CURIOSITY "Prova " Primeira amostra em "Unidade argilosa"
A Mastcam a bordo do rover Curiosity capturou este conjunto de
imagens antes e depois de ter perfurado uma rocha apelidada
"Aberlady", no dia 6 de abril (2370.º dia marciano, ou sol, da
missão). A rocha e outras próximas parecem ter-se movido quando a broca foi
retirada. Esta foi a primeira vez que o Curiosity perfurou a tão ansiada
"unidade argilosa".Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS
Os cientistas que trabalham
com o rover Curiosity da NASA estão empolgados por explorar uma região chamada
"unidade argilosa" até desde antes do lançamento do rover. Agora, o
veículo finalmente "provou" a sua primeira amostra desta parte do
Monte Sharp. O Curiosity perfurou um pedaço de rocha apelidado de
"Aberlady" no sábado, dia 6 de abril (o 2370.º dia marciano, ou sol,
da missão) e entregou a amostra ao seu laboratório interno de mineralogia no
dia 10 de abril (sol 2374).
A broca do rover perfurou
facilmente a rocha, ao contrário de alguns dos alvos mais duros que enfrentou
nas proximidades de Vera Rubin Ridge. Foi um alvo tão mole, na verdade, que a
broca não precisou de usar a sua técnica de percussão, útil para capturar
amostras rochosas mais duras. Esta foi a primeira amostra da missão obtida
usando apenas a rotação da broca.
"O Curiosity está na
'estrada' há quase sete anos," disse Jim Erickson, gerente do projeto do
Curiosity no JPL da NASA em Pasadena, no estado norte-americano da Califórnia.
"A perfuração, finalmente, da unidade argilosa, é um marco importante na
nossa jornada Monte Sharp acima."
Os cientistas estão ansiosos
por analisar a amostra em busca de vestígios de minerais de argila, porque
estes formam-se geralmente em água. A sonda MRO (Mars Reconnaissance Orbiter)
da NASA espiou um forte "sinal" argiloso aqui muito antes do
Curiosity pousar em 2012. A identificação desse sinal podia ajudar a equipa de
cientistas a entender se uma era marciana mais húmida moldou esta camada do
Monte Sharp, a montanha com 5 quilómetros de altura que o Curiosity tem vindo a
escalar.
O Curiosity descobriu
minerais argilosos durante toda a sua viagem. Estas rochas formaram-se como
sedimentos fluviais instalados em lagos antigos há quase 3,5 mil milhões de
anos. Tal como acontece noutros lugares em Marte, os lagos eventualmente
secaram.
O sinal de argila, visto do
espaço, trouxe aqui o rover, mas a região claramente tem várias outras
histórias para contar. Agora que o Curiosity está a investigar esta área, os
cientistas podem olhar em volta como turistas geológicos, encontrando uma
paisagem antiga e nova. Existem vários tipos de rocha e areia, incluindo ondulações
ativas de areia que mudaram no ano passado. Seixos estão espalhados por toda a
parte - estão a sofrer erosão do leito local? Vários pontos de referência
atraentes, como o "Monte Knockfarril", também se destacam.
"Cada camada desta
montanha é uma peça do quebra-cabeças," disse Ashwin Vasavada, gerente do
Projeto Curiosity no JPL. "Cada uma contém pistas para uma era diferente
da história marciana. Estamos entusiasmados por ver o que esta primeira amostra
nos diz sobre o antigo ambiente, especialmente sobre a água."
A amostra Aberlady dará à
equipa um ponto de partida para pensar sobre a unidade argilosa. Eles planeiam
perfurar várias vezes ao longo do próximo ano. Isto vai ajudar a entender o que
torna esta região diferente do cume por trás e de uma área com um sinal de
sulfato mais alto na montanha.
Fonte: Astronomia OnLine
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