológicos:
Poderia dar sem sombra de dúvidas, um grande salto tecnológico.
Para saberem um pouco mais sobre MACRO ALQUIMIA ELEMENTAR CÓSMICA AVANÇADA moçada: http://descobertascientificasavancadas.blogspot.com/ .