Titã será o próximo mundo do Sistema Solar a receber sonda da NASA
Em janeiro, a NASA disse que
decidiria, ainda em 2019, se levaria adiante o projeto Dagonfly para lançar um
helicóptero (que na verdade seria um misto de drone com robô exploratório) à
lua Titã, de Saturno. E nesta quinta (27), a agência espacial dos EUA confirmou
que Titã será mesmo seu próximo alvo no Sistema Solar.
"Avançando em nossa
busca pelos blocos de construção da vida, a missão Dragonfly voará várias vezes
para amostrar e examinar locais ao redor da lua gelada de Saturno", disse
a NASA em comunicado oficial. A missão será lançada em 2026 e chegará a seu
destino em 2034, com o helicóptero rodeando Titã em busca de processos químicos
prebióticos em comum entre o satélite de Saturno e a Terra.
Esta será a primeira vez em
que a agência espacial lançará um drone com vários rotores para outro planeta —
o Dragonfly tem oito rotores e funciona como um grande drone altamente
tecnológico. Para voar, o drone se aproveitará da densa atmosfera de Titã, com
densidade quatro vezes maior que a da Terra.
Acredita-se que Titã seja um
análogo à Terra primitiva, e estudar este satélite natural de pertinho pode
fornecer mais pistas sobre como a vida deve ter surgido em nosso planeta. Por
cerca de três anos, mais ou menos, a Dragonfly explorará diversos ambientes de
Titã, incluindo suas dunas orgânicas e crateras de impacto — locais onde água
líquida e materiais orgânicos essenciais à vida existiram juntos possivelmente
há dezenas de milhares de anos.
"Visitar este misterioso
mundo oceânico poderá revolucionar o que sabemos sobre a vida no universo. Esta
missão de ponta teria sido impensável há apenas alguns anos, mas agora estamos
prontos para o fantástico voo da Dragonfly", declarou entusiasmado o
administrador da NASA, Jim Bridenstine.
Com voos curtos, o drone
explorará inicialmente os campos de dunas equatoriais chamados de Shangri-La,
que são semelhantes às dunas lineares da Namíbia, na África Austral. Ao longo
do caminho, o helicóptero fará algumas paradas para coletar amostras de áreas
com geografia diversa, até que finalmente chegará à cratera Selk, onde há
evidências de que, no passado, existiu água no estado líquido.
A sonda voará mais de 175
quilômetros (quase o dobro da distância que até hoje foi percorrida por todos
os rovers de Marte combinados). A lua Titã é maior do que o planeta Mercúrio e
é o segundo maior satélite natural do Sistema Solar. Por estar muito longe do
Sol, sua temperatura superficial é de cerca de -179 graus Celsius, e sua
pressão superficial é 50% mais intensa do que a da Terra.
A missão Dragonfly agora faz
parte do programa New Frontiers da NASA, que inclui a missão New Horizons (que
estudou Plutão e mais recentemente sobrevoou o objeto transnetuniano Ultima
Thule), a missão Juno (que estuda Júpiter), e a OSIRIS-REx (que estuda o
asteroide Bennu).
Fonte: Canaltech
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito interessante e rico em conhecimentos as postagens desta página.
ResponderExcluirParabéns!
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