Um fantasma nas PLÊIADES
Essa
imagem fantasmagórica mostra o que acontece quando uma nuvem interestelar passa
muito perto de uma estrela. Essa é a Nebulosa Merope de Barnard, também
conhecida como IC 349, é uma nuvem de gás e poeira interestelar que viaja
através do aglomerado estelar das Plêiades com uma velocidade relativa de 11
km/s. Ela está passando perto da estrela Merope, localizada a 0.06 anos-luz de
distância da nuvem, o que é equivalente a 3500 vezes a dist6ancia entre a Terra
e o Sol. Essa passagem está rompendo a nebulosa e criando esse efeito de
filamentos observado na imagem.
A
estrela Merope está localizada fora do frame na parte superior direita. A luz
da estrela está sendo refletida na superfície da nuvem, que a ilumina e se
torna o que os astrônomos chamam de nebulosa de reflexão. O feixe de luz na
parte superior direita da estrela é um efeito produzido pelo telescópio, mas os
filamentos da parte inferior esquerda para a parte superior direita são reais.
Os
astrônomos acreditam que a pressão de radiação da estrela está agindo para
separar as partículas de poeira de diferentes tamanhos. À medida que a nebulosa
se aproxima da estrela Merope, a luz da estrela desacelera as partículas de
poeira, mas as partículas pequenas desaceleram mais que as partículas grandes.
Como efeito disso, quase que a totalidade das linhas que estão saindo em
direção a Merope, nessa imagem são feitas de partículas grandes, enquanto que
as partículas menores ficam para trás, criando a estrutura filamentar na parte
inferior esquerda.
A
nebulosa irá continuar sua aproximação em direção a Merope durante os próximos
milhares de anos e eventualmente irá passar pela estrela, se ela sobreviver. O
estudo da interação entre nebulosas e estrelas é importante pois fornece uma
chance de observar o material interestelar numa situação pouco comum e aprender
mais sobre a poeira interestelar.
A
nebulosa perto da estrela Merope foi descoberta em 1890 por E. E. Barnard,
usando um telescópio de 36 polegadas no Observatório Lick, na Califórnia. Essa
imagem foi capturada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA em 19 de
Setembro de 1999 e foi originalmente publicada em 2000.
Fonte: ESA
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