NASA divulga nova imagem da supernova Tycho — ou o que sobrou dela
Remanescente da supernova Tycho (Imagem: X-ray: NASA/CXC/RIKEN
& GSFC/T. Sato et al; Optical: DSS)
A NASA divulgou a mais
recente imagem da supernova Tycho — ou melhor, o que sobrou dela, já que a
supernova em si foi a explosão de uma estrela observada em novembro de 1572. A
imagem foi gerada com dados do Observatório de Raios-X Chandra, e revela um padrão
estranho de aglomerados brilhantes e de áreas mais apagadas.
Desde o início de suas
atividades, o Chandra registra imagens de remanescentes como esta, e a nova
imagem divulgada pela NASA pode responder várias perguntas sobre esse tipo de
objeto cósmico. Por exemplo, o que causa esses aglomerados de pontos brilhantes
e outros mais apagados depois da explosão? Aliás, é a explosão que causa isso,
ou esse fenômeno é resultado de algum processo depois de a estrela ter
explodido? Isso ainda não sabemos, mas essa imagem de Tycho, catalogado como
objeto SN 1572, fornece pistas aos pesquisadores para encontrar essas
respostas.
Para deixar essas
aglomerações mais evidentes na imagem, os cientistas selecionaram dois
intervalos de energia para isolar o material que está se movendo para longe da
Terra (sílica, colorida em vermelho), e o material que está se movendo na nossa
direção (também sílica, colorida em azul). As outras cores na imagem, amarelo,
verde, azul-esverdeado, laranja e roxo, mostram um intervalo de diferentes
energias e de elementos e uma mistura das direções de seus movimentos.
Além disso, para gerar a
imagem, os cientistas combinaram os dados de raios-X do Chandra com imagens
ópticas das estrelas no mesmo campo de visão feitas pelo Digitized Sky Survey.
Essa foi uma das oito
supernovas visíveis a olho nu já registradas na história da astronomia. Embora
receba o nome do astrônomo dinamarquês Tycho Brahe, muitos outros puderam
observar o novo objeto no céu brilhando na constelação de Cassiopeia. A
supernova era do tipo Ia, ou seja, resultado da explosão de uma anã branca,
estrela que completou o seu ciclo de vida normal e cessou sua fusão nuclear.
Fonte: NASA
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