Algo novo no céu
Algo interessante está acontecendo no canto inferior esquerdo da imagem direita, capturada em dezembro de 2021 com o New Technology Telescope (NTT) do ESO: uma supernova. A imagem da esquerda, obtida em agosto de 2014 com o instrumento MUSE (Multi Unit Spectroscopic Explorer) montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO, mostra a galáxia antes da ocorrência desta supernova.
Este evento, chamado SN2021afdx,
é uma supernova do tipo II, que ocorre quando uma estrela massiva chega ao
final da sua evolução. As supernovas podem fazer com que uma estrela brilhe
mais intensamente do que a sua galáxia hospedeira inteira e pode ser vista
pelos observadores durante meses, ou até anos — um piscar de olhos em escalas
de tempo astronômicas.
As supernovas são uma das razões pelas quais os astrônomos dizem que somos todos feitos de poeira de estrelas: este fenômeno liberta para o espaço circundante elementos pesados forjados pela estrela progenitora, que podem mais tarde fazer parte de outras gerações de estrelas, dos planetas que as orbitam e da vida que possa existir nesses planetas.
Para detectar e estudar estes
eventos imprevisíveis é necessária colaboração internacional. A SN2021afdx foi
observada pela primeira vez em novembro de 2021 durante o rastreio ATLAS, tendo
sido posteriormente seguida pelo ePESSTO+ (Public ESO Spectroscopic Survey for
Transient Objects), o rastreio espectroscópico público avançado do ESO para
objetos transientes.
O ePESSTO+ foi concebido para
estudar objetos que apareçam no céu noturno por períodos de tempo muito curtos,
tais como esta supernova. Este rastreio faz usa dos instrumentos EFOSC2 e SOFI
montados no NTT, no Observatório de La Silla do ESO, no Chile. O EFOSC2 obteve
não apenas esta bela imagem, como também espectros que permitiram à equipe
PESSTO identificar este evento como uma supernova do tipo II.
Fonte: ESO
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