Nova teoria explica cores e formatos estranhos das luas de Saturno
As luas analisadas pela Cassini (Fonte:
Divulgação/NASA)
A Lua é nosso satélite
natural e fonte de inspiração para os apaixonados de plantão. Basta olhar para
o céu noturno e ela estará lá encantando graciosamente em seu balé solitário.
Agora, já pensou poder avistar mais de 60 luas diferentes? Isso é o que aconteceria
se você pudesse andar por Saturno. Para tanto, é claro, seria preciso deixar os
anéis de lado e se concentrar nos astros orbitando o planeta.
Apesar do grande número, são
as maiores luas que mais chamam a atenção dos cientistas; inclusive, se
especula que Titã poderia abrigar alguma espécie de vida. Em 2017, a sonda
Cassini fez seu mergulho final em direção ao planeta após orbitar Saturno por algum
tempo e voltar com um monte de respostas.
Curiosamente, a Cassini não
estava programada para analisar as luas de Saturno; o foco estava
principalmente no próprio planeta em si e em seus anéis. Acontece que a sonda
iria passar perto de cinco grandes luas, então a NASA resolveu dar uma
olhadinha nessa vizinhança em busca de novas informações.
Cores
e formatos estranhos
Anteriormente, acreditava-se
que as luas de Saturno tinham se originado através da fusão do material dos
anéis. Também se pensava que os anéis poderiam ter surgido por conta da
desintegração de algumas luas. Com os dados da Cassini, a NASA pode evoluir
essas teorias.
As luas de Saturno chamam a
atenção por possuírem formatos esquisitos e cores bastante variadas. Através de
sobrevoos em Pã, Dafne, Atlas, Pandora e Epimeteu, cinco das maiores luas do
planeta, foi possível notar algumas particularidades. Pã, a mais próxima a
Saturno, apresentava uma cor bem mais avermelhada, enquanto Epimeteu tinha uma
aparência azul.
Os anéis principais exibem um
tom mais avermelhado, resultado de partículas de ferro e orgânicas, e acabaram
influenciando a cor das luas que estão na proximidade. Já vapores de água e
cristais lançados por vulcões da lua Encélado poderiam contribuir para o tom
azulado de alguns satélites mais distantes.
Além disso, as luas analisadas
possuem uma densidade relativamente baixa, com núcleos mais densos, por isso
acabavam dando origem a formatos curiosos, como os de discos voadores. Elas
possuem o mesmo material dos anéis, mas que acabaram se concentrando em seus
equadores.
Fonte: NASA
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